Turismo acessível: oportunidades e desafios para as unidades hoteleiras de Portugal
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10773/16325 |
Resumo: | O turismo é um bem essencial de primeira necessidade, que constitui um aspeto essencial da qualidade de vida (Devile, 2009b). Todavia, as pessoas com necessidades de acesso vêm o seu acesso à atividade turística condicionada devido à presença de constrangimentos ambientais e interpessoais (informação e atitudes dos profissionais de turismo). Esta realidade é evidente junto dos estabelecimentos, especialmente nos hotéis, que de acordo com Card, Cole & Humphrey (2006), são o meio de alojamento menos acessível, o que deve ser alterado porque os turistas com incapacidade querem eleger os hotéis como meio de alojamento (Figueiredo, Kastenholz & Eusébio, 2012). Desta forma, o presente estudo tem por objetivo verificar se as unidades hoteleiras portuguesas estão preparadas para receber hóspedes com incapacidade motora e/ou sensorial. Para alcançar esse objetivo, definiu-se uma metodologia para a recolha de dados primários, que consistiu na administração de um questionário online direcionado aos gestores hoteleiros em Portugal. Os resultados foram analisados recorrendo a ferramentas de análise estatística descritiva e a testes estatísticos na tentativa de inferir a existência de possíveis relações entre as variáveis de teste e a existência de segmentos. Os resultados sugerem que o turismo acessível não é valorizado pelos gestores hoteleiros inquiridos e que nas unidades hoteleiras apenas predominam os parâmetros de acessibilidade definidos pela legislação atual. Além disso, também se contatou a existência de três segmentos: Hotéis conhecedores das caraterísticas dos hóspedes com incapacidade; Hotéis em adaptação e Hotéis cientes dos benefícios do turismo acessível, dos quais se destaca o segmento: Hotéis em adaptação, por ser o segmento que tende a considerar as necessidades daqueles com incapacidade. As implicações dos resultados são discutidas e tecem-se recomendações sobre futuros trabalhos de investigação, que permitam aprofundar o conhecimento do turismo acessível em Portugal. |
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O turismo é um bem essencial de primeira necessidade, que constitui um aspeto essencial da qualidade de vida (Devile, 2009b). Todavia, as pessoas com necessidades de acesso vêm o seu acesso à atividade turística condicionada devido à presença de constrangimentos ambientais e interpessoais (informação e atitudes dos profissionais de turismo). Esta realidade é evidente junto dos estabelecimentos, especialmente nos hotéis, que de acordo com Card, Cole & Humphrey (2006), são o meio de alojamento menos acessível, o que deve ser alterado porque os turistas com incapacidade querem eleger os hotéis como meio de alojamento (Figueiredo, Kastenholz & Eusébio, 2012). Desta forma, o presente estudo tem por objetivo verificar se as unidades hoteleiras portuguesas estão preparadas para receber hóspedes com incapacidade motora e/ou sensorial. Para alcançar esse objetivo, definiu-se uma metodologia para a recolha de dados primários, que consistiu na administração de um questionário online direcionado aos gestores hoteleiros em Portugal. Os resultados foram analisados recorrendo a ferramentas de análise estatística descritiva e a testes estatísticos na tentativa de inferir a existência de possíveis relações entre as variáveis de teste e a existência de segmentos. Os resultados sugerem que o turismo acessível não é valorizado pelos gestores hoteleiros inquiridos e que nas unidades hoteleiras apenas predominam os parâmetros de acessibilidade definidos pela legislação atual. Além disso, também se contatou a existência de três segmentos: Hotéis conhecedores das caraterísticas dos hóspedes com incapacidade; Hotéis em adaptação e Hotéis cientes dos benefícios do turismo acessível, dos quais se destaca o segmento: Hotéis em adaptação, por ser o segmento que tende a considerar as necessidades daqueles com incapacidade. As implicações dos resultados são discutidas e tecem-se recomendações sobre futuros trabalhos de investigação, que permitam aprofundar o conhecimento do turismo acessível em Portugal. |
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