Biópsia de gânglio sentinela no cancro vulvar em estadio precoce: revisão de literatura a propósito de 18 casos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira,Susana Lima
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Melo,Ângela, Carvalho,Teresa, João,Manuel Faria, Martins,Nuno Nogueira
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-58302022000300235
Resumo: Resumo Visão geral e objetivos: No cancro vulvar inicial, o estadiamento ganglionar é o fator prognóstico mais importante. A biópsia de gânglio sentinela (BGS) é o procedimento minimamente invasivo que ocasiona a redução mais significativa da elevada morbilidade associada à clássica linfadenectomia inguinofemoral sistemática. Além do controlo de qualidade, o objetivo deste estudo é documentar e monitorizar a experiência geral acerca da BGS num Centro de referência. Desenho do estudo: Estudo retrospetivo. População: Todos os casos de carcinoma vulvar em que a BGS foi realizada como parte integrante do tratamento para cancro vulvar no Departamento dos autores, de Janeiro de 2016 a Dezembro de 2019, cumprindo os seguintes critérios: tumor unifocal confinado à vulva, tamanho do tumor < 4 cm, invasão estromal > 1 mm e sem evidência de metástases inguinais. Métodos: Descrição detalhada da técnica utilizada na linfocintigrafia, BGS, tratamento do tumor primário e histopatologia com análise de processos clínicos dos pacientes, recolhendo dados demográficos, patológicos, de acurácia, acerca da cirurgia, resultados perioperatórios, de exequibilidade e de sobrevida. Resultados: A média de idades foi de 68 anos e o Índice de Charlson ≥ 5 foi de 55.6%. O local primário foi o grande lábio em 44.4% e a linha mediana foi afetada em 27.8%. O diâmetro médio do tumor foi de 20.2 mm. A taxa de deteção do GS foi de 100%, bilateral em 27.8%. 1 dos 38 gânglios linfáticos removidos foi positivo e o número médio de gânglios removidos por paciente foi de 2.1. Não se registaram complicações intraoperatórias. Um caso único de recorrência inguinal em 15 meses de tempo médio de seguimento e dois casos de óbitos não relacionados com a doença ocorreram. 27.8% e 5.6% dos pacientes tiveram complicações pós-operatórias de curto e longo prazo, respetivamente, principalmente de causa infeciosa. A média de sobrevida global/sobrevida livre de doença foi de 45.1/44.7 meses. Conclusões: A BGS é uma técnica minimamente invasiva confiável e segura que deve ser realizada por ginecologistas oncológicos experientes, em Centros multidisciplinares bem equipados. Um planeamento pré-operatório rigoroso aliado a uma coordenação cirúrgica multidisciplinar são os pilares para o sucesso deste procedimento aplicado ao cancro da vulva em estadio inicial.
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