Aplicação de nanoemulsões na conservação de Pera ´Rocha´

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Antão, Rui Filipe Inácio
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.1/15064
Resumo: A pera ‘Rocha’ é uma cultivar portuguesa de pera com características organoléticas únicas, destacando-se também pela sua capacidade de conservação. Esta variedade tem tendência ao aparecimento de desordens fisiológicas após armazenamento prolongado no frio, como o escaldão superficial. Após a proibição da difenilamina, o 1-metilciclopropeno (1-MCP) tem sido utilizado na conservação de pera ‘Rocha’ para prevenção do escaldão superficial do armazenamento, mas tem apresentado desvantagens, nomeadamente na progressão do amadurecimento dos frutos. Nanoemulsões contendo óleos essenciais têm revelado eficácia na conservação de produtos minimamente processados e outros, pela sua ação antimicrobiana e antioxidante e poderão ser usadas como alternativa ao 1-MCP. Neste trabalho foram testados 4 tratamentos com nanoemulsões contendo alginato e óleos essenciais citral (CI) e erva-príncipe (EP) em pera ‘Rocha’ armazenada a 0 ºC durante 6 meses, e foram efetuadas análises qualitativas aos frutos no momento da aplicação, 2, 4 e 6 meses após armazenamento, assim como após 7 dias em condições de prateleira (22 ºC). O controlo consistiu em frutos sem tratamento. Foram analisados a cor, firmeza, teor de sólidos solúveis, acidez titulável, perda de peso, extravasamento eletrolítico, escaldão superficial, acastanhamento interno, evolução microbiana e realizado um painel de provadores. Os tratamentos EP 1,25% e EP 2,5% obtiveram os resultados mais favoráveis quanto à evolução da maturação e prevenção do escaldão superficial, e as peras com o tratamento EP 1,25% tiveram a melhor aceitação geral nas provas organoléticas. Estes tratamentos exibiram melhorias na conservação de pera ‘Rocha’ no frio e podem servir de base em ensaios futuros para encontrar uma alternativa à utilização do 1-MCP nesta cultivar.
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