Genes envolvidos na determinação de Parkinson

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Teixeira, Diana da Costa e Castro
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10284/5826
Resumo: A doença de Parkinson é a segunda doença neurodegenerativa com maior expressão na atualidade, afetando cerca de 3% dos indivíduos com mais de 80 anos. Os sintomas clínicos desta doença são tremor em repouso, instabilidade postural, bradicinesia e rigidez, com boa resposta ao tratamento com levodopa. Nos últimos anos desenvolveram-se vários estudos que tornaram inquestionável a contribuição de fatores genéticos para a complexa patogénese desta doença. Foram descobertas mutações altamente penetrantes capazes de produzir formas monogénicas raras da doença de Parkinson em genes como o SNCA, Parkina, DJ-1, PINK 1, LRRK2 e VPS35. Variantes únicas, com penetrâncias incompletas dos genes LRRK2 e GBA, apresentam-se como fatores de risco para a doença em determinadas populações. Além disso, mais de vinte variantes comuns, que produzem efeitos de pequenas dimensões, são tidas como responsáveis pela modelação do risco para a doença de Parkinson. A investigação de formas Mendelianas da doença de Parkinson permitiu um conhecimento privilegiado sobre a fisiopatologia por detrás das formas idiopáticas mais comuns da doença. Apesar de todos os avanços no campo da genética, este tipo de investigação ainda não contribuiu para o surgimento de novas terapêuticas sendo que este é o principal interesse da sua investigação futura. O desafio, na próxima década, será procurar dados que fortaleçam as informações já existentes em relação à genética da doença de Parkinson, através do conhecimento das consequências biológicas das variantes de risco. Além disso, também se espera que os estudos de associação genómica e a implementação de novas tecnologias de investigação como a “next generation sequencing” e a sequenciação do exoma sejam uma ajuda valiosa na identificação de novas variantes de risco da forma esporádica da doença de Parkinson.
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