MEDICINA DENTÁRIA E SAÚDE OCUPACIONAL EM PORTUGAL - ESTUDO EXPLORATÓRIO

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos,M
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Almeida,A, Lopes,C, Oliveira,T
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2183-84532020000100069
Resumo: RESUMO Introdução/ enquadramento/ objetivos: Segundo a bibliografia consultada, os principais fatores de risco/ riscos laborais dos médicos dentistas e auxiliares de dentária são o eventual contato com agentes biológicos, posturas mantidas/ forçadas, movimentos repetitivos, vibrações, ruido, radiações eletromagnéticas, radiações ionizantes por Rx, esforço visual e agentes químicos. Apesar dos riscos estarem bem identificados, não se encontraram estudos em Portugal, que explorassem a consciencialização dos profissionais face aos riscos, o seu comportamento face ao uso de equipamentos de proteção individual, descrição de acidentes laborais, existência de doença profissional ou o recurso à equipa de Saúde Ocupacional, pelo que se projetou este estudo exploratório com o objetivo de identificar necessidades passíveis de intervenção. Metodologia: Estudo observacional, descritivo e transversal, realizado através de um questionário anónimo, respondido por via eletrónica. A amostra foi obtida por conveniência após contato com diversas instituições ligadas ao setor. Cada profissional tinha a possibilidade de responder apenas uma vez, utilizando o link disponibilizado. Resultados: A amostra é constituída apenas por 33 trabalhadores, na sua grande maioria do género feminino, com ensino superior concluído, a exercer na área da saúde dentária e com mais de dez anos de experiência profissional acumulada; os fatores de risco/ riscos mais valorizados foram as posturas mantidas/ forçadas, movimentos repetitivos, ruído, agentes biológicos, turnos prolongados e o stress; o agente químico mais citado/ valorizado foi o hipoclorito; os equipamentos de proteção mais usados foram a bata/ farda, máscara e luvas e os menos usados os protetores auriculares, as viseiras e os gorros; a maioria nunca teve um acidente laboral e os sinistros mais frequentes foram o corte e o contato com fluidos capazes de transmitir patologias infeciosas; contudo, no global, 82% negou limitações laborais pós-acidente; as hérnias, bursites e tendinites, foram as patologias mais referenciadas como atribuídas à atividade laboral, mas nenhuma declarada como suspeita de doença profissional; é muito comum a existência de sintomas associados ao trabalho, sobretudo algias em diversas zonas corporais; a perceção sobre a utilização dos serviços de Saúde Ocupacional é inferior à recomendada e exigida por lei. Conclusões: O estudo não pode ser considerado representativo deste setor profissional uma vez que o reduzido tamanho da amostra não possibilita a generalização dos achados, nem fornecer informações que permitam inferir relações de causa- efeito. No entanto, a leitura dos resultados permitiu identificar algumas áreas potencialmente problemáticas ao nível da consciencialização face aos riscos laborais, utilização de equipamentos de proteção individual, acompanhamento da sintomatologia e utilização dos serviços de Saúde Ocupacional.
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