Estatinas e microalbuminúria
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2003 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10316/11820 |
Resumo: | A microalbuminúria é, actualmente, considerada um indicador de risco cardiovascular, ocorrendo frequentemente associada a outros factores de risco aterosclerótico e podendo representar o marcador renal do aumento generalizado da permeabilidade endotelial que acompanha o processo aterogénico. Segundo alguns estudos, a prevalência da microalbuminúria na população geral varia entre 3,8 e 14,6%, verificando-se prevalências mais elevadas nos diabéticos e ou hipertensos. Evidências histopatológicas e experimentais sugerem que a dislipidemia pode iniciar e contribuir para a progressão da nefropatia, sendo os mecanismos implicados semelhantes aos envolvidos na aterosclerose; por outro lado, a perda urinária de albumina pode levar a elevação dos níveis plasmáticos das lipoproteínas A terapêutica hipolipemiante com estatinas demonstrou reduzir o risco cardiovascular e, também, melhorar a função endotelial. Estudos em animais e in vitro demonstraram efeitos benéficos destes fármacos em vários modelos de nefropatia, incluindo reduções da excreção urinária de proteínas. Alguns estudos realizados em doentes com excreção anormal de proteínas na urina apoiam a hipótese de que os efeitos renoprotectores também ocorram em humanos, continuando, ainda em aberto, no entanto, o campo para investigação nesta área, particularmente sobre o efeito das estatinas na redução da microalbuminúria. |
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Estatinas e microalbuminúriaStatins and microalbuminuriaMicroalbuminúriaEstatinasDislipidemiaNefropatiaA microalbuminúria é, actualmente, considerada um indicador de risco cardiovascular, ocorrendo frequentemente associada a outros factores de risco aterosclerótico e podendo representar o marcador renal do aumento generalizado da permeabilidade endotelial que acompanha o processo aterogénico. Segundo alguns estudos, a prevalência da microalbuminúria na população geral varia entre 3,8 e 14,6%, verificando-se prevalências mais elevadas nos diabéticos e ou hipertensos. Evidências histopatológicas e experimentais sugerem que a dislipidemia pode iniciar e contribuir para a progressão da nefropatia, sendo os mecanismos implicados semelhantes aos envolvidos na aterosclerose; por outro lado, a perda urinária de albumina pode levar a elevação dos níveis plasmáticos das lipoproteínas A terapêutica hipolipemiante com estatinas demonstrou reduzir o risco cardiovascular e, também, melhorar a função endotelial. Estudos em animais e in vitro demonstraram efeitos benéficos destes fármacos em vários modelos de nefropatia, incluindo reduções da excreção urinária de proteínas. Alguns estudos realizados em doentes com excreção anormal de proteínas na urina apoiam a hipótese de que os efeitos renoprotectores também ocorram em humanos, continuando, ainda em aberto, no entanto, o campo para investigação nesta área, particularmente sobre o efeito das estatinas na redução da microalbuminúria.Microalbuminuria is at present considered an indicator of cardiovascular risk, often occurring associated with other cardiovascular risk factors and might be the renal marker for an increased endothelial permeability that accompanies the atherogenic process. According to some studies, the prevalence of microalbuminuria in the general population ranges from 3.8 to 14.6%, being higher in diabetic and/or hypertensive individuals. Histopathological and experimental evidence suggest that dyslipidaemia can initiate and contribute to the progression of nephropathy, with mechanisms similar to those involved in atherosclerosis; on the other hand, urinary albumin loss may lead to a rise in lipoprotein plasmatic levels. Lipid lowering therapy with statins has been shown to reduce cardiovascular risk and also to improve endothelial function. Animal and in vitro experiments have demonstrated beneficial effects of these drugs in several models of nephropathy, including reductions in urinary protein excretion. Some studies conducted in patients with abnormal excretion of urinary protein support the hypothesis that reno-protective effects also occur in humans; however, the field is still open for investigation in this area, particularly the effect of statins in the reduction of microalbuminuria.Sociedade Portuguesa de Medicina Interna2003-04info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttp://hdl.handle.net/10316/11820http://hdl.handle.net/10316/11820porMedicina Interna. 10:2 (2003) 101-1090872-671XDias, PatríciaSilva, José ManuelSilva, NunoAlexandrino, M. B.Moura, J. J. Alves deinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-05-25T10:01:03Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/11820Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T20:43:42.122580Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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