Ajustes posturais no início do single leg drop landing em indivíduos com instabilidade crónica do tornozelo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nunes, Ana Rita Ferreira
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.22/11483
Resumo: Introdução: O controlo postural tem sido definido como o controlo da posição do corpo no espaço e requer eficiência dos mecanismos de feedforward (early postural adjustments e ajustes posturais antecipatórios). Têm sido demonstradas alterações bilaterais nos mecanismos de feedforward, nos indivíduos com instabilidade crónica do tornozelo (ICT), no entanto a análise destas modificações em tarefas próximas dos mecanismos de lesão carece ainda de investigação. Objetivo: Avaliar os ajustes posturais no início do single leg drop landing (SLDL) em contexto de dupla tarefa, em ambos os membros inferiores, nos indivíduos com ICT. Métodos: Foi realizado um estudo observacional analítico transversal, com uma amostra de 28 atletas distribuídos em dois grupos, com e sem ICT, de acordo com os critérios do International Ankle Consortium. Os participantes realizaram o SLDL a partir de uma superfície de apoio estável para uma superfície instável, em contexto de dupla tarefa. O sinal das forças de reação do solo e centro de pressão (CoP) foram monitorizados nas duas superfícies de apoio, para aceder ao instante temporal correspondente ao início relativo da oscilação do CoP para o membro que inicia (MI) e para o membro de apoio (MA), bem como ao instante de contacto com a superfície instável (landing). Foram ainda recolhidas as amplitudes do deslocamento do CoP para o MI e no MA. O sinal eletromiográfico (EMG) dos músculos glúteo médio, reto femoral (RF), gastrocnémio medial (GM), solear, tibial anterior (TA), peroneais longo (LP) e curto (CP) foi utilizado para identificação do timing de variação de atividade muscular em relação ao início da oscilação do CoP e da magnitude relativa de ativação muscular. Para análise estatística foi utilizado um intervalo de confiança de 95% (nível de significância α꞊0,05). Resultados: Não foram observadas diferenças estatisticamente significativas entre grupos no timing de variação de atividade muscular, no entanto, foi observada uma tendência para um atraso no membro ipsilesional (quando inicia a tarefa), associado a uma tendência bilateral para alterações na ordem de recrutamento muscular no grupo com ICT. O grupo com ICT mostrou uma diminuição significativa da magnitude de ativação do músculo RF contralesional como MA durante o deslocamento do CoP para o MI. Foi ainda observada uma tendência bilateral para menor magnitude de ativação até ao início do movimento do tornozelo que inicia a tarefa no grupo com ICT. Já próximo ao contacto com a superfície instável, o membro ipsilesional apresentou uma diminuição significativa da magnitude de ativação dos músculos CP, TA e RF. Não foram observadas diferenças estatisticamente significativas entre os grupos nas variáveis relacionadas com a oscilação do CoP, no entanto, foi notória uma tendência para atraso no início da oscilação do CoP para o MI e para o MA, bem como tendência para maior amplitude de deslocamento para o MI, em ambos os membros inferiores do grupo com ICT. A amplitude de deslocamento no MA mostrou-se tendencialmente superior no membro ipsilesional. O contacto com a superfície instável mostrou-se tendencialmente mais tardio no grupo com ICT. Conclusão: O grupo com ICT demonstrou alterações bilaterais no controlo postural durante o início do SLDL. No membro ipsilesional estas foram expressas por uma diminuição da magnitude de ativação dos músculos CP, TA e RF durante o landing. Por sua vez, o membro contralesional, no papel de MA, demonstrou uma diminuição da magnitude de ativação do músculo RF, durante o deslocamento do CoP para o MI.
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