Dispositivos médicos higiénicos de protecção menstrual : conhecimento, expetativas e receios em relação ao copo menstrual

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Barros, Angélica Vieira de
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/1160
Resumo: Introdução: O copo menstrual apesar de estar disponível no mercado há várias décadas, parece ser ainda pouco conhecido entre a população feminina portuguesa. Este estudo pretende descrever o conhecimento, as expetativas e os receios face à utilização do copo menstrual. Material e métodos: Estudo descritivo conclusivo que envolveu 111 mulheres em idade fértil. Inicialmente foi feita uma breve apresentação ou entregue um folheto informativo sobre o copo menstrual, e foram prestadas informações acerca da natureza e objetivos do estudo. Depois foi dado um copo menstrual e um questionário a preencher às mulheres que mostraram interesse em experimentá-lo. O questionário pretendia perceber as características menstruais, experiência tida com o uso de tampões e pensos higiénicos, se já conheciam o copo menstrual enquanto método de proteção e quais as expetativas e receios relativamente ao seu uso. São estas vertentes que são analisadas no presente trabalho. Resultados: 56.8% das mulheres já conheciam o copo menstrual. Usando a escala de Likert graduada de 1-5, verificou-se existirem níveis significativos de receio no que concerne a fugas com o copo menstrual (Média±desvio padrão [M±DP]:3.5±0.1), necessidade de ter cuidado com o número de horas de uso (M±DP:3.4±0.1), dificuldade em saber quando se tem de mudar o copo menstrual (M±DP:3.3±0.1) e à eficácia em relação aos tampões e pensos higiénicos (M±DP:3.3±0.1). Contrariamente a falta de higiene (M±DP:2.3±0.1), a não segurança do copo (M±DP:2.4±0.1) e a perceção de exposição a um maior risco de infeções (M±DP:2.5±0.1) não parecem ser preocupações. Os receios relativamente ao copo menstrual eram maiores no grupo de mulheres que não tinham conhecimento prévio deste e as que usavam com maior frequência pensos higiénicos durante a menstruação manifestaram maior preocupação em relação à exposição a infeções ao usar o copo menstrual. Conclusões: A maioria das mulheres conheciam o copo menstrual e os principais receios relativos à utilização do copo menstrual são o de ter fugas, o da dificuldade em saber quando se tem de mudar o copo, o de não ser tão eficaz como os pensos ou tampões e o número de horas que se usa.
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O questionário pretendia perceber as características menstruais, experiência tida com o uso de tampões e pensos higiénicos, se já conheciam o copo menstrual enquanto método de proteção e quais as expetativas e receios relativamente ao seu uso. São estas vertentes que são analisadas no presente trabalho. Resultados: 56.8% das mulheres já conheciam o copo menstrual. Usando a escala de Likert graduada de 1-5, verificou-se existirem níveis significativos de receio no que concerne a fugas com o copo menstrual (Média±desvio padrão [M±DP]:3.5±0.1), necessidade de ter cuidado com o número de horas de uso (M±DP:3.4±0.1), dificuldade em saber quando se tem de mudar o copo menstrual (M±DP:3.3±0.1) e à eficácia em relação aos tampões e pensos higiénicos (M±DP:3.3±0.1). Contrariamente a falta de higiene (M±DP:2.3±0.1), a não segurança do copo (M±DP:2.4±0.1) e a perceção de exposição a um maior risco de infeções (M±DP:2.5±0.1) não parecem ser preocupações. Os receios relativamente ao copo menstrual eram maiores no grupo de mulheres que não tinham conhecimento prévio deste e as que usavam com maior frequência pensos higiénicos durante a menstruação manifestaram maior preocupação em relação à exposição a infeções ao usar o copo menstrual. Conclusões: A maioria das mulheres conheciam o copo menstrual e os principais receios relativos à utilização do copo menstrual são o de ter fugas, o da dificuldade em saber quando se tem de mudar o copo, o de não ser tão eficaz como os pensos ou tampões e o número de horas que se usa.Introduction: Despite being available on the market for a number of decades, the menstrual cup still seems to be little known among Portuguese woman. This study aims to describe the awareness of the menstrual cup and the expectations and concerns associated with its use. Materials and Methods: Descriptive conclusive study which involved 111 women of childbearing age. Initially, a brief presentation or an informative leaflet about the menstrual cup was given, and information about the nature and aims of the study was provided. Next the women who showed an interest in trying the menstrual cup were given one, along with a questionnaire to fill in. The questionnaire aimed to find out about the women’s menstrual characteristics, their experience of using tampons and sanitary towels, if they already knew about the menstrual cup as a menstrual hygiene method and their expectations and concerns related to its use. These are the aspects that are analysed in this study. Results: 56.8% of the women already knew about the menstrual cup. On a 5-point Likert scale was found there are significant levels of concern regarding leakage when using the menstrual cup (Mean±standard deviation [M±SD]:3.5±0.1), the need to be careful of the number of hours of use (M±SD:3.4±0.1), the difficulty of knowing when to change the menstrual cup (M±SD:3.3±0.1) and its efficiency in relation to tampons and sanitary towels (M±SD:3.3±0.1). In contrast, the lack of hygiene (M±SD:2.3±0.1), the insecurity of the cup (M±SD:2.4±0.1) and the perception of exposure to a higher risk of infection (M±SD:2.5±0.1) don’t appear to be concerns. The women who had not previously heard of the menstrual cup had higher levels of concerns related to it and those who more frequently used sanitary towels expressed a higher concern about the exposure to infections when using the menstrual cup. Conclusions: Most women knew the menstrual cup and the main concerns related to the use of the menstrual cup are leakages, the difficulty of knowing when to change the menstrual cup, the cup not being as efficient as sanitary towels or tampons and apprehension relating to the number of hours it can be used for.Universidade da Beira InteriorOliveira, José António Martinez Souto deRodrigues, Ricardo José de Ascensão GouveiauBibliorumBarros, Angélica Vieira de2013-05-16T09:24:09Z2012-052012-05-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/1160porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:36:40Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/1160Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:43:04.331823Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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