Estudo da qualidade do sono dos estudantes de medicina da Universidade da Beira Interior
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/1363 |
Resumo: | Nos dias que correm, o estilo de vida reserva bastante influência sobre a higiene do sono. São diversos os fatores que contribuem tanto para a sua manutenção como para a sua falha. A alternância do dia-noite (claro-escuro), os horários escolares, os horários de trabalho, os horários de lazer, as atividades familiares, são todos fatores exógenos que sincronizam o ciclo sono-vigília. Os estudantes universitários, uma população com especial interesse, normalmente apresentam um padrão de sono irregular, caracterizado por sonos de curta duração nos dias da semana, dificuldade em adormecer, havendo também atraso do início e final de sono dos dias da semana para os fins-de-semana. Há estudos que relatam que os estudantes que dormem menos durante a semana, apresentam sonolência excessiva e maior probabilidade de adormecer do que a população em geral e que, em decorrência desses fatores, há uma associação com baixo desemprenho académico, com sintomas de ansiedade e depressão e maior uso de tabaco, álcool e cafeína. Assim, esta população encontra-se em risco para uma pobre qualidade de sono. Com a entrada para a universidade, adquirem novos hábitos, são expostos a novos ambientes e são responsáveis pela criação de uma nova rotina de sono. Esta nova rotina pode quebrar a higiene adequada do sono e assim afetar o percurso académico dos estudantes. Objetivo: Caracterizar e avaliar a qualidade do sono dos estudantes de Medicina da Universidade da Beira Interior. Métodos: Realizou-se um estudo descritivo correlacional para o qual foi construído um questionário dividido em 7 partes, que foi enviado para a mailing list dos alunos do 1º, 3º e 6º ano do Curso de Medicina da Universidade da Beira Interior. Resultados: A média de horas de sono dos estudantes de medicina foi de 6 horas e 59 minutos. O horário de sono alterou com a entrada para a universidade. A hora de deitar e levantar sofreram um atraso e o número de horas de sono diminuiu cerca de 42 minutos. Mais de metade dos alunos (54,0%) respondeu ter uma “boa” qualidade subjetiva de sono. O resultado do score global do PSQI foi 5,01. O consumo de café, álcool e tabaco não teve relação com a qualidade de sono. A tensão e a ansiedade estavam relacionadas com uma qualidade de sono pobre. A performance académica foi melhor para a aqueles com ótima qualidade de sono e pior para aqueles com qualidade de sono pobre. Conclusão: Os estudantes de medicina têm qualidade de sono “borderline”, com restrição de sono e irregularidade do ciclo sono-vigília. A qualidade de sono piora com a entrada para a universidade, aumentando a sonolência diurna excessiva, relacionando-se com estados de ansiedade e depressão e refletindo-se na performance académica dos estudantes de Medicina. |
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Estudo da qualidade do sono dos estudantes de medicina da Universidade da Beira InteriorSonoEstudantes universitários - Qualidade do sonoEstudantes universitários - Quantidade do sonoEstudantes universitários - Sono - Desempenho académicoEstudantes universitários - Higiene do sonoNos dias que correm, o estilo de vida reserva bastante influência sobre a higiene do sono. São diversos os fatores que contribuem tanto para a sua manutenção como para a sua falha. A alternância do dia-noite (claro-escuro), os horários escolares, os horários de trabalho, os horários de lazer, as atividades familiares, são todos fatores exógenos que sincronizam o ciclo sono-vigília. Os estudantes universitários, uma população com especial interesse, normalmente apresentam um padrão de sono irregular, caracterizado por sonos de curta duração nos dias da semana, dificuldade em adormecer, havendo também atraso do início e final de sono dos dias da semana para os fins-de-semana. Há estudos que relatam que os estudantes que dormem menos durante a semana, apresentam sonolência excessiva e maior probabilidade de adormecer do que a população em geral e que, em decorrência desses fatores, há uma associação com baixo desemprenho académico, com sintomas de ansiedade e depressão e maior uso de tabaco, álcool e cafeína. Assim, esta população encontra-se em risco para uma pobre qualidade de sono. Com a entrada para a universidade, adquirem novos hábitos, são expostos a novos ambientes e são responsáveis pela criação de uma nova rotina de sono. Esta nova rotina pode quebrar a higiene adequada do sono e assim afetar o percurso académico dos estudantes. Objetivo: Caracterizar e avaliar a qualidade do sono dos estudantes de Medicina da Universidade da Beira Interior. Métodos: Realizou-se um estudo descritivo correlacional para o qual foi construído um questionário dividido em 7 partes, que foi enviado para a mailing list dos alunos do 1º, 3º e 6º ano do Curso de Medicina da Universidade da Beira Interior. Resultados: A média de horas de sono dos estudantes de medicina foi de 6 horas e 59 minutos. O horário de sono alterou com a entrada para a universidade. A hora de deitar e levantar sofreram um atraso e o número de horas de sono diminuiu cerca de 42 minutos. Mais de metade dos alunos (54,0%) respondeu ter uma “boa” qualidade subjetiva de sono. O resultado do score global do PSQI foi 5,01. O consumo de café, álcool e tabaco não teve relação com a qualidade de sono. A tensão e a ansiedade estavam relacionadas com uma qualidade de sono pobre. A performance académica foi melhor para a aqueles com ótima qualidade de sono e pior para aqueles com qualidade de sono pobre. Conclusão: Os estudantes de medicina têm qualidade de sono “borderline”, com restrição de sono e irregularidade do ciclo sono-vigília. A qualidade de sono piora com a entrada para a universidade, aumentando a sonolência diurna excessiva, relacionando-se com estados de ansiedade e depressão e refletindo-se na performance académica dos estudantes de Medicina.Nowadays, lifestyle has a lot of influence on sleep hygiene. There are several factors that contribute to their maintenance or failure. The day-night alternation (clear-dark), school schedules, work schedules, leisure time, family activities, are all exogenous factors that synchronize the sleep-wake cycle. University students, a population with special interest, usually have a irregular sleep pattern, characterized by short sleeps on weekdays, difficulty to fall asleep, having also a delay of the onset and end of sleep from the weekdays to the weekends There are studies reporting that students who sleep less during the week, have excessive sleepiness and are more likely to fall asleep than the general population and as a result of these factors, there is an association with low academic performance with symptoms of anxiety and depression and increased use of tobacco, alcohol and caffeine. Thus, this population is at risk for a poor quality of sleep. With the entry to university, they acquire new habits, are exposed to new environments and are responsible for creating a new sleep routine. This new routine can break the adequate sleep hygiene and thus affect the student’s academic performance. Objective: To characterize and evaluate sleep quality of medical students from the University of Beira Interior. Method: We conducted a descriptive correlational study for which we built a questionnaire divided into 7 parts, which was sent to the mailing list of the students from the 1st, 3rd and 6th year of Medical School at the University of Beira Interior. Results: Medical students’ average hours of sleep was 6 hours and 59 minutes. The sleep schedule changed with the entry to the university. The bedtime and risetime were delayed and the number of hours of sleep decreased about 42 minutes. More than one half of students (54.0%) responded having a "good" subjective sleep quality. The result of the global PSQI score was 5.01. The consumption of coffee, alcohol and tobacco had no relation with the sleep quality. Tension and anxiety are related to poor sleep quality. The academic performance was better for those with good sleep quality and worse for those with poor sleep quality. Conclusion: Medical students have borderline sleep quality with sleep restriction and irregularity of the sleep-wake cycle. The quality of sleep worsens with the entrance to the university, increasing daytime sleepiness and is associated with states of anxiety and depression, and reflecting on the academic performance of medical students.Universidade da Beira InteriorTjeng, RicardouBibliorumBicho, Ana Sofia de Sousa2013-10-03T09:21:25Z2013-052013-05-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/1363porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:36:56Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/1363Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:43:13.256165Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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