Informação e incerteza : gerindo os riscos do negócio colonial
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2003 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.5/27349 |
Resumo: | Antes de dominada pelas telecomunicações, com a utilização do telégrafo, a distância ditou, em grande parte, as contingências do negócio. Talvez mais do que nas transacções correntes nas praças europeias, era nas relações com o império que se fazia sentir o espaço, hostil e indissociável do tempo e, portanto, dos custos. Um espaço vasto, feito de articulações socio-económicas a que Vitorino Magalhães Godinho chamaria de complexos historico-geográficos. Primeiro, a tecnologia: o transporte, único meio de circulação dos bens e da informação — sujeita, quase sempre, às linhas de comunicação que serviam as mercadorias — era factor determinante da lenta rotação dos capitais, do fraco controlo da fiabilidade da informação, de disparidades nos padrões utilizados nas mercadorias transaccionadas. A distância, a sua tradução em tempo, aumentava a incerteza que pendia sobre qualquer decisão, fosse económica, fosse política. O poder central, de resto, deparava-se, tal como os comerciantes, com os custos de uma decisão mal ponderada, ou ponderada em função de variáveis indeterminadas ou deficientemente equacionadas. A sensibilidade do monarca ao problema levaria a coagir os governadores da índia a elaborar um diário, equiparável, neste efeito e para estes fins, a um livro de razão. |
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