Ética na Geriatria
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10316/81873 |
Resumo: | Trabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina |
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Ética na GeriatriaEthics in Geriatricsgeriatriaéticarelação médico-doentecomunicaçãocuidados de fim de vidageriatricsethicsphysician-patient relationshipcommunicationend-of-life careTrabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de MedicinaIntrodução: Numa sociedade que demonstra uma tendência para envelhecer, é esperado que cada vez mais o médico se encontre a ter de cuidar de doentes idosos. Estes doentes merecem uma atenção singular pois as suas particularidades, médicas e psicossociais, frequentemente levam ao conflito de princípios da ética médica e, assim, ao surgimento de dilemas éticos. Deste modo, é crucial que os médicos estejam não só familiarizados com estas vicissitudes, mas também capazes de as solucionar. Neste cenário, a relação e comunicação médico-doente, com cuidados centrados no idoso e empatia por parte do médico, revestem-se de especial relevância. Ao mesmo tempo que são dificultadas por obstáculos que advêm com a idade, são também ferramentas indispensáveis que o médico tem à sua disposição para solucionar problemas que possam por em causa direitos do doente, como a sua autonomia, bem-estar, tomada de decisão partilhada, entre outros.Objetivos: Apresentar alguns dos dilemas éticos com os quais os médicos mais comumente se deparam aquando do cuidado do doente idoso e compreender o papel da relação e comunicação médico-doente como meios de os resolver ou prevenir. Fomentar uma reflexão sobre estes temas, com vista a promover uma melhor prática clínica futura.Métodos: Pesquisa online de artigos científicos através do motor de busca PubMed, através das seguintes palavras-chave: “geriatrics”; “ethics”; “elderly”; “physician-patient relations”; “communication”; “informed consent”; “end-of-life care”. Consulta de livros, revistas, directrizes e legislação portuguesa, relacionados com os conteúdos explorados.Desenvolvimento: Com o envelhecimento estão intimamente relacionados um aumento da taxa de doenças crónicas, um aumento do recurso aos cuidados de saúde por parte dos idosos e uma maior fragilidade e vulnerabilidade do indivíduo. Uma correta abordagem ao doente idoso terá de ter em conta estes fatores, na medida em que no decorrer dos cuidados a este tipo de doente, muitos dilemas éticos podem surgir, os quais o médico terá de saber solucionar da melhor forma. Tais dilemas põem frequentemente em conflito os princípios fundamentais da ética médica (autonomia, beneficência, não maleficência e justiça) e podem assumir diversas formas, podendo levar o médico a ter de avaliar a capacidade cognitiva de um doente e assegurar que não existe comprometimento da sua capacidade de decisão (problema frequente neste grupo etário), necessária para um correto processo de consentimento informado; a discutir com o doente meios através dos quais este pode maximizar a sua autonomia, quando já não apresentar uma capacidade de decisão íntegra; a deparar-se com múltiplas decisões eticamente difíceis, como o caso da abstenção terapêutica; a ter de examinar o conceito de futilidade médica; entre outros. Aqui, a relação e comunicação médico-doente idoso adquirem um enorme relevo, já que, quando baseadas em valores como a confiança, empatia, intimidade e respeito, podem ser a chave para solucionar, ou até evitar, estes dilemas. São, no fundo, a essência da prática clínica. Tendo este papel central, é, assim, importante um médico aprimorar a sua capacidade de relacionamento com o doente, algo que é possível pondo em prática técnicas simples de abordagem a um doente idoso.Conclusão: A elevada prevalência de doenças crónicas e degenerativas neste grupo etário, a fragilidade associada à velhice e as condições psicossociais de cada idoso são fatores que podem invocar diversos conflitos éticos durante os cuidados de saúde ao doente idoso. Uma ferramenta essencial na sua resolução e prevenção é a relação médico-doente idoso e a comunicação bilateral que lhe deve estar associada. Por estes motivos, e também por a qualidade e eficácia desta comunicação estar diretamente relacionada com os resultados médicos obtidos, é necessário promover e desenvolver as capacidades de relação e comunicação do médico com os indivíduos deste grupo, devendo aquele fazer por inquirir quais os valores pessoais, receios e expectativas de cada um dos doentes. Pelas particularidades que lhes são inerentes, a abordagem médica destes doentes pode ser um grande desafio, mas que deve, cada vez mais, ser alvo de atenção, tendo em conta a sociedade em que vivemos e para a qual caminhamos.Palavras-chave: “geriatrics”; “ethics”; “elderly”; “physician-patient relations”; “communication”; “informed consent”; “end-of-life care”.Introduction: In a society that shows a tendency for aging, it is expected that physicians will increasingly have to take care of elderly patients. These patients deserve special attention because their medical and psychosocial particularities often lead to the conflict between the principles of medical ethics and, thus, the emergence of ethical dilemmas. This way, it is crucial that physicians are not only familiar with these issues, but also with ways to solve them. In this scenario, the doctor-patient relationship and communication, with centered care on the elderly and empathy by the physician, are of particular relevance. At the same time they are hampered by age-related obstacles, they are also indispensable tools that the physician has at his disposal to solve problems that may jeopardize patients' rights, such as their autonomy, well-being, shared decision-making, among others.Objectives: To present some of the ethical dilemmas that physicians most commonly encounter when caring for elderly patients and understanding the role of doctor-patient relationship and communication as means of resolving or preventing them. To encourage a reflection on these issues, with the goal of promoting a better future clinical practice.Methods: Online research of scientific articles through the medical database PubMed, using the following keywords: “geriatrics”; “ethics”; “elderly”; “physician-patient relations”; “communication”; “informed consent”; “end-of-life care”. Consultation of books, journals, guidelines and the portuguese legislation, related to the explored contents.Development: Aging is closely related to an increase in the rate of chronic diseases, the use of health care by the elderly and in the fragility and vulnerability of the individual. A correct approach to the elderly patient will have to take into account these factors, since that, while providing care to these patients, many ethical dilemmas may arise, which the physician must know how to best solve. Such dilemmas show a conflict between the major principles of medical ethics (autonomy, beneficence, non-maleficence and justice), and can take many forms, forcing the physician to assess a patient's cognitive capacity and ensure that there is no impairment of his ability (a frequent problem in this age group), necessary for a correct informed consent process; to discuss with the patient the means by which he can maximize his autonomy, when he no longer has a full decision-making capacity; to face multiple ethically difficult decisions, such as withdrawing and withholding teratment; to have to examine the concept of medical futility; among others. Here, doctor-elderly patient relationship and communication are of great importance, since that if based on values such as trust, empathy, intimacy and respect, they can be the key to solving or even avoiding these dilemmas. They are the essence of clinical practice. Having this central role, it is thus important for a physician to improve his or her ability to deal with the particularities of elderly patients, something that is possible by implementing simple techniques to approach these patients.Conclusion: The high prevalence of chronic and degenerative diseases in this age group, the fragility associated with aging and the psychosocial conditions of each elderly are factors that may invoke several ethical conflicts during health care providing for elderly patients. An essential tool in its resolution and prevention is the doctor-elderly patient relationship and the bilateral communication that should come with it. Because of this, and also because the quality and efficiency of this communication is directly related to the medical results obtained, it is necessary to promote and develop the relationship and communication skills of the physician with the individuals in this group, namely by inquiring them about their personal values, fears and expectations. Because of the particularities inherent to them, the medical approach of these patients can be a great challenge but one that must increasingly be focus of attention, taking into account the society in which we live and walk towards to.Keywords: “geriatrics”; “ethics”; “elderly”; “physician-patient relations”; “communication”; “informed consent”; “end-of-life care”.2018-05-30info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/10316/81873http://hdl.handle.net/10316/81873TID:202049973porPinto, Diogo Marcelo Fragueiroinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-05-25T04:05:12Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/81873Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:03:53.454603Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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