Crítica do Método Indutivo na Pesquisa Petrolífera

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cramez, Carlos
Data de Publicação: 2003
Tipo de documento: Livro
Idioma: eng
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10284/223
Resumo: As principais mensagens passadas nesta monografia são que a Ciência e, em particular, a pesquisa petrolífera (i) começa sempre um por problema e não por observações, e (ii) a Teoria precede sempre a observação. Quer isto dizer que as teorias não derivam de uma acumulação de observações sem ideias apriorísticas. Na realidade, em Portugal, os professores de Geologia, que ainda seguem o método proposto por Bacon (indução), quando vão para o campo com os alunos, têm grandes problemas quando dizem aos mesmos para observar. Com efeito, a resposta imediata dos alunos é: Mas oh senhor professor, o que é que nós devemos observar? É, em geral, a partir deste momento, que certos professores descobrem que os estudos geológicos começam sempre por problemas para resolução dos quais se avançam, em primeiro lugar, hipóteses, só depois se passando a colher dados de observação que permitam criticar as hipóteses avançadas e, assim, escolher a menos falível. Além disso, as observações a efectuar com vista a corroborar ou a rejeitar as hipóteses avançadas, têm obrigatoriamente incidir sobre temas previamente já estudados, pois a afirmação de que “a Teoria precede a prática” quer, afinal, dizer que no decurso de uma sessão de observação ninguém é capaz de ver aquilo que ainda desconhece.
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