Hidrogéis nanocompósitos de ouro para a libertação de fármacos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Salgueiro, Ana Margarida Martins
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/7899
Resumo: Neste trabalho prepararam-se e caracterizaram-se hidrogéis termosensíveis nanocompósitos de gelatina e de k-carragenano, contendo nanopartículas de ouro como fase dispersa e procedeu-se ao estudo da cinética de libertação de um fármaco modelo. Estudou-se o efeito do teor e da morfologia (nanoesferas ou nanobastonetes) das nanopartículas de ouro nas propriedades ópticas, térmicas, intumescimento e propriedades mecânicas dos nanocompósitos. Os nanocompósitos apresentavam propriedades ópticas características da fase dispersa. Nos nanocompósitos de k-carragenano, a adição de nanopartículas resultou num aumento da temperatura de fusão do gel e num aumento do módulo elástico, indicando que as nanopartículas actuam como reforço da matriz polimérica. Nos nanocompósitos de gelatina observou-se o comportamento oposto, sugerindo um efeito de inibição da reticulação da gelatina por parte das nanopartículas. Os resultados sugerem que o intumescimento dos nanocompósitos depende da “força” do gel e do efeito de pressão osmótica, ambos dependentes do teor de nanopartículas no nanocompósito. Por fim, realizaram-se estudos de libertação do azul de metileno em nanocompósitos seleccionados, à temperatura fisiológica. Os perfis de libertação obtidos foram analisados segundo os modelos de Korsmeyer- Peppas, Higuchi, Hixson-Crowell e cinéticas de ordem zero e de primeira ordem. De um modo geral o modelo de Korsmeyer-Peppas ajustou-se bem aos resultados experimentais e permitiu inferir sobre o mecanismo de libertação.
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