Escolas promotoras de saúde: factores críticos para o sucesso da parceria escola–centro de saúde

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Faria, Humberto Andrade
Data de Publicação: 2004
Outros Autores: Carvalho, Graça Simões de
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1822/42387
Resumo: A escola, em particular a escola promotora de saúde (EPS), constitui um local por excelência para trabalhar com os alunos, professores, pais e comunidade envolvente no sentido de os capacitar para opções saudáveis. Considerando estes aspectos, no presente estudo pretendeu-se dar resposta à seguinte questão: «Em que medida as escolas e os serviços de saúde contribuem para uma efectiva escola promotora de saúde?» Para tal desenvolveu-se uma investigação qualitativa/interpretativa com recurso à entrevista semiestruturada que teve lugar na Região Norte do País, no distrito de Viana do Castelo. A amostra foi constituída pela totalidade de centros de saúde (CS) e pelas escolas promotoras de saúde do 1.o ciclo do ensino básico (EB1) do mesmo distrito que pertenciam à Rede Nacional de EPS no momento do estudo. Deu-se especial atenção ao tipo de actividades de saúde escolar desenvolvidas nas escolas EB1 e à percepção das equipas de saúde escolar e dos professores sobre (i) a receptividade das escolas, (ii) as intervenções pontuais vs. as programadas e continuadas e (iii) os aspectos positivos e dificuldades nas parcerias CS-EB1. Os resultados da análise de conteúdo das entrevistas são apresentados e discutidos na perspectiva da identificação de factores facilitadores e de obstáculos à eficiente implementação de EPS. Em síntese, os responsáveis das equipas de saúde escolar dos CS consideram dar um apoio continuado às escolas EB1, o que contradiz a opinião geral dos professores, que entendem que a colaboração dos respectivos CS é simplesmente pontual. Tanto os CS como as EB1 apontam a falta de recursos humanos para acompanhamento dos projectos como uma das principais dificuldades sentidas. Os resultados são comparados com outras experiências de contexto internacional e discutidos à luz de perspectivas teóricas mais amplas.
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