Amputação abdominoperineal extraelevador – Revisão

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carneiro, C
Data de Publicação: 2017
Outros Autores: Rocha, R, Marinho, R, Leichsenring, C, Geraldes, V, Nunes, V
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.10/2204
Resumo: Desde a descrição da Excisão Total do Mesorecto (ETM), a taxa de recidiva local da neoplasia do recto submetida a ETM decresceu consideravelmente para valores entre os 5 e 15%. No entanto, no que diz respeito à neoplasia do recto tratada cirurgicamente com amputação abdominoperineal (AAP), esta taxa manteve-se na ordem dos 40%. Os fatores identificados como responsáveis por estes piores resultados oncológicos foram o envolvimento da margem circunferencial de ressecção e a perfuração intraoperatória da peça cirúrgica, que são mais frequentes na amputação abdominoperineal do que na ressecção anterior do recto. Em 2007 Holm et al. descreveram a técnica de extra-levator abdominoperineal excision (ELAPE), com o objetivo de ultrapassar as limitações da AAP em termos de resultados oncológicos. Efectuámos uma revisão sistemática da literatura no que diz respeito à comparação dos outcomes oncológicos e das complicações cirúrgicas associadas à amputação AAP convencional e à ELAPE. O facto de se ter reconhecido os maus resultados oncológicos da AAP convencional e se ter descrito um novo tipo de técnica (a ELAPE) permitiu mudar o foco desta cirurgia, voltando a colocar grande importância no tempo perineal para se obterem taxas de recidiva local semelhantes às descritas para a ETM. A literatura confirma que a ELAPE é uma técnica com muito bons resultados oncológicos. Quanto à taxa de complicações os dados não são conclusivos, parecendo não haver diferença entre a AAP convencional e a ELAPE. A ELAPE é uma técnica promissora que permite melhorar a sobrevida global dos doentes com cancro do recto baixo.
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