O fio do Discurso e o Minotauro
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2005 |
Tipo de documento: | Livro |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10174/4680 |
Resumo: | De um modo geral, o que ao longo dos textos aqui apresentados defendemos, é uma posição de hermenêutica, praticada em sentido forte: não tanto a leitura para compreensão de um objecto singular, mas leitura orientada para o fortalecimento da teoria que possibilita a leitura mais poderosa e rica desse objecto e, em consequência, de outros que com ele se identificam no plano de uma maior generalização. Explicando-nos melhor, procuramos tirar o máximo proveito do “conflito” que existe “entre a abordagem analítica e abordagem interpretativa” (Casetti, 2000: 20). Da fundamentação interpretativa (a que, muitas vezes, de modo empobrecedor, quanto nós, se reduz a hermenêutica) procuramos desenvolver o “diálogo entre o estudioso e o seu objecto do seu estudo, como um colóquio capaz de modificar progressivamente os dois protagonistas”, o empenho, na leitura, do uso de “métodos que, sem serem had hoc, se deixam influenciar pelas peculiaridades do campo de investigação” ou pela estrutura evidenciada pelo objecto em causa, e o pendor a deixar-nos arrastar pela inesgotabilidade das perguntas que o objecto suscita, dado que este é “uma realidade aberta, irredutível a fórmulas fixas e sempre capaz de revelar zonas obscuras e recônditos imprevisíveis” (Casetti). No entanto, parece-nos evidente que o exercício pleno da hermenêutica não é possível sem a prática da prospecção a partir de conceitos já bem determinados - de métodos previamente propostos pelos sistemas teóricos mais ou menos formalizados e organizados - e sem ter o objectivo de constituir uma quadro o mais exaustivo possível dentro das perspectivas teóricas convocadas – embora sabendo sempre que tais perspectivas são parciais, susceptíveis de se mostrarem insuficientes e, portanto, admitindo sempre que o quadro a construir vai ter valor relativo. |
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