Marine by-products in Portugal: sources, actual processing and alternative valorisation
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | eng |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.1/8296 |
Resumo: | Dissertação de Mestrado, Biologia Marinha, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade do Algarve, 2016 |
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Marine by-products in Portugal: sources, actual processing and alternative valorisationPesca em Portugalvalorização alternativa de subprodutos marinhosDomínio/Área Científica::Engenharia e Tecnologia::Outras Engenharias e TecnologiasDissertação de Mestrado, Biologia Marinha, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade do Algarve, 2016A produção de alimento de origem aquática em 2010 foi de 148.5 milhões de t de peixe (a pesca contribuiu com 88.6 milhões de t, cerca de 60% da produção total e a aquacultura com 59.9 milhões de t, cerca de 40% da produção total; destes, 128 milhões de t (86.5%) foram canalizados para a alimentação humana e os restantes 20 milhões de t (13.5%) utilizados para a produção de farinha e óleo de peixe. O pescado fornece 20% do aporte de proteína animal a cerca de 30 milhões de pessoas a nível mundial. O fornecimento mundial de pescado tem aumentado significativamente devido ao crescimento sustentável da sua produção e à melhoria dos canais de distribuição nas últimas 5 décadas (taxa média de 3.2%/ano no período de 1961-2009), ultrapassando o aumento do crescimento populacional (1.7%/ano). Como consequência, o fornecimento mundial de pescado per capita aumentou de 9.9 kg (média do peso vivo equivalente) nos anos 60 para 18.4 kg em 2009. A percentagem crescente de stocks pesqueiros sobre-explorados, a diminuição da pesca de espécies marinhas e a decrescente proporção de espécies que não estão completamente exploradas a nível global nos últimos anos são indícios de que o estado da pesca marinha mundial está a piorar e tem um impacto negativo na produção de pescado. A sobre-exploração tem um impacto negativo não só a nível ecológico mas também ao nível da produção pesqueira dado esta estar reduzida, conduzindo a futuros impactos sociais e económicos negativos. Em relação à aquacultura, a sua produção aumentou cerca de 12 vezes entre 1980 e 2010, com uma taxa média anual de 8.8%, continuando a crescer a partir daí apesar de a uma taxa mais baixa. Em 2010 a aquacultura atingiu o seu máximo com 60 milhões de t de produção, correspondente a um valor estimado em 125 mil milhões de dólares (valores excluindo plantas aquáticas e produtos não alimentares). Atualmente, na pesca, os indivíduos de tamanho abaixo do mínimo legal, com valor comercial baixo ou as espécies sem quota piscatória são normalmente devolvidos ao mar – as chamadas devoluções ao mar. A percentagem de devoluções ao mar varia dentro das frotas pesqueiras dado depender da seletividade dos mecanismos de pesca. As devoluções ao mar estão estimadas em 7.3 milhões de t/ano (cerca de 8% da captura total de pescado) para o período entre 1992 e 2001. Estas devoluções são um desperdício de recursos biológicos, sendo em parte responsáveis pela depleção das populações de espécies aquáticas. A frota de arrasto tem um papel muito importante na captura e dispersão de biomassa, dada a significativa porção de capturas na frota de arrasto ser de espécies não-alvo, sendo portanto devolvidas ao mar já mortas. Vários autores consideram que a grande quantidade de peixes , crustáceos e moluscos mortos devolvidos ao mar em áreas pesqueiras tem potenciais repercussões ao nível das comunidades biológicas da superfície, coluna de água e sedimento. Para além das devoluções ao mar, outra fonte de sub-produtos marinhos é o processamento a bordo, principalmente a evisceração e a consequente limpeza, gerando quantidades consideráveis (por vezes cerca de 80% do indivíduo) de desperdícios como cabeças, espinhas, vísceras, pele, etc. Para além dos efeitos adversos na cadeia trófica, esta evisceração a bordo contribui para a acumulação de poluentes como PCBs, dioxinas e metais pesados e a dispersão, nas áreas de pesca, dos parasitas existentes nas vísceras. Para além da FAO, a Comissão Europeia também tomou várias ações para a implementação das políticas de “zero-desperdícios” e “não devoluções ao mar” salientando assim a importância da valorização dos sub-produtos marinhos como medida de redução do desperdício. Os sub-produtos marinhos também podem ter origem nos portos e lotas onde ocorre a primeira venda de pescado, que pode ser rejeitado por inspeção sanitária ou retirado por não ser vendido. Outra fonte de sub-produtos de origem marinha é a indústria transformadora do pescado, por exemplo as indústrias de salga e seca de bacalhau, de conservas e de congelação de pescado. Neste trabalho foi efetuada uma sondagem com uma abordagem multimetódica com o objetivo de avaliar as quantidades de subprodutos marinhos produzidos em Portugal e as suas principais utilizações. Esta pesquisa foi efetuada, dependendo da situação, através de questionários enviados por fax ou email às empresas da indústria marinha, entrevistas com os responsáveis pelas empresas e consulta de registos relacionados com o tema, obtidos das entidades competentes. Efetuou-se também uma pesquisa bibliográfica sobre as atuais valorizações de subprodutos de origem marinha e potenciais utilizações. Da pesquisa biliográfica aos trabalhos do grupo ICES concluíu-se que em Portugal as devoluções ao mar variam entre cerca de 1000 t/ano no caso da cavala (Scomber colias) e 8 t/ano no caso do Pimpim (Capros aper). Em relação aos valores de retiradas e rejeições os valores situam-se entre cerca de 3000 t/ano e 700 t/ano, respectivamente. 9 Do total de respostas aos questionários (cerca de 17%) concluiu-se que a indústria que mais significativamente contribui para a geração de subprodutos é a conserveira, principalmente nos Açores, atingindo valores de cerca de 3,000 t/ano. Em Portugal continental as indústrias que produzem mais subprodutos são a salga e seca de bacalhau na zona da ria de Aveiro, com cerca de 1,300 t/ano e a conserveira no Algarve, com cerca de 1,200 t/ano. De salientar que a percentagem de respostas da zona Norte foi relativamente menor, não refletindo assim a realidade regional em termos de indústria marinha. Das entrevistas às fábricas de farinha de peixe e consulta de registos, concluiu-se que as 4 fábricas existentes em Portugal processam cerca de 135,000 t/ano; cerca de 900 t/ano são recolhidas em Portugal e processadas no Norte de Espanha e cerca de 500 t/ano são geradas na Andaluzia e processadas em Portugal. Na ilha da Madeira todos os resíduos atualmente têm como destino o aterro sanitário, por inexistência de soluções alternativas. Para além da produção de farinha e óleo de peixe, outras utilizações dos subprodutos marinhos incluem a extracção de quitosano para aplicações diversas como suplementos alimentares, e a extração de várias enzimas ativas a baixas temperaturas como a tripsina, elastase e colagenases serinas, com diversas aplicações que têm em conta a sua especificidade em relação à temperatura em que se encontram ativas.Project MARMED: Development of innovating biomedical products from marine resources valorisation (2011-1/164), funded from the European Regional Development Fund through the Atlantic Area Transnational Cooperation ProgramVaz-Pires, PauloModesto, TeresaSapientiaCoimbra, Raquel Susana Teles2016-05-20T08:40:06Z2016-02-2420162016-02-24T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.1/8296TID:202174824enginfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-24T10:19:32Zoai:sapientia.ualg.pt:10400.1/8296Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T20:00:29.927223Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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