Moduladores genéticos de vasculopatia cerebral em crianças com drepanocitose

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Marisa
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Vargas, Sofia, Maia, Raquel, Dias, Alexandra, Ferreira, Teresa, Morais, Anabela, Soares, Isabel Mota, Lavinha, João, Silva, Rita, Kjöllerström, Paula, Faustino, Paula
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.18/7090
Resumo: A drepanocitose é uma doença genética causada pela mutação c.20A>T, em homozigotia, no gene da beta-globina, que leva à síntese de uma hemoglobina anómala – hemoglobina S. Para além da anemia hemolítica crónica, as manifestações clínicas são diversas e, em crianças, a mais grave é a vasculopatia cerebral que inclui os acidentes vasculares cerebrais (AVC) e os enfartes cerebrais silenciosos. Apesar de monogénica, variantes noutros genes poderão atuar como modificadores do seu curso e gravidade clínica. Neste trabalho, estudámos 70 doentes pediátricos, de origem subsaariana, com drepanocitose e bem caracterizados em termos de vasculopatia cerebral. Procedemos à genotipagem de variantes nos genes VCAM1 e NOS3 envolvidos na ativação do endotélio dos vasos sanguíneos e no tónus vascular. A análise estatística revelou uma associação positiva entre a presença da variante rs1409419_T, bem como do haplotipo 7 de VCAM1, e a ocorrência de AVC. Por outro lado, para o gene NOS3, observámos uma associação negativa entre o VNTR_alelo 4b e o haplotipo V, e a ocorrência de enfarte cerebral silencioso, bem como entre o haplotipo VII e a ocorrência de vasculopatia cerebral. Os resultados obtidos sublinham a importância de VCAM1 e NOS3 como moduladores genéticos, bem como o seu potencial como biomarcadores para a prevenção e prognóstico da vasculopatia cerebral em crianças com drepanocitose.
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