A comparação das orações relativas resumptivas em chinês e em português europeu

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: He, Liuyang
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10451/30354
Resumo: O chinês é uma língua peculiar em termos de orações relativas, porque línguas de SVO como, por exemplo, o inglês e o português, têm orações relativas de núcleo inicial, isto é, os antecedentes precedem as relativas. O chinês, porém, apesar de ser uma língua SVO no domínio da frase, é uma língua de núcleo final no domínio do sintagma nominal. Para além disso, o chinês, diferentemente do português, não tem pronomes relativos e o elemento que introduz as orações relativas é a partícula de, um morfema usado em todas as construções de modificação de nome. Por isso, há estudos que assumem que o chinês não tem orações relativas. Assume-se neste trabalho que o chinês tem, efetivamente, orações relativas e que a partícula de quando ocorrem nelas é um complementador. Depois de esclarecer este problema, assumir-se-á subsequentemente que há no total, três estratégias centrais para as orações relativas em chinês, a saber, a estratégia canónica, a estratégia resumptiva e a estratégia cortadora. A estratégia canónica envolve vazios e pode ocorrer em todas as posições. A estratégia resumptiva aplica-se a posições de OI, OBL e GEN. A estratégia cortadora é marginal e apenas se aplica na posição de OI. As relativas formadas por estratégias distintas têm propriedades diversas entre si. Irei focar-me na estratégia resumptiva em chinês. Constata-se que as relativas resumptivas em chinês exibem comportamentos idênticos aos das relativas resumptivas em português e que a única diferença é a sensibilidade a efeitos de ilha. Conclui-se que a operação de Agree se encontra envolvida nas relativas resumptivas em chinês, mas não em português.
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He, Liuyang
Língua chinesa - Orações relativas
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Língua chinesa - Gramática comparada - Língua portuguesa
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Teses de mestrado - 2017
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description O chinês é uma língua peculiar em termos de orações relativas, porque línguas de SVO como, por exemplo, o inglês e o português, têm orações relativas de núcleo inicial, isto é, os antecedentes precedem as relativas. O chinês, porém, apesar de ser uma língua SVO no domínio da frase, é uma língua de núcleo final no domínio do sintagma nominal. Para além disso, o chinês, diferentemente do português, não tem pronomes relativos e o elemento que introduz as orações relativas é a partícula de, um morfema usado em todas as construções de modificação de nome. Por isso, há estudos que assumem que o chinês não tem orações relativas. Assume-se neste trabalho que o chinês tem, efetivamente, orações relativas e que a partícula de quando ocorrem nelas é um complementador. Depois de esclarecer este problema, assumir-se-á subsequentemente que há no total, três estratégias centrais para as orações relativas em chinês, a saber, a estratégia canónica, a estratégia resumptiva e a estratégia cortadora. A estratégia canónica envolve vazios e pode ocorrer em todas as posições. A estratégia resumptiva aplica-se a posições de OI, OBL e GEN. A estratégia cortadora é marginal e apenas se aplica na posição de OI. As relativas formadas por estratégias distintas têm propriedades diversas entre si. Irei focar-me na estratégia resumptiva em chinês. Constata-se que as relativas resumptivas em chinês exibem comportamentos idênticos aos das relativas resumptivas em português e que a única diferença é a sensibilidade a efeitos de ilha. Conclui-se que a operação de Agree se encontra envolvida nas relativas resumptivas em chinês, mas não em português.
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