O que ainda não tem nome: Processo de criação em animação como suporte da memória
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/12008 |
Resumo: | O que ainda não tem nome é um filme de animação de curta-metragem realizado no âmbito do Mestrado em Cinema da Universidade da Beira Interior, no intento de obtenção de grau académico de mestre. Este relatório pretende descrever o processo criativo e analisar o percurso pessoal para a concretização do filme. Começo por explicar as motivações iniciais para a realização deste curta-metragem e um pouco de história, as quais são importantes para que o leitor compreenda as questões políticas que contextualizaram os fatos com os quais o curta dialoga, bem como os elementos autobiográficos que contém e as implicações desta abordagem mais intimista. A pré-produção é abordada depois, no segundo capítulo, e nela se descreve a forma como foi feita a recolha de material documental, a organização deste material e as escolhas no que respeita à edição sonora, sendo o som um aspeto decisivo na obra. Em seguida, no terceiro capítulo, intitulado “Produção”, detalho como, antes da própria estruturação da narrativa, iniciei o desenho, o qual se uniu aos depoimentos selecionados, bem como o momento em que foi definida a técnica adotada, a rotoscopia, recorrendo a meios analógicos e digitais. Ao contrário da generalidade dos animadores, ao invés de seguir o caminho convencional de preparação de projeto com uma antevisão e detalhamento das cenas através do storyboard, neste projeto optei por um postoryboard, um storyboard realizado depois da pós-produção, abordagem que permitiu maior liberdade criativa e imaginativa. Os resultados indiretos do filme, as cenas não usadas e a vida autónoma que ganharam são tema para o quarto capítulo. São extras descartadas ao longo do processo de produção e que integram, e integrarão, outros projetos que, partindo daqui, constituirão obras independentes e livres. No quinto capítulo discorro acerca do papel do erro no fazer do filme, considerando e compreendendo a imperfeição de cenas e desenhos como fator criativo da obra artística. O erro, além de elemento constitutivo do processo de aprendizagem que me acompanhou ao longo dessa trajetória, faz parte da metodologia de trabalho do filme resultante. Por fim, concluo relatando minhas impressões pessoais do processo e motivações, e revelando, talvez, um pouco de raiva e tristeza. |
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A pré-produção é abordada depois, no segundo capítulo, e nela se descreve a forma como foi feita a recolha de material documental, a organização deste material e as escolhas no que respeita à edição sonora, sendo o som um aspeto decisivo na obra. Em seguida, no terceiro capítulo, intitulado “Produção”, detalho como, antes da própria estruturação da narrativa, iniciei o desenho, o qual se uniu aos depoimentos selecionados, bem como o momento em que foi definida a técnica adotada, a rotoscopia, recorrendo a meios analógicos e digitais. Ao contrário da generalidade dos animadores, ao invés de seguir o caminho convencional de preparação de projeto com uma antevisão e detalhamento das cenas através do storyboard, neste projeto optei por um postoryboard, um storyboard realizado depois da pós-produção, abordagem que permitiu maior liberdade criativa e imaginativa. Os resultados indiretos do filme, as cenas não usadas e a vida autónoma que ganharam são tema para o quarto capítulo. São extras descartadas ao longo do processo de produção e que integram, e integrarão, outros projetos que, partindo daqui, constituirão obras independentes e livres. No quinto capítulo discorro acerca do papel do erro no fazer do filme, considerando e compreendendo a imperfeição de cenas e desenhos como fator criativo da obra artística. O erro, além de elemento constitutivo do processo de aprendizagem que me acompanhou ao longo dessa trajetória, faz parte da metodologia de trabalho do filme resultante. Por fim, concluo relatando minhas impressões pessoais do processo e motivações, e revelando, talvez, um pouco de raiva e tristeza.What Doesn’t Have a Name Yet is a short animation film made within the scope of the Master's Degree in Cinema of the University of Beira Interior, in the attempt to obtain a master's degree. This report intends to describe the creative process and analyze the personal journey towards the realization of the film. I begin by explaining the initial motivations for making this short film and a bit of history, which are important for the reader to understand the political issues that contextualized the facts with which the short film dialogues, as well as the autobiographical elements it contains and the implications of this more intimate approach. Pre-production is dealt with later, in the second chapter, and it the way the collection of documentary material was made, the organization of this material, and the choices about sound editing are described, the sound being a decisive aspect in the work. Then, in the third chapter, entitled Production, I detail how, before the very structuring of the narrative, I began the drawing, which was joined to the selected statements, as well as the moment when the adopted technique was defined, rotoscopy, using both analog and digital media. Contrary to the generality of animators, instead of following the conventional path of project preparation with a preview and detailing of scenes through storyboard, in this project, I opted for a post-storyboard, a storyboard made after post-production, an approach that allowed greater creative and imaginative freedom. The indirect results of the film, not used scenes, and the autonomous life they gained is the subject for the fourth chapter. They are extras discarded throughout the production process, and which integrate and will be part of other projects that, starting from here, will constitute independent works. In the fifth chapter, I discuss the role of the error in the making of the film, considering and understanding the imperfection of scenes and drawings as a creative factor of the artistic work. The error, besides being a constitutive element of the learning process that accompanied me throughout this trajectory, is part of the work methodology of the resulting film. Finally, I conclude by reporting my impressions of the process and motivations and revealing, perhaps, a little anger and sadness.Nogueira, Luis Carlos da CostauBibliorumMendes, Cybelle do Amaral2022-01-24T16:12:29Z2021-12-022021-10-112021-12-02T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/12008TID:202890465porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-21T03:39:20Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/12008Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:51:42.410332Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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