Estudo de efectividade do Palivizumab
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/992 |
Resumo: | O Vírus Sincicial Respiratório (VSR) é o agente mais frequente das infecções respiratórias baixas nos primeiros dois anos de vida, sendo responsável por 50-90% dos episódios de bronquiolite nessa faixa etária. Embora a maioria dos casos tenha uma evolução relativamente benigna, surgem com alguma frequência manifestações e complicações associadas ao VSR. A ausência de consenso sobre a maioria das terapêuticas de suporte e antiviricas e a controvérsia sobre a sua efectividade levou à busca de estratégias de prevenção dirigidas especificamente à infecção pelo VSR. A introdução no arsenal medicamentoso, há cerca de uma década, do anticorpo monoclonal humanizado anti-VSR – palivizumab, veio trazer uma nova oportunidade de abordagem desta situação. No entanto, pela possibilidade de aplicação de barreiras físicas de prevenção da transmissão pessoa a pessoa, bem como pelos elevados custos da utilização de palivizumab, vários autores têm questionado ao longo doa anos, não só a eficácia, mas sobretudo a relação custo-eficácia desta profilaxia. Vários estudos definiram grupos restrito de maior risco para complicações e necessidade de internamento, nos quais se poderia obter maior custo-benefício da referida profilaxia. Em Portugal, primeiro alguns Hospitais de Apoio Perinatal Diferenciado, e mais tarde, a Secção de Neonatologia da Sociedade Portuguesa de Pediatria (SNN-SPP), estabeleceram práticas mais restritivas que as indicadas pelo fabricante, limitando o seu uso à extrema prematuridade e/ou a prematuros com doença pulmonar crónica da prematuridade. Os custos da profilaxia têm sido suportados integralmente pelo SNS. O objectivo deste trabalho tentar estimar a efectividade da profilaxia com palivizumab em crianças ex-prematuras nascidas na maternidade do Hospital de Dona Estefânia no triénio 2006-2008 e seleccionadas segundo as recomendações da SNN-SPP. O instrumento de investigação utilizado foi um questionário, com perguntas fechadas, aplicado aos pais ou tutores das crianças seleccionadas segundo os critérios. Da amostra de 146 doentes no HDE, 9,6% das crianças foram alvo de profilaxia. Em termos gerais, nos doentes sob profilaxia, não só ocorreu uma menor proporção relativa de episódios de bronquiolite, como não ocorreram reinternamentos por essa patologia. Ao contrário, nos doentes não sujeitos a profilaxia não só ocorreu uma maior taxa de bronquiolites, como de internamentos. De facto, a taxa global de doentes com bronquiolite foi de 24,6%, mas 26,5% das crianças a que não foi administrado palizivumab desenvolveram bronquiolite contra apenas 7,1% das sujeitas a essa profilaxia. Esse facto foi também evidente entre os grupos com co-morbilidades. Concluiu-se que este estudo desenvolvido não permitiu demonstrar retrospectivamente uma estimativa de efectividade favorável à administração de Palivizumab segundo recomendações da SNN-SPP. |
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Estudo de efectividade do PalivizumabVirus sincicial respiratório - BronquiolitesVirus sincicial respiratório - Factores de riscoVirus sincicial respiratório - TerapêuticaVirus sincicial respiratório - Prevenção do riscoVirus sincicial respiratório - Anticorpos monoclonais - PalivizumabO Vírus Sincicial Respiratório (VSR) é o agente mais frequente das infecções respiratórias baixas nos primeiros dois anos de vida, sendo responsável por 50-90% dos episódios de bronquiolite nessa faixa etária. Embora a maioria dos casos tenha uma evolução relativamente benigna, surgem com alguma frequência manifestações e complicações associadas ao VSR. A ausência de consenso sobre a maioria das terapêuticas de suporte e antiviricas e a controvérsia sobre a sua efectividade levou à busca de estratégias de prevenção dirigidas especificamente à infecção pelo VSR. A introdução no arsenal medicamentoso, há cerca de uma década, do anticorpo monoclonal humanizado anti-VSR – palivizumab, veio trazer uma nova oportunidade de abordagem desta situação. No entanto, pela possibilidade de aplicação de barreiras físicas de prevenção da transmissão pessoa a pessoa, bem como pelos elevados custos da utilização de palivizumab, vários autores têm questionado ao longo doa anos, não só a eficácia, mas sobretudo a relação custo-eficácia desta profilaxia. Vários estudos definiram grupos restrito de maior risco para complicações e necessidade de internamento, nos quais se poderia obter maior custo-benefício da referida profilaxia. Em Portugal, primeiro alguns Hospitais de Apoio Perinatal Diferenciado, e mais tarde, a Secção de Neonatologia da Sociedade Portuguesa de Pediatria (SNN-SPP), estabeleceram práticas mais restritivas que as indicadas pelo fabricante, limitando o seu uso à extrema prematuridade e/ou a prematuros com doença pulmonar crónica da prematuridade. Os custos da profilaxia têm sido suportados integralmente pelo SNS. O objectivo deste trabalho tentar estimar a efectividade da profilaxia com palivizumab em crianças ex-prematuras nascidas na maternidade do Hospital de Dona Estefânia no triénio 2006-2008 e seleccionadas segundo as recomendações da SNN-SPP. O instrumento de investigação utilizado foi um questionário, com perguntas fechadas, aplicado aos pais ou tutores das crianças seleccionadas segundo os critérios. Da amostra de 146 doentes no HDE, 9,6% das crianças foram alvo de profilaxia. Em termos gerais, nos doentes sob profilaxia, não só ocorreu uma menor proporção relativa de episódios de bronquiolite, como não ocorreram reinternamentos por essa patologia. Ao contrário, nos doentes não sujeitos a profilaxia não só ocorreu uma maior taxa de bronquiolites, como de internamentos. De facto, a taxa global de doentes com bronquiolite foi de 24,6%, mas 26,5% das crianças a que não foi administrado palizivumab desenvolveram bronquiolite contra apenas 7,1% das sujeitas a essa profilaxia. Esse facto foi também evidente entre os grupos com co-morbilidades. Concluiu-se que este estudo desenvolvido não permitiu demonstrar retrospectivamente uma estimativa de efectividade favorável à administração de Palivizumab segundo recomendações da SNN-SPP.The respiratory syncytial virus (RSV) is the most frequent agent of low respiratory infection in the first two years of living, being responsible for 50-90% episodes of bronchiolitis in that range of ages. Though most of the cases have a benign evolution, there frequently are manifestations and complications associated with RSV. The absence of agreement on most of support and antiviral therapies and the controversy about its effectiveness had left to the search of strategies for prevention specifically directed to RSV’s infection. The introduction, for about a decade, of the humanized monoclonal antibody against RSV – palivizumab, has created a new possibility to approach this situation. However, in the latest years, some authors have questioned not only its efficacy, but most of all the cost-efficacy relationship of this prophylaxis, because of the possibility of physical barriers amongst people, as well as, its high costs and several studies defined restricted groups with bigger risk factors to complications and needing for hospitalization, in witch it was possible obtain a bigger cost-benefit relationship. In Portugal, firstly some hospitals and later the Neonatology’s Section of Portuguese Paediatrics Society had established more restricted practises than the indicated by the producers, limitating its use to extreme prematurity and/or prematures with chronic lung disease. The cost of prophilaxy has been totally supported by the National Health System. The main purpose of this work is to try to explain the effectiveness of the prophylaxis with palivizumab in ex prematures that were born at the maternity hospital of the Hospital de Dona Estefânia and of the CHCB in the triennial 2006-2008 that were selected by the recommendations of the SNN-PP. The instrument of investigation used was a questionnaire, with closed questions, applied to selected children’s parents or tutors. From the sample of 146 children at the HDE, 9,6% of the children were marked for prophylaxis. In general terms, the patients under prophylaxis, not only had a less relative proportion of episodes of bronchiolitis, but also didn’t have interns caused by this pathogy. Otherwise, the patients that were not exposed to the prophylaxis, not only occurred a biggest tax of bronchiolitis, but also of interns. In fact, the global tax of patients with bronchiolitis was 24,6%, but 26,5% of the children to witch didn’t were administered palivizumab developed bronchiolitis against only 7,1% of the subjected to that prophylaxis. That fact was also evident between the groups with co-morbidities. It’s concluding that this developed study didn’t allow retrospectively a effectiveness calculation propitious to the administration of the palivizumab according to the recommendations of the SNN-SPP.Universidade da Beira InteriorCosta, Ricardo Jorge Barros daCoelho, Mário Hugo RodauBibliorumMira, Joana de Castela e2013-02-01T12:48:03Z2011-102011-10-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/992porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:36:25Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/992Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:42:56.780079Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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