Fontes de informação: estudo de caso nos media da Beira Interior

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Correia, Ana Patrícia
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/1305
Resumo: Actualmente, vivemos numa sociedade que se caracteriza pela importância crescente da Internet e dos novos media. A hiperbolização e o excesso de informação que circula nas redes digitais lançaram novos desafios e transformaram o ecossistema mediático, ameaçando, por vezes, as rotinas e os conteúdos jornalísticos. O acesso universal à informação, a instantaneidade, a interactividade, o factor tempo e o multimédia, numa era de convergência, afectaram as metamorfoses que o jornalismo viveu e continua a viver nos últimos tempos. No entanto, nem tudo se transmutou. A relevância das fontes para o jornalismo preserva-se imutável e essencial nesta taxonomia. A partir de conceitos como o gatekeeper, Web 2.0, Media Sociais e as fontes de informação, pretendemos problematizar e investigar o conhecimento sobre a especificidade dos media regionais. O objectivo é perceber as principais tendências da prática do jornalismo regional enquanto plataforma de enunciação, especialmente na interacção fontes-jornalistas, nesta relação do agente de comunicação com as novas ferramentas de informação como os motores de busca, mailing list, newsgroups, chatgroups, email, blogues, redes sociais e microblogues. Interessa-nos, ainda, entender até que ponto os conteúdos partilhados na Web são verosímeis, fiáveis e consistentes. A crescente utilização da Internet e o excesso de informação impõe aos jornalistas novos desafios e regras éticas e deontológicas, que terão de ser reequacionadas e adaptadas às novas fontes de informação. Nesse sentido, o presente trabalho de investigação divide-se em cinco capítulos. No capítulo 1 é feita uma contextualização histórica da Internet, partindo da primeira ligação de dois computadores à distância num contexto de desenvolvimento tecnológico estritamente militar até à actual massificação do meio. No Capítulo 2 são evidenciadas as regras das relações entre o jornalista e as fontes tradicionais. E são identificadas as diferentes formas de determinar o que é considerado notícia de acordo com a interpretação do que é o interesse público, apontando conceitos como o gatewatching. Abordamos ainda a fonte de informação e as suas características, bem como o interesse na promoção e divulgação de certos factos por parte de pessoas e instituições que assim recorrem ou colaboram com o jornalista no sentido de divulgar um facto, uma informação ou um acontecimento. No Capítulo 3, centrámo-nos na Web 2.0 e nos Media Sociais. Procurámos explicitar o desenvolvimento de novos meios de criação colectiva de conteúdos e as novas dinâmicas informativas em rede, dos blogues e microblogues, dos motores de busca e das redes sociais enquanto fontes jornalísticas. Como o principal alvo do estudo são as redes sociais e o microblogging enquanto fontes, produzimos um enquadramento nacional e, um mais restrito, respeitante ao jornalismo. No Capítulo 4, pretendemos demonstrar a relação dos media sociais enquanto fontes jornalísticas. Com base em alguns estudos revelamos que os blogues, as redes sociais e o microblogging são ferramentas tendencialmente utilizadas pelos jornalistas para publicar, promover e distribuir notícias. Na segunda parte, que corresponde aos Capítulos 5 e 6, incluímos as questões que guiaram a investigação, os fundamentos que nos levaram a esta análise, e a argumentação teórica relativa aos instrumentos de recolha de dados e às técnicas de análise de dados. Dada a importância desta reflexão sobre as novas fontes jornalísticas, desenvolvemos este estudo que procura responder às seguintes questões: As novas fontes, como as redes sociais e/ou os blogues, estão a substituir as fontes tradicionais usadas pelos jornalistas da Beira Interior? Que credibilidade têm estas fontes juntos dos jornalistas e de que forma são utilizadas? Os profissionais da comunicação social regional utilizam as redes sociais? Com que regularidade? Para partilha de conteúdos? Ou para procurar informação? Os jornalistas utilizam os blogues como fontes de informação? Quais são os principais tipos de fontes de informação que utilizam os jornalistas? Como é que procedem quando se deparam com uma temática interessante, numa rede social, para um trabalho jornalístico? A Internet substitui as fontes de informação tradicionais? Neste capítulo abordamos ainda o procedimento metodológico seguido da recolha, tratamento e análise de dados. Entender o modo como os jornalistas dos meios de comunicação social da Beira Interior, que inclui os distritos da Guarda e Castelo Branco, utilizam de forma específica as novas ferramentas da Internet na sua prática profissional, especialmente no contacto com as fontes de informação, é o principal objectivo do estudo. Na parte relativa à discussão de resultados, procedemos à análise dos mesmos e procuramos dar resposta às questões que guiaram a investigação. As conclusões demonstram que a maioria dos jornalistas utiliza frequentemente as novas fontes 2.0 e privilegia esta ferramenta enquanto fonte de informação. Apesar disso, as fontes de informação tradicionais continuam a ser muito utilizadas pelos jornalistas, destacando-se claramente, os contactos pessoais. Quanto às fontes de informação 2.0 utilizadas pelos jornalistas destaca-se a utilização das redes sociais, que são apontadas por um terço dos inquiridos como sendo utilizadas com alguma frequência.
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A partir de conceitos como o gatekeeper, Web 2.0, Media Sociais e as fontes de informação, pretendemos problematizar e investigar o conhecimento sobre a especificidade dos media regionais. O objectivo é perceber as principais tendências da prática do jornalismo regional enquanto plataforma de enunciação, especialmente na interacção fontes-jornalistas, nesta relação do agente de comunicação com as novas ferramentas de informação como os motores de busca, mailing list, newsgroups, chatgroups, email, blogues, redes sociais e microblogues. Interessa-nos, ainda, entender até que ponto os conteúdos partilhados na Web são verosímeis, fiáveis e consistentes. A crescente utilização da Internet e o excesso de informação impõe aos jornalistas novos desafios e regras éticas e deontológicas, que terão de ser reequacionadas e adaptadas às novas fontes de informação. Nesse sentido, o presente trabalho de investigação divide-se em cinco capítulos. No capítulo 1 é feita uma contextualização histórica da Internet, partindo da primeira ligação de dois computadores à distância num contexto de desenvolvimento tecnológico estritamente militar até à actual massificação do meio. No Capítulo 2 são evidenciadas as regras das relações entre o jornalista e as fontes tradicionais. E são identificadas as diferentes formas de determinar o que é considerado notícia de acordo com a interpretação do que é o interesse público, apontando conceitos como o gatewatching. Abordamos ainda a fonte de informação e as suas características, bem como o interesse na promoção e divulgação de certos factos por parte de pessoas e instituições que assim recorrem ou colaboram com o jornalista no sentido de divulgar um facto, uma informação ou um acontecimento. No Capítulo 3, centrámo-nos na Web 2.0 e nos Media Sociais. 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Dada a importância desta reflexão sobre as novas fontes jornalísticas, desenvolvemos este estudo que procura responder às seguintes questões: As novas fontes, como as redes sociais e/ou os blogues, estão a substituir as fontes tradicionais usadas pelos jornalistas da Beira Interior? Que credibilidade têm estas fontes juntos dos jornalistas e de que forma são utilizadas? Os profissionais da comunicação social regional utilizam as redes sociais? Com que regularidade? Para partilha de conteúdos? Ou para procurar informação? Os jornalistas utilizam os blogues como fontes de informação? Quais são os principais tipos de fontes de informação que utilizam os jornalistas? Como é que procedem quando se deparam com uma temática interessante, numa rede social, para um trabalho jornalístico? A Internet substitui as fontes de informação tradicionais? Neste capítulo abordamos ainda o procedimento metodológico seguido da recolha, tratamento e análise de dados. Entender o modo como os jornalistas dos meios de comunicação social da Beira Interior, que inclui os distritos da Guarda e Castelo Branco, utilizam de forma específica as novas ferramentas da Internet na sua prática profissional, especialmente no contacto com as fontes de informação, é o principal objectivo do estudo. Na parte relativa à discussão de resultados, procedemos à análise dos mesmos e procuramos dar resposta às questões que guiaram a investigação. As conclusões demonstram que a maioria dos jornalistas utiliza frequentemente as novas fontes 2.0 e privilegia esta ferramenta enquanto fonte de informação. Apesar disso, as fontes de informação tradicionais continuam a ser muito utilizadas pelos jornalistas, destacando-se claramente, os contactos pessoais. Quanto às fontes de informação 2.0 utilizadas pelos jornalistas destaca-se a utilização das redes sociais, que são apontadas por um terço dos inquiridos como sendo utilizadas com alguma frequência.Today, we live in a society that is characterized by the increasing importance of the Internet and new media. The exaggeration and excess of information that circulates in digital networks launched new challenges and changed the media ecosystem, threatening, at times, routines and journalistic contents. Universal access to information, the immediacy, interactivity, multimedia and the time factor in an era of convergence, affecting, in fact, the metamorphoses that journalism lived and still lives in recent times. However, not everything can be transmuted. The relevance of the sources for journalism is preserved immutable and essential in this taxonomy. From concepts as the gatekeeper, Web 2.0, Social Media and sources of information, we intend to question and investigate the specificity of knowledge about the regional average. The aim is to understand the main trends of regional practice of journalism as a platform for articulation, especially in the interaction sources-journalists, in this communication between the agent with new information tools such as web search engines, mailing list, newsgroups, chatgroups, email, blogs, social networking and microblogging. We are also interested in understand how the content shared on the Web are believable, reliable and consistent. The increasing use of Internet and information overload imposes new challenges for journalists and professional conduct and ethical rules that have to be refocused and adapted to new sources of information. In this sense, this research work is divided into five chapters. In chapter 1 is made into a historical context of the Internet, starting from the first connection of two remote computers in a context of technological development strictly military until the current mass of the medium. In Chapter 2 highlighted the rules of the relationship between the journalist and traditional sources. It identifies the different ways to determine what is the news according to the interpretation of what is in the public interest, such as pointing gatewatching concepts. We discuss also the source of information and its characteristics, as well as interest in the promotion and dissemination of certain facts by people and institutions that use well or along with the journalist to publicize an event, an information or an event. In Chapter 3, we focused on Web 2.0 and Social Media. We have tried to explain the development of new means of collective creation of content and new information in dynamic networks, blogs and microblogging, search engines and social networks as news sources. As the main target of study are social networking and microblogging as sources, produce a national framework and a more restricted, with regard to journalism. In Chapter 4 we aim to demonstrate the relationship of social media as news sources. Based on some studies reveal that blogs, social networking and microblogging tools are used by journalists tend to publish, promote and distribute news. In the second part, which corresponds to Chapters 5 and 6, we include the questions that guided the research, the reasons which led us to this analysis, and theoretical arguments on the instruments of data collection and data analysis techniques. Given the importance of reflection on the new journalistic sources, we designed this study seeks to answer the following questions: The new sources, such as social networking and / or blogs, are replacing traditional sources used by regional journalists? How credible are these sources together journalists and how are they used? The journalists use social networks? How often? For content sharing? Or to find information? Journalists use blogs as sources of information? What are the main types of information sources that journalists use? How come the journalists when faced with an interesting theme, a social network for a piece of journalism? The Internet replaces the traditional sources of information? This chapter also discusses the methodological procedure followed by the collection, processing and data analysis. Understanding how journalists from media of Beira Interior, which includes the districts of Guarda and Castelo Branco, specifically using the new tools of the Internet in their practice, especially in contact with sources of information, is main objective of the study. In the discussion on the results, analyzed the same and try to answer the questions that guided the investigation. The findings show that most of the media often uses the new 2.0 sources and focuses this tool as a source of information. Nevertheless, the traditional sources of information continue to be widely used by journalists, pointing out clearly the personal contacts. The information sources used by journalists 2.0 highlights the use of social networks, which are described by one-third of the respondents as being used with some frequency.Universidade da Beira InteriorCanavilhas, João Manuel MessiasuBibliorumCorreia, Ana Patrícia2013-09-03T09:54:01Z2011-102011-10-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/vnd.openxmlformats-officedocument.wordprocessingml.documenthttp://hdl.handle.net/10400.6/1305porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:36:52Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/1305Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:43:10.647141Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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O objectivo é perceber as principais tendências da prática do jornalismo regional enquanto plataforma de enunciação, especialmente na interacção fontes-jornalistas, nesta relação do agente de comunicação com as novas ferramentas de informação como os motores de busca, mailing list, newsgroups, chatgroups, email, blogues, redes sociais e microblogues. Interessa-nos, ainda, entender até que ponto os conteúdos partilhados na Web são verosímeis, fiáveis e consistentes. A crescente utilização da Internet e o excesso de informação impõe aos jornalistas novos desafios e regras éticas e deontológicas, que terão de ser reequacionadas e adaptadas às novas fontes de informação. Nesse sentido, o presente trabalho de investigação divide-se em cinco capítulos. No capítulo 1 é feita uma contextualização histórica da Internet, partindo da primeira ligação de dois computadores à distância num contexto de desenvolvimento tecnológico estritamente militar até à actual massificação do meio. No Capítulo 2 são evidenciadas as regras das relações entre o jornalista e as fontes tradicionais. E são identificadas as diferentes formas de determinar o que é considerado notícia de acordo com a interpretação do que é o interesse público, apontando conceitos como o gatewatching. Abordamos ainda a fonte de informação e as suas características, bem como o interesse na promoção e divulgação de certos factos por parte de pessoas e instituições que assim recorrem ou colaboram com o jornalista no sentido de divulgar um facto, uma informação ou um acontecimento. No Capítulo 3, centrámo-nos na Web 2.0 e nos Media Sociais. Procurámos explicitar o desenvolvimento de novos meios de criação colectiva de conteúdos e as novas dinâmicas informativas em rede, dos blogues e microblogues, dos motores de busca e das redes sociais enquanto fontes jornalísticas. Como o principal alvo do estudo são as redes sociais e o microblogging enquanto fontes, produzimos um enquadramento nacional e, um mais restrito, respeitante ao jornalismo. No Capítulo 4, pretendemos demonstrar a relação dos media sociais enquanto fontes jornalísticas. Com base em alguns estudos revelamos que os blogues, as redes sociais e o microblogging são ferramentas tendencialmente utilizadas pelos jornalistas para publicar, promover e distribuir notícias. Na segunda parte, que corresponde aos Capítulos 5 e 6, incluímos as questões que guiaram a investigação, os fundamentos que nos levaram a esta análise, e a argumentação teórica relativa aos instrumentos de recolha de dados e às técnicas de análise de dados. Dada a importância desta reflexão sobre as novas fontes jornalísticas, desenvolvemos este estudo que procura responder às seguintes questões: As novas fontes, como as redes sociais e/ou os blogues, estão a substituir as fontes tradicionais usadas pelos jornalistas da Beira Interior? Que credibilidade têm estas fontes juntos dos jornalistas e de que forma são utilizadas? Os profissionais da comunicação social regional utilizam as redes sociais? Com que regularidade? Para partilha de conteúdos? Ou para procurar informação? Os jornalistas utilizam os blogues como fontes de informação? Quais são os principais tipos de fontes de informação que utilizam os jornalistas? Como é que procedem quando se deparam com uma temática interessante, numa rede social, para um trabalho jornalístico? A Internet substitui as fontes de informação tradicionais? Neste capítulo abordamos ainda o procedimento metodológico seguido da recolha, tratamento e análise de dados. Entender o modo como os jornalistas dos meios de comunicação social da Beira Interior, que inclui os distritos da Guarda e Castelo Branco, utilizam de forma específica as novas ferramentas da Internet na sua prática profissional, especialmente no contacto com as fontes de informação, é o principal objectivo do estudo. Na parte relativa à discussão de resultados, procedemos à análise dos mesmos e procuramos dar resposta às questões que guiaram a investigação. As conclusões demonstram que a maioria dos jornalistas utiliza frequentemente as novas fontes 2.0 e privilegia esta ferramenta enquanto fonte de informação. Apesar disso, as fontes de informação tradicionais continuam a ser muito utilizadas pelos jornalistas, destacando-se claramente, os contactos pessoais. Quanto às fontes de informação 2.0 utilizadas pelos jornalistas destaca-se a utilização das redes sociais, que são apontadas por um terço dos inquiridos como sendo utilizadas com alguma frequência.
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