A perceção dos enfermeiros do centro de saúde relativamente ao brincar como estratégia de alívio da dor na criança

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Castelo, Maria L R R
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10314/1488
Resumo: A dor é uma das principais causas de sofrimento na criança, envolvendo uma multiplicidade de fatores, tendo consequências diretas no seu desenvolvimento. Tem como causa direta a doença, mas pode estar relacionada com procedimentos potencialmente dolorosos, resultantes da manipulação para exames complementares de diagnóstico, prevenção e/ou tratamentos. Atualmente observa-se uma crescente utilização de estratégias não farmacológicas como forma de prevenir e tratar a dor pediátrica e apesar de não substituir as farmacológicas, o seu efeito deve ser muito valorizado. É necessário compreender a génese da dor e conhecer as estratégias não farmacológicas no seu controlo e adequa-las a cada fase do desenvolvimento infantil. O brincar como reconhecida atividade de desenvolvimento humano e de valor terapêutico é a estratégia não farmacológica que melhor se aplica neste contexto. O presente estudo visa analisar a perceção atribuída pelos enfermeiros dos Centros de Saúde da influência da Unidade Local de Saúde (ULS) de Castelo Branco, ao brincar como estratégia de alívio da dor, na criança. Estudo tipo exploratório-descritivo, com recurso a análise quantitativa e qualitativa de conteúdo, em que os dados foram obtidos através da aplicação de um questionário constituído por 3 partes: dados pessoais/profissionais; perguntas fechadas e perguntas abertas, sobre a perceção dos profissionais em relação ao brincar no Centro de Saúde, como estratégia de alívio da dor na criança. O estudo contou com uma população de 88 enfermeiros, em exercício de funções. Verificaram-se diferenças entre os dois géneros, observando-se maior participação no género feminino (90,9%). A média de idades entre os enfermeiros em estudo foi de 39,9 anos. O Centro de Saúde onde se verificou maior participação foi o de Castelo Branco. A maioria dos inquiridos presta cuidados diretos a crianças (72,7%), concluindo ter em média 17 anos de experiencia profissional. No entanto, 85,2% dos enfermeiros participantes no estudo responderam não possuírem formação profissional na área da dor pediátrica. A importância do brincar como estratégia de alívio da dor na criança foi reconhecida por criar elos de ligação à criança/família (N60), fundamentalmente pela importância em criar confiança/empatia entre o enfermeiro/criança (N40). Pelo brincar como estratégia de alívio da dor é reconhecido predominantemente a distração (N40), o autocontrolo e a autoconfiança perante a dor (N11). As estratégias aplicadas pelos enfermeiros nos Centros de Saúde são maioritariamente não farmacológicas (N149), sendo o brinquedo e o jogo (N49), o suporte emocional (N46) e a familiarização com o material antes do procedimento doloroso (N30) as mais mencionadas. De um modo geral, os enfermeiros que participaram no estudo têm perceção que o brincar é uma estratégia de alívio da dor na criança importante a ser aplicada no Centro de Saúde, no entanto concluímos que as opiniões são divergentes entre os enfermeiros dos diferentes Centros de Saúde. O estudo ainda concluiu que não existe relação entre a idade e o tempo de serviço dos enfermeiros e a perceção do brincar como estratégia de alívio da dor na criança nos Centros de Saúde. Sendo estas concordantes com as opiniões dos diferentes autores consultados.
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