Dieta cetogénica. A experiência de um Serviço de Pediatria

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Marçal, Mónica
Data de Publicação: 2014
Outros Autores: Deuchande, Sofia, Lima, Sofia, Vale, Gorete, Alves, Eduarda, Carlos Ferreira, José, Cabral, Pedro, Carlos Guimarães, José
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.25754/pjp.2009.4480
Resumo: Introdução: A dieta cetogénica consiste num regime alimentar normoproteíco, rico em lípidos e pobre em hidratos de carbono, que mimetiza a resposta do organismo ao jejum prolongado. Tem sido utilizada no tratamento de crianças com epilepsia refractária. Metodologia: Análise retrospectiva de 27 crianças com epilepsia refractária, acompanhadas em Consulta de Neurologia Pediátrica de um Hospital de nível III e submetidas a dieta cetogénica. Caracterização da amostra no que diz respeito à distribuição etária e por sexo, idade de instituição da dieta, tipo de dieta instituída, duração da terapêutica, efeito da dieta na redução do número de crises, na redução do número de fármacos anti-epilépticos utilizados e na melhoria subjectiva da atenção, cognição e socialização. Avaliaram-se também os efeitos adversos concomitantes. Resultados: Na maioria das crianças obtiveram-se resultados favoráveis com redução do número de crises epilépticas: 8% tiveram resolução completa das crises, 23% uma redução da frequência das crises superior a 90% e 23% uma redução da frequência das crises entre 50-90%. Em 52% dos casos registou-se uma diminuição do número total de fármacos anti-epilépticos e em 74% houve melhoria ao nível da atenção e da interacção com os outros. Em 44% registaram-se efeitos adversos, mas a maioria foram efeitos ligeiros e apenas originaram a interrupção da dieta em dois casos. Conclusões: Os resultados favoráveis apoiam a utilização da dieta cetogénica em crianças com epilepsia muito grave e comprovadamente  resistente a outras formas de terapêutica. As exigên cias inerentes a este tipo de terapêutica assim como a ocorrência de efeitos adversos implicam uma abordagem multidisciplinar com acompanhamento em áreas como Neuropediatria, Pediatria Geral, Nutrição e Dietética, entre outras.
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