Independência de mobilidade no trajecto casa-escola

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Teixeira, Sérgio Alberto de Freitas
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/20.500.11960/1652
Resumo: Apesar da actividade física se apresentar como estratégia de primeira linha para a promoção da saúde, o aumento do sedentarismo é evidente. Formas de transporte activo para a escola (a pé ou bicicleta) têm vindo a desaparecer, e com elas as oportunidades de crianças activas e independentes. Este estudo procura perceber qual a realidade relativamente ao tipo de deslocação que crianças e adultos (docentes e não docentes) utilizam no percurso diário realizado entre casa-escola; que relação existe entre o tipo de deslocação e a distância, o ciclo de ensino, o meio (urbano/rural), e o estatuto socioeconómico. A amostra foi composta por 1981 indivíduos, sendo 1699 alunos do 4.º ao 9.º ano de escolaridade (870 rapazes; 829 raparigas) e, 282 adultos, dos quais 197 são docentes (154 mulheres; 43 homens) e 85 são pessoal não docente (73 mulheres; 12 homens), pertencentes a dois Agrupamentos de Escolas, um situado em Viana do Castelo e outro em Ponte de Lima. Os dados foram recolhidos através de um questionário onde era pedido que fosse identificada a forma como cada indivíduo se havia deslocado para e da escola durante cada dia da semana. A distância casa-escola em linha recta foi medida através das coordenadas geodésicas dos dois pontos. Na totalidade das crianças inquiridas, apenas 17% (ida) e 27% (volta) dos trajectos da semana são cumpridos de forma activa. Estas percentagens sobem para 47% e 62% quando seleccionamos apenas crianças que vivem num raio de mil metros da escola. Nestas, foram encontradas associações estatisticamente significativas entre o tipo de deslocamento e as variáveis género, idade, ciclos de ensino, escola, escalão escolar e distância casa-escola. Os alunos das escolas da cidade de Viana do Castelo utilizam um deslocamento mais activo (a pé) do que os alunos das escolas da vila de Ponte de Lima, e estes deslocam-se em maior percentagem de autocarro escolar e transportes públicos. À medida que aumenta a idade aumenta a utilização de deslocamentos activos. As condições socioeconómicas das famílias diferenciam o tipo de deslocamento e a independência de mobilidade demonstrada pelos alunos. Relativamente aos adultos (docentes e não docentes), apenas 12%(ida) e 13% volta) dos trajectos da semana são realizados de forma activa. Foram encontradas diferenças entre docentes e não docentes no tipo de deslocamento e as variáveis idade e distância casa-escola. Mais de metade dos trajectos realizados pelos adultos, são de automóvel para a escola e à saída desta, e sem qualquer tipo de companhia. Os não docentes deslocam-se mais a pé e utilizam mais os transportes públicos do que os docentes. Os indivíduos docentes e não docentes mais novos são os que se deslocam mais de automóvel para a escola e à saída desta, e mais frequentemente sozinhos. Os que vivem mais próximo da escola deslocam-se mais a pé, e à medida que aumenta esta distância diminui esta percentagem, aumentando a percentagem de utilização do automóvel para a escola e à saída da mesma.
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Nestas, foram encontradas associações estatisticamente significativas entre o tipo de deslocamento e as variáveis género, idade, ciclos de ensino, escola, escalão escolar e distância casa-escola. Os alunos das escolas da cidade de Viana do Castelo utilizam um deslocamento mais activo (a pé) do que os alunos das escolas da vila de Ponte de Lima, e estes deslocam-se em maior percentagem de autocarro escolar e transportes públicos. À medida que aumenta a idade aumenta a utilização de deslocamentos activos. As condições socioeconómicas das famílias diferenciam o tipo de deslocamento e a independência de mobilidade demonstrada pelos alunos. Relativamente aos adultos (docentes e não docentes), apenas 12%(ida) e 13% volta) dos trajectos da semana são realizados de forma activa. Foram encontradas diferenças entre docentes e não docentes no tipo de deslocamento e as variáveis idade e distância casa-escola. Mais de metade dos trajectos realizados pelos adultos, são de automóvel para a escola e à saída desta, e sem qualquer tipo de companhia. Os não docentes deslocam-se mais a pé e utilizam mais os transportes públicos do que os docentes. Os indivíduos docentes e não docentes mais novos são os que se deslocam mais de automóvel para a escola e à saída desta, e mais frequentemente sozinhos. Os que vivem mais próximo da escola deslocam-se mais a pé, e à medida que aumenta esta distância diminui esta percentagem, aumentando a percentagem de utilização do automóvel para a escola e à saída da mesma.Although physical exercise is presented as a primary strategy in the promotion of health, the increase of sedentarism among the general population is evident. Active means of transportation to school (on foot or by bicycle) have been decreasing and almost disappearing resulting on less active and independent children. The aim of this work is to understand children’s and adults’ use of transportation to school; what is the relation between the home distance, school grade, the socioeconomic status, and urban/rural environment and the means of transport used. The sample was constituted by 1981 individuals from which 1699 4th to 9th grade students (870 boys, 829 girls) and 282 adults (197 teachers and 85 non teaching personnel). All these participants belong to two “Agrupamentos de Escolas” (School clusters), located on Viana do Castelo and Ponte de Lima. The data was collected with a questionnaire where each participant should identify the means of transportation to and from school during each day of the week. The “home-school” distance was measured in a straight line between the geodesic coordinates of those two points. Only 17% (going to school) and 27% (coming from school) of children’s journeys are performed in an active way. These percentages increase to 47% and 62% when selecting only children living in a 1000 meters radius from school. Sex, age, grade, school, school level and home-school distance, proved to be significantly associated with the means of transport of these children. Students from Viana do Castelo use a more active means of transport than students from Ponte de Lima, with the last ones using the school bus and public transportations in a higher percentage. The older the students the higher the use of active means of transport. The socioeconomic status of families also differentiate the means of transport used and the independence of mobility shown by students. As far as adults are concerning (teaching and non teaching personnel) only 12% (going to) and 13% (coming from) of the daily routes were performed actively. Significant differences were found in the means of transport chosen by teachers and non teaching personnel as well as other variables such as age and home-school distance. More than half of the routes performed, either by teachers or non teaching personnel, to and from school, are by car and alone. Non teaching personnel walks or take buses more often than teachers. Younger adults use more often the car as a means of transport, and frequently alone. Those who live closer to school travel more by foot but as the distance grows this percentage decreases, increasing the use of cars to and from school.2016-10-14T15:25:12Z2011-09-08T00:00:00Z2011-09-08info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/20.500.11960/1652porTeixeira, Sérgio Alberto de Freitasinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-03-21T14:44:45Zoai:repositorio.ipvc.pt:20.500.11960/1652Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:44:47.920374Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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