Qualidade do Ambiente Interior em Edifícios de Habitação

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pinto, Manuel
Data de Publicação: 2007
Outros Autores: Viegas, João, Freitas, Vasco
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.19/549
Resumo: Fazia parte dos hábitos quotidianos dos portugueses a necessidade de abrir janelas para proceder à ventilação dos edifícios. Contudo, as preocupações com os consumos de energia, as alterações do modo de vida das pessoas (as famílias encontram-se ausentes da habitação durante grande parte do dia) e a utilização de caixilharias de melhor qualidade, com menor permeabilidade ao ar, conduziram à diminuição drástica das renovações horárias de ar aumentando o risco de condensações, bem como reduziram a qualidade do ar interior. A humidade é uma das principais causas das patologias dos edifícios e da degradação dos elementos de construção, nomeadamente através dos fenómenos de condensação. Frequentemente as condensações resultam de uma concepção inadequada da envolvente: incorrecto tratamento das pontes térmicas, insuficiente isolamento térmico, ventilação reduzida e não homogénea dos espaços das habitações e aquecimento muitas vezes insuficiente ou inexistente. O ambiente interior dos edifícios é contaminado por substâncias que resultam da utilização corrente desses espaços ou que são emanadas pelos materiais que integram os edifícios (admitindo que o ar exterior não é fonte de poluição). Essas substâncias, dependendo das suas características e da sua concentração, podem ter efeitos sobre o bem-estar dos ocupantes, que vão desde a sensação ligeira de mal-estar, originar doenças graves ou mesmo a morte, como no caso de intoxicações por monóxido de carbono. A publicação da recente regulamentação portuguesa na área da térmica de edifícios e qualidade do ar na qual são definidas condições de referência da temperatura do ar e da humidade relativa, valores mínimos de renovações horárias, coeficientes de transmissão térmica máximos admissíveis dos elementos da envolvente e valores máximos das concentrações de poluentes do ar interior, veio incrementar, por exemplo, os níveis de exigência relativamente ao comportamento higrotérmico da envolvente dos edifícios e as condições de ventilação do ar interior. Pretende-se com este artigo enfatizar que só uma visão integradora da temática em causa - comportamento higrotérmico e qualidade do ar - poderá contribuir para a resolução dos problemas anteriormente referidos.
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