Atitudes dos professores de educação física do 1º ciclo face à inclusão de alunos com deficiência em classes regulares

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lebres, Carlos Alberto Dias e Rocha
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10316/14281
Resumo: Dissertação de mestrado em Exercício e Saúde em Populações Especiais, apresentada à Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física da Universidade de Coimbra
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spelling Atitudes dos professores de educação física do 1º ciclo face à inclusão de alunos com deficiência em classes regularesProfessor de educação físicaEducação inclusivaPopulações especiaisEscola inclusiva -- educação inclusivaComunidade escolar -- inclusãoDissertação de mestrado em Exercício e Saúde em Populações Especiais, apresentada à Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física da Universidade de CoimbraA educação inclusiva assume-se cada vez mais como um tema fulcral na sociedade contemporânea, visível nos conceitos introduzidos na legislação, no discurso político e nas tendências académicas e pedagógicas. Esta realidade confere responsabilidades acrescidas às instituições educativas e em especial aos docentes, nomeadamente no desenvolvimento de práticas e experiências que potenciem um processo de ensino-aprendizagem vocacionado para as particularidades de cada indivíduo. Nesta perspectiva, a Educação Física, contemplada no currículo do programa educativo do 1.º ciclo de ensino como actividade de enriquecimento curricular, pode manifestar-se como um veículo privilegiado na implementação efectiva desta filosofia, dependendo sobretudo da atitude do docente (Ferreira, 2008b). O presente estudo tem como objectivo averiguar as atitudes dos professores de Educação Física do 1º ciclo face ao ensino de crianças com deficiência nas classes regulares, através da determinação do grau de aplicabilidade das considerações teóricas do movimento inclusivo na realidade escolar. Desta forma, contámos com a participação de 159 professores de Educação Física do 1º ciclo (89 pertencentes ao género masculino e 70 ao género feminino), com idades compreendidas entre os 22 e os 46 anos (M = 25,70; DP = 3,107), pertencentes a um amostra distribuída pelos concelhos de Alcobaça, Coimbra, Nazaré, Porto, Rio Maior e Vila Real. A recolha de dados concretizou-se pela aplicação do PEATID III, questionário da autoria de Folsom-Meek & Rizzo (1993), traduzido e adaptado por Campos, Ferreira e Gaspar (2007), complementada por uma entrevista semi-estruturada de Campos e Ferreira (2009). Esta metodologia mista de recolha (quantitativa e qualitativa) e de tratamento de informação, permitiu-nos concluir que a maioria dos docentes expressa uma atitude entusiasta e positiva face à inclusão de indivíduos com deficiência nas aulas regulares. Neste contexto, vislumbram-se alterações de paradigma no ensino de uma disciplina, que num passado recente era suportada por um modelo em que o físico (corpo), a aptidão e o desempenho eram componentes privilegiados, em detrimento dos aspectos sociais, cognitivos e afectivos. Este aspecto é reforçado na nossa dissertação, verificando-se que os professores de educação física do 1º Ciclo tendem a demonstrar atitudes mais positivas e entusiastas face à filosofia inclusiva quando comparados com níveis de escolaridade mais elevados. Por outro lado, podemos ainda afirmar que a formação em educação especial e a qualidade da experiência em jovens com deficiência são vectores tidos pelos docentes como fundamentais na percepção da sua competência, promovendo um ensino inclusivo de sucesso. Além disso, os recursos e os apoios disponibilizados pela comunidade escolar emergem naturalmente, como preponderantes no ensino conjunto de alunos com e sem Necessidades Educativas Especiais (NEE), sem prejuízo para nenhuma das partes envolvidas (alunos com NEE, alunos sem NEE, professor). De salientar ainda que os docentes mais novos e com menor tempo de serviço apresentam atitudes mais favoráveis quando comparados com os seus pares de idade superior e com mais anos no ensino; os professores do género feminino são mais entusiastas na defesa da filosofia inclusiva; os professores de Educação Física do 1º ciclo manifestam atitudes mais positivas face ao contexto inclusivo, quando em presença de limitações ligeiras e/ou dificuldades de aprendizagem em comparação com limitações severas e físicas. Desta forma, e apesar das atitudes dos professores de Educação Física do 1º ciclo se terem revelado favoráveis face ao ensino de alunos com deficiência, torna-se necessária a implementação de estratégias, nomeadamente ao nível dos recursos fornecidos pela escola e ao nível da formação em ensino especial, factores fundamentais para que os professores se sintam mais competentes no ensino de alunos com deficiência. Este é o caminho para que a escola que primeiramente apresentava como objectivo a preparação e a formação de elites, privilegie o conceito inclusivo de uma “escola para todos”.Inclusive education is assumed increasingly as a key theme in contemporary society, visible in the concepts introduced in legislation, political discourse and in academic and educational trends. This fact gives additional responsibilities to educational institutions and especially to the teachers, particularly in the development of practices and experiences that foster a process of teaching and learning geared to the particularities of each individual. In this perspective, physical education, included in the curriculum of the educational program of 1st cycle of teaching and curriculum enrichment activity can manifest itself as a privileged means for the effective implementation of this philosophy, depending mainly on the attitude of the teacher (Ferreira, 2008b). This study aims to examine the attitudes of 1st cycle physical education teachers compared to the education of children with disabilities in regular classes, by determining the degree of applicability of the theoretical considerations of the inclusion movement in the school. Thus, we benefited from the participation of 159 physical education teachers (89 males belonging to the genus and 70 females), aged between 22 and 46 years (M = 25.70, SD = 3.107), belonging to a sample distributed by the counties of Alcobaça, Coimbra, Nazaré, Porto, Rio Maior and Vila Real. Data collection has been realized by application of PEATID III questionnaire written by Folsom-Meek & Rizzo (1993), translated and adapted by Campos, Ferreira and Gaspar (2007), complemented by a semi-structured interview of Campos and Ferreira (2009). This collection of mixed methodology (quantitative and qualitative) and data processing, has allowed us to conclude that the majority of teachers expressed a positive and enthusiastic attitude towards the inclusion of individuals with disabilities in regular classes. Against this background, perceived to be a paradigm change in teaching a discipline which in the recent past was supported by a model where the physical (body), fitness and performance components were privileged compared to the social, cognitive and affective aspects. This is strengthened in our thesis, noting that the physical education teachers from the 1st cycle tend to show more positive and enthusiastic attitudes towards the inclusive philosophy when compared with higher levels of schooling. Moreover, we can assert that training in special education and quality of experience in youth with disabilities are vectors taken by teachers as essential in the perception of its competence, promoting an inclusive education to succeed. Moreover, the resources and support provided by the school community naturally emerge as prevalent in joint teaching of students with and without Special Educational Needs (SEN), without prejudice to any of the parties involved (pupils with SEN pupils without SEN teacher). Noted also that the younger teachers with less years of service have more favorable attitudes when compared with their peers in higher age and more years in education, teachers of the female gender are more enthusiastic in defending the philosophy inclusive teachers Physical Education express more positive attitudes to the inclusive context, in the presence of light limitations and/or learning difficulties in comparison with physical limitations and severe. Thus, despite the attitudes of physical education teachers have turned favorable view of the education of students with disabilities, it becomes necessary to implement strategies, including the level of resources provided by the school and the level of training in special education key factors that teachers feel more competent in teaching students with disabilities. This is the way to school that first had as its objective the preparation and training of elites, favors the inclusive concept of a "school for all."2010info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/10316/14281http://hdl.handle.net/10316/14281porLebres, Carlos Alberto Dias e Rochainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-01-20T17:48:51Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/14281Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T20:39:53.984126Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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