Utilizing hydrophilic extracts of Amyloodinium ocellatum (Brown, 1931) in the development of new marine fish therapies

• Autor(a) principal: Ribeiro, António Pedro da Fonseca Jorge Machado
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: eng
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.1/18837
• topic: Aquaculture; Pathology; Dicentrarchus labrax; Amyloodinium ocellatum; Immune response; Sonication; Vaccination; Domínio/Área Científica::Ciências Naturais::Outras Ciências Naturais

Espera-se que a população global atinja os 9 mil milhões em 2050, desafiando o sector alimentar mundial a tornar-se mais produtivo, eficiente e sustentável para garantir a segurança alimentar às gerações futuras. Os oceanos, em todo o mundo, são sobre-explorados e a atividade de pesca é muitas vezes insuficiente para satisfazer a procura, pelo que a aquacultura representa uma solução para o problema. Um dos principais desafios ao desenvolvimento da aquacultura é proliferação de doenças que afetam os indivíduos em cultivo. Na região mediterrânica, no Sul da Europa, amyloodiniosis representa um grande risco para a aquacultura semi-intensiva e intensiva, afetando a maioria das explorações piscícolas em todos os sistemas de produção e causando elevada mortalidade. Embora existam métodos preventivos e desinfetantes, a maioria tem um custo elevado, é pouco prática de aplicar em sistemas semi-intensivos com tanques de terra e altamente prejudicial para o ambiente, tornando a inovação de novas terapias, tratamentos e vacinas de especial importância. Esta tese centra-se no desenvolvimento de uma possível vacina para o robalo (Dicentrarchus labrax), utilizando extratos hidrofílicos obtidos a partir do dinoflagelado Amyloodinium ocellatum. Os extratos foram injetados intraperitonealmente em robalos de 139.8 g de peso médio e as respostas imune, de stress e hematológica foram analisadas após 7, 14, 21 e 28 dias da vacinação. Vinte e oito dias após a vacinação procedeu-se ao desafio com duas concentrações de A. ocellatum (35 e 10 dinospores/mL), sobre o grupo controlo e o grupo vacinado. Para os parâmetros hematológicos, foi registada uma disparidade de resultados nos valores da hemoglobina (Hgb), hematócrito (Htc), lactato e pH, apresentando o grupo vacinado valores mais elevados de Hgb e Htc e valores mais baixos de lactato e pH no sangue. O grupo vacinado, também, apresentou um maior número de monócitos e um menor número de trombócitos. A nível histológico, não foram observadas diferenças no fígado e nas brânquias entre os dois grupos. Quanto aos resultados do desafio, conclui-se que, com a concentração utilizada, não existiu diferença significativa entre os peixes imunizados e o grupo de controlo.