Desinstitucionalização de seniores com doença mental: A implementação de um modelo de transição e integração na comunidade
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Data de Publicação: | 2013 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
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Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1647-21602013000200002 |
Resumo: | A desinstitucionalização de pessoas com doença mental de instituições psiquiátricas para a comunidade, embora encontre na sua génese de formulação teórica contributos relevantes desde o início do Século XX, continua a apresentar-se como um desafio contemporâneo renovado, devido à complexidade e multidimensionalidade da integração comunitária. Neste trabalho, descreve-se o processo de transição para a comunidade de 24 seniores com doença mental, com uma média de idades de 71 anos, com um grupo inicial composto por 13 homens e 11 mulheres com uma média de 40 anos de institucionalização psiquiátrica, tendo esta iniciativa possibilitado o encerramento do Hospital Miguel Bombarda. Descrevem-se as várias etapas e atividades do processo de transição: a) no contexto hospitalar; b) a transição; e a c) integração progressiva no novo contexto habitacional e comunitário. Para documentar todo o percurso tem vindo a construir-se um modelo formativo com variáveis independentes (caracterização demográfica/status económico e legal/ hospitalização/saúde mental/co-morbilidade) e variáveis dependentes (funcionamento diário, redes e suportes sociais, participação comunitária e status de saúde reportado e percecionado). Os dados foram estruturados a partir da análise qualitativa e descritiva do percurso individual e de grupo em T0 (transição), T1 (1 ano) e T2 (2 anos) de desinstitucionalização, enfatizando a perspetiva dos participantes, dos seus familiares e dos profissionais, bem como a consulta sistemática dos registos de funcionamento diário da residência comunitária. Os resultados demonstram um aumento gradual, continuado e significativo no envolvimento com os cuidados pessoais, na participação em atividades no espaço habitacional e em atividades regulares ou esporádicas na comunidade. |
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Desinstitucionalização de seniores com doença mental: A implementação de um modelo de transição e integração na comunidadeDesinstitucionalizaçãoIntegração ComunitáriaSaúde MentalA desinstitucionalização de pessoas com doença mental de instituições psiquiátricas para a comunidade, embora encontre na sua génese de formulação teórica contributos relevantes desde o início do Século XX, continua a apresentar-se como um desafio contemporâneo renovado, devido à complexidade e multidimensionalidade da integração comunitária. Neste trabalho, descreve-se o processo de transição para a comunidade de 24 seniores com doença mental, com uma média de idades de 71 anos, com um grupo inicial composto por 13 homens e 11 mulheres com uma média de 40 anos de institucionalização psiquiátrica, tendo esta iniciativa possibilitado o encerramento do Hospital Miguel Bombarda. Descrevem-se as várias etapas e atividades do processo de transição: a) no contexto hospitalar; b) a transição; e a c) integração progressiva no novo contexto habitacional e comunitário. Para documentar todo o percurso tem vindo a construir-se um modelo formativo com variáveis independentes (caracterização demográfica/status económico e legal/ hospitalização/saúde mental/co-morbilidade) e variáveis dependentes (funcionamento diário, redes e suportes sociais, participação comunitária e status de saúde reportado e percecionado). Os dados foram estruturados a partir da análise qualitativa e descritiva do percurso individual e de grupo em T0 (transição), T1 (1 ano) e T2 (2 anos) de desinstitucionalização, enfatizando a perspetiva dos participantes, dos seus familiares e dos profissionais, bem como a consulta sistemática dos registos de funcionamento diário da residência comunitária. Os resultados demonstram um aumento gradual, continuado e significativo no envolvimento com os cuidados pessoais, na participação em atividades no espaço habitacional e em atividades regulares ou esporádicas na comunidade.Sociedade Portuguesa de Enfermagem de Saúde Mental2013-12-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1647-21602013000200002Revista Portuguesa de Enfermagem de Saúde Mental n.10 2013reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAPporhttp://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1647-21602013000200002Moniz,Maria João Pereira VargasCosta,Duarte Nuno Ornelas Bruges daOrnelas,José Henrique Pinheiroinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-02-06T17:24:33Zoai:scielo:S1647-21602013000200002Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:30:19.996680Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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