Comparação de metodologias para análise de ciclo de vida de biodiesel

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Andrade, Tiago Manuel Simões
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/10123
Resumo: A escassez do petróleo tem sido um fator impulsionador ao desenvolvimento dos combustíveis alternativos. O ponto comum aos biocombustíveis é derivarem do óleo de plantas, o que requer espaço para a cultura, sendo que estas competem com a agricultura com fim alimentar. As microalgas são uma fonte de biodiesel que não compete com a alimentação do ser humano, pois não está na sua cadeia alimentar, como as outras fontes de biocombustível, tais como a soja, a palma ou o girassol. Atualmente o entrave colocado à produção de biodiesel de microalgas é a viabilidade do processo. Nesse sentido, a presente dissertação tem como objetivo fazer uma análise de sensibilidade ao ciclo de vida do biodiesel de microalgas, de modo a identificar os parâmetros que devem ser alterados de modo a tornar a sua produção mais viável. O estudo encontra-se inserido no projeto «EnerBioAlgae: Aprovechamiento energético de biomasa en recursos hídricos degradados ricos en microalgas» financiado pela União Europeia (Programa de Cooperação Territorial do Sudoeste Europeu – SUDOE). Também foi possível usufruir dos dados obtidos na extração piloto de óleo de microalgas decorrida na Universidade de Aveiro, departamento de Engenharia Mecânica. A análise feita, ―do poço-à-roda‖, permitiu concluir que com os recursos atualmente disponíveis, é possível obter-se biodiesel de microalgas, com um consumo de energia de 3093 kW.h/km e emissões de 463 g(CO2)/km. Quanto à análise de sensibilidade verificou-se que os parâmetros onde se podem fazer maiores reduções de consumo e emissões são os mecanismos que requerem energia elétrica no seu acionamento – podendo descer as emissões até 48% e a energia até 46% – e a qualidade da alga usada, que revelou uma redução de energia e CO2 de 48 e 38% ao usar-se uma alga com um conteúdo de óleo de 43% em vez de 27%. Finalmente, observou-se que o biodiesel de microalgas, relativamente ao diesel, apresenta um consumo de energia superior em 30%, mas as emissões de CO2 e de GEE são 34% e 18% inferiores, respetivamente.
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