Percepções de envelhecimento : percursos imaginados de velhice

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Duarte, Diogo Ferreira Alves Vieira
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.14/26871
Resumo: As expectativas que os indivíduos criam em relação ao seu futuro parecem ter repercussões ao nível das atitudes e comportamentos que estes desenvolvem no presente. Nesta investigação, assumindo-se um modelo de investigação interpretativo e utilizando-se uma metodologia de cariz qualitativo, procurou-se explorar as expectativas que indivíduos portugueses do sexo masculino, não viúvos, que pela sua idade cronológica (60-65 anos) se encontram em vias de serem rotulados como “idosos” pela sociedade, possuem em relação ao seu envelhecimento. Como objectivo secundário, procurou-se perceber se existem diferenças ao nível de tais expectativas em função do nível de escolaridade dos participantes. Recorreu-se a uma amostra de 16 participantes com as características já mencionadas e a residir nas suas casas, com diferentes níveis de escolaridade. A recolha de dados foi feita mediante a utilização do método focus groups e a análise qualitativa dos dados foi realizada com o auxílio do NVivo8, um programa de computador facilitador desta fase do processo. Este estudo permitiu aceder a pontos de vista que sujeitos do sexo masculino na faixa etária em questão apresentam relativamente ao processo de envelhecimento em geral e a considerações, preocupações e esperanças que produzem relativamente à sua trajectória de envelhecimento individual. Os resultados apontam, entre outros aspectos, para o facto de os indivíduos com estas idades não se sentirem idosos nem costumarem pensar muito sobre a sua trajectória futura de envelhecimento, embora considerem que o avanço da idade possa trazer consigo aspectos negativos para o seu bem-estar. As percepções e expectativas que apresentam tendem a ser mais favoráveis para si do que para as outras pessoas e têm repercussões afectivas e comportamentais. Os resultados vão também ao encontro da hipótese de que um nível de escolaridade mais elevado está associado a um maior optimismo na forma como se perspectiva o envelhecimento.
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