A Sombra em Nietzsche e sua ilustração pelo Cinema

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sargento, Isabel Maria Ribeiro Ferreira Galvão
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10362/142807
Resumo: Partindo-se do estudo de diversas utilizações da palavra “sombra” na obra de Friedrich Nietzsche, pretende-se com esta dissertação, A Sombra em Nietzsche e a sua ilustração pelo Cinema, encontrar uma relação entre conteúdos filosóficos nietzschianos e conteúdos narrativos oferecidos pela sétima arte, para algumas aplicações do termo, trabalhando-se para o efeito a obra cinematográfica de Ingmar Bergman. Destacam-se alguns conteúdos integrantes da filosofia de Nietzsche que nos são dados, comparativa ou metaforicamente, por intermédio do vocábulo “sombra”. Primeiramente, aborda-se a sombra como imagem de uma máscara tropológica que algumas pessoas constroem e com que se cobrem ocultando a sua verdadeira essência. Neste contexto, reflecte-se sobre a questão dos sentimentos morais e religiosos e como estes podem ser determinantes na criação e na manutenção dessas máscaras. Os filmes de Ingmar Bergman tratados nesta análise são os que compõem a trilogia O Silêncio de Deus [Guds Tystnad]: Em Busca da Verdade [Såsom i en spegel] (1961), Luz de Inverno [Nattvardsgästerna] (1963) e O Silêncio [Tystnaden] (1963). Num segundo momento, a sombra é entendida como o retrato de uma existência aparente concebida ao lado da existência verdadeira, onde se aprofunda a relação dos conceitos apolíneo e dionisíaco com os mundos aparente e verdadeiro respectivamente. Aborda-se também neste ponto, o momento singular da sombra do meio-dia que nos é apresentado como a imagem correspondente ao abolir dos dois mundos. O filme em estudo neste capítulo é A Máscara [Persona] (1966). Por último, versa-se sobre uma das temáticas fulcrais da obra de Nietzsche, o niilismo. Estudam-se alguns diálogos estabelecidos por Nietzsche entre personagens suas (incluindo a Sombra), expondo-se os conceitos de “último homem” [letzter Mensch], de “espírito livre” [Freigeist] e de Super-Homem [Übermensch] que são fundamentais para o entendimento da sua visão acerca do niilismo. Traz-se ainda a lume a dificuldade do homem se libertar das amarras metafísicas. Neste capítulo são tratados os filmes: O Sétimo Selo [Det sjunde inseglet] (1957), Da Vida das Marionetes [Aus dem Leben der Marionetten] (1980) e Na Presença de um Palhaço [Larmar och gör sig till] (1997). Afinidades e divergências, no âmbito desta tese, detectadas entre os filmes, são apontadas e explicadas.
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Neste contexto, reflecte-se sobre a questão dos sentimentos morais e religiosos e como estes podem ser determinantes na criação e na manutenção dessas máscaras. Os filmes de Ingmar Bergman tratados nesta análise são os que compõem a trilogia O Silêncio de Deus [Guds Tystnad]: Em Busca da Verdade [Såsom i en spegel] (1961), Luz de Inverno [Nattvardsgästerna] (1963) e O Silêncio [Tystnaden] (1963). Num segundo momento, a sombra é entendida como o retrato de uma existência aparente concebida ao lado da existência verdadeira, onde se aprofunda a relação dos conceitos apolíneo e dionisíaco com os mundos aparente e verdadeiro respectivamente. Aborda-se também neste ponto, o momento singular da sombra do meio-dia que nos é apresentado como a imagem correspondente ao abolir dos dois mundos. O filme em estudo neste capítulo é A Máscara [Persona] (1966). Por último, versa-se sobre uma das temáticas fulcrais da obra de Nietzsche, o niilismo. Estudam-se alguns diálogos estabelecidos por Nietzsche entre personagens suas (incluindo a Sombra), expondo-se os conceitos de “último homem” [letzter Mensch], de “espírito livre” [Freigeist] e de Super-Homem [Übermensch] que são fundamentais para o entendimento da sua visão acerca do niilismo. Traz-se ainda a lume a dificuldade do homem se libertar das amarras metafísicas. Neste capítulo são tratados os filmes: O Sétimo Selo [Det sjunde inseglet] (1957), Da Vida das Marionetes [Aus dem Leben der Marionetten] (1980) e Na Presença de um Palhaço [Larmar och gör sig till] (1997). Afinidades e divergências, no âmbito desta tese, detectadas entre os filmes, são apontadas e explicadas.Starting from the study of several uses of the word “shadow” in Friedrich Nietzsche’s work, the aim of this dissertation, The Shadow in Nietzsche and its illustration by the Cinema, is to find a relationship between Nietzschean philosophical contents and narrative contents offered by the seventh art, for some applications of the term, working for that purpose the cinematographic work of Ingmar Bergman. We stand out some contents which integrate Nietzsche's philosophy that are given to us, comparatively or metaphorically, through the word “shadow”. Firstly, the shadow is approached as an image of a tropological mask that some people build and with which they cover themselves, concealing their true essence. In this context, we reflect on the question of moral and religious feelings and how these can be decisive in the creation and maintenance of these masks. Ingmar Bergman's films dealt with in this analysis are those that make up The Silence of God [Guds Tystnad] trilogy: Through a Glass Darkly [Såsom i en spegel] (1961), Winter Light [Nattvardsgästerna] (1963) and The Silence [Tystnaden] (1963). In a second moment, the shadow is understood as the portrait of an apparent existence conceived alongside a true existence, where the relationship of the Apollonian and Dionysian concepts to the apparent and the true worlds respectively, is deepened. This point also addresses the singular moment of the shadow of midday which is presented to us as the image corresponding to the abolition of two worlds. The film under study at this chapter is The Mask [Persona] (1966). Finally, we deal with one of the central themes of Nietzsche's work, nihilism. Some dialogues established by Nietzsche between his characters (including the Shadow) are studied exposing the concepts of “last man” [letzter Mensch], “free spirit” [Freigeist] and Superman [Übermensch] which are fundamental for the understanding of his vision about nihilism. The difficulty of man in freeing himself from metaphysical moorings is also brought to light. This chapter deals with the films: The Seventh Seal [Det sjunde inseglet] (1957), From the Life of the Marionettes [Aus dem Leben der Marionetten] (1980) and In the Presence of a Clown [Larmar och gör sig till] (1997). Affinities and divergences, within the scope of this thesis, detected between the films, are pointed out and explained.Branco, Maria João MayerStellino, PaoloRUNSargento, Isabel Maria Ribeiro Ferreira Galvão2022-06-152022-01-102025-06-15T00:00:00Z2022-06-15T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10362/142807TID:203036840porinfo:eu-repo/semantics/embargoedAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-03-11T05:20:44Zoai:run.unl.pt:10362/142807Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T03:50:32.019125Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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