A concepção antropológica egípcia : da vida no aquém à existência no além

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sales, José das Candeias
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.2/3367
Resumo: De acordo com a visão egípcia da natureza humana, o Homem não era concebido como a combinação de vários elementos mortais e imortais, corpóreos e anímicos, físicos e espirituais, materiais e imateriais, mas antes como uma unidade que reunia em si todas as qualidades e características humanas que marcavam o ciclo da existência quer no Aquém quer no Além. A funcionalidade ou disfuncionalidade destes elementos ou a sua separação ou justaposição explicavam todos os grandes momentos da vida do individuo: a concepção, o nascimento, a morte, a mumificação, a ressurreição, a vida eterna. Esta concepção tem, portanto, enorme impacto no estudo do imaginário do antigo povo egípcio e é indissociável das suas representações sobre a vida, sobre a morte, sobre os seus costumes fúnebres, sobre a imortalidade e sobre a sua relação com o Cosmos. Entre os distintos e complementares elementos que no antigo Egipto constituíam a personalidade humana encontravam-se khet (corpo), ren (nome), ka ("duplo"), ba ("alma"), chut (sombra), akh (ser/ espírito transfigurado) e ib (coração). Cada um dos elementos traduzia uma faceta distinta do Homem que se manifestava numa certa dimensão específica e que, por isso, se tornava individualizável. Todos os elementos eram necessários, todavia, para garantir a sua existência terrena e a sua continuidade na vida extraterrena.
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