Ajustes posturais no final do single leg drop landing em indivíduos com instabilidade crónica do tornozelo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.22/11474 |
Resumo: | Introdução: A entorse lateral do tornozelo é uma das lesões mais comuns em atletas, estimando-se que cerca de 70% dos indivíduos desenvolvem instabilidade crónica do tornozelo (ICT) após a lesão inicial. A ICT tem sido associada a uma desregulação dos mecanismos de controlo postural, no entanto não existe ainda consenso acerca da disfunção postural que está na origem da perpetuação da ICT. A transição de uma tarefa dinâmica para estática em condições semelhantes às do mecanismo de lesão tem sida referida como uma habilidade reveladora destes défices. Objetivo: Avaliar bilateralmente os ajustes posturais envolvidos no final do SLDL, até e após a estabilização unipodálica, em superfície de apoio instável e contexto de dupla tarefa, em indivíduos com ICT. Métodos: Foi realizado um estudo observacional analítico transversal, com uma amostra de 28 atletas, divididos em dois grupos, com e sem ICT, de acordo com os critérios da International Ankle Consortium. A atividade eletromiográfica (EMG) bilateral dos músculos glúteo médio (Glúteo M.), reto femoral (RF), gastrocnémio medial (GM), solear, tibial anterior (TA) e peroniais longo (LP) e curto (CP), bem como as forças de reação do solo foram recolhidas durante o SLDL para apoio unipodálico estático numa superfície instável, em contexto de dupla tarefa. A componente vertical das forças de reação do solo foi utilizada para identificar o instante do landing, bem como o instante em que o participante iniciou o apoio unipodálico. Procedeu-se ao cálculo da posição do centro de pressão (CoP), de forma a identificar o instante temporal onde ocorreu a sua estabilização. Nos intervalos até e após estabilização do CoP foram calculados a amplitude de deslocamento e desvio padrão do CoP e a magnitude de atividade muscular relativa. Para análise estatística foi utilizado um intervalo de confiança de 95% (nível de significância α꞊0,05). Resultados: O membro ipsilesional do grupo com ICT mostrou diminuição significativa da magnitude de recrutamento muscular do Glúteo M., RF e TA entre o landing e o início do apoio unipodálico. A mesma tendência foi observada no membro contralesional, com diferenças significativas na magnitude do RF. O tempo de transição de apoio bipodálico para unipodálico revelou-se tendencialmente maior em ambos os membros do grupo com ICT, sendo acompanhado por diminuições significativas do tempo necessário para a estabilização e da amplitude de deslocamento do CoP (direção ântero-posterior - AP) no membro ipsilesional. No período de apoio unipodálico até à estabilização, o membro ipsilesional apresentou diminuição significativa da magnitude dos músculos GM, CP e LP. Após estabilização verificou-se uma tendência para maior amplitude de deslocamento do CoP, na direção AP, no grupo com ICT. Nesta fase, enquanto o membro ipsilesional mostrou diminuição da magnitude muscular do GM e CP, o contralesional apresentou um aumento significativo do LP, relativamente ao grupo sem ICT. Conclusão: Os indivíduos com ICT parecem apresentar alterações do controlo postural, em ambos os membros inferiores, após entorse unilateral do tornozelo. O membro ipsilesional apresentou diminuição da magnitude de recrutamento muscular do Glúteo M., RF, TA, GM, CP e LP. A diminuição do tempo necessário para a estabilização e a menor amplitude de deslocamento do CoP, na direção AP no membro ipsilesional, parece estar associada a estratégias compensatórias. O membro contralesional mostrou diminuição da magnitude do RF durante a transição do landing para apoio unipodálico, bem como aumento da magnitude muscular do LP após estabilização do CoP. |
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