Estudo dos efeitos de um programa de treino de força resistência em crianças pré-púberes
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2003 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10198/9161 |
Resumo: | O objectivo deste trabalho foi comparar os níveis de Força e os seus factores associados, nomeadamente as alterações na massa muscular e na actividade neuromuscular, antes e após a aplicação de um programa de treino de força resistência. Amostra: A amostra foi constituída por 34 crianças (n= 14 rapazes, n= 20 raparigas) pré-púberes, todas incluídas no estádio I de Tanner (1962). O grupo Experimental (GE) foi constituído por 6 rapazes (9,34±0,30 anos) e por 11 raparigas (9,44±0,28 anos). O grupo de Controlo (GC) foi constituído por 8 rapazes (9,34±0,30 anos) e 9 raparigas (9,20±0,29 anos). Metodologia: O GE foi submetido a um programa de treino com exercícios calisténicos e com elásticos. Foram analisados os efeitos do programa de treino na força muscular dinâmica e Força Isométrica Máxima Voluntária (FIMV), nos aspectos morfológicos (massa muscular) e finalmente nos aspectos neuromusculares. A actividade electromiográfica (EMG) foi registada simultaneamente com a avaliação da FMIV. Os sinais electromiográficos foram rectificados e suavizados permitindo determinar a amplitude do sinal (aEMG) e integral do sinal EMG (iEMG). O sinal iEMG foi relativizado de acordo com a duração da contracção (iEMG/∆t). As avaliações das pregas tricipitais direita (PTDIR) e Esquerda (PTESQ) e as espessuras musculares dos bicípites direito (EMBDIR) e esquerdo (EMBESQ) e tricipetes direito (EMTDIR) e esquerdo (EMTESQ), foram feitas através da ultrasonografia B-mode. Os perímetros braquiais relaxados direito (PBRDIR) e esquerdo (PBRESQ) e perímetros braquiais contraídos direito (PBCDIR) e esquerdo (PBCESQ) foram medidos usando os procedimentos antropométricos usuais (fita). Também avaliamos o número máximo de Push Ups (PUSHUP) e Pull Ups modificados (PULLUP). Finalmente avaliamos a distância do lançamento da bola de hóquei (LANÇ). Foram calculadas as estatísticas descritivas (média ± dp) para todas as variáveis (p≤0,05). Foram utilizados procedimentos não paramétricos. Assim, foram analisadas as diferenças em cada momento da avaliação entre o GC e o GE e entre os sexos através do teste U de Mann-Whitney. Foi analisada a mudança entre o pré-teste e pós-teste tanto nos rapazes como nas raparigas em ambos os grupos através do teste de Wilcoxon. Resultados: Os efeitos do programa de treino no desempenho verificam-se ao nível dos testes de força dinâmica (PUSHUP, PULLUP e LANÇ) quer nos rapazes quer nas raparigas (No GE masculino os aumentos percentuais foram PUSHUP - 146%, PULLUP - 119% e LANÇ - 22%; e no GE feminino foram PUSHUP - 842%, PULLUP - 338% e LANÇ - 12%). Nos grupos de controlo masculino e feminino não se verificaram mudanças significativas. Nos testes de FMIV não se verificam melhorias significativas. O programa de treino não parece ter tido efeitos na mudança ao nível da massa muscular a ao nível da actividade electromiográfica. Conclusão: os resultados sugerem que as crianças pré-púberes podem aumentar a força após um programa de treino que inclua exercícios calisténicos. O aumento da força não foi acompanhado de um aumento da massa muscular e/ou de alterações da activação neuromuscular. Provavelmente os factores que estão subjacentes ao aumento da força podem estar relacionados com o aumento da coordenação do movimento. |
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Estudo dos efeitos de um programa de treino de força resistência em crianças pré-púberesPré-púberesTreino de forçaPrepubertalStrength TrainingO objectivo deste trabalho foi comparar os níveis de Força e os seus factores associados, nomeadamente as alterações na massa muscular e na actividade neuromuscular, antes e após a aplicação de um programa de treino de força resistência. Amostra: A amostra foi constituída por 34 crianças (n= 14 rapazes, n= 20 raparigas) pré-púberes, todas incluídas no estádio I de Tanner (1962). O grupo Experimental (GE) foi constituído por 6 rapazes (9,34±0,30 anos) e por 11 raparigas (9,44±0,28 anos). O grupo de Controlo (GC) foi constituído por 8 rapazes (9,34±0,30 anos) e 9 raparigas (9,20±0,29 anos). Metodologia: O GE foi submetido a um programa de treino com exercícios calisténicos e com elásticos. Foram analisados os efeitos do programa de treino na força muscular dinâmica e Força Isométrica Máxima Voluntária (FIMV), nos aspectos morfológicos (massa muscular) e finalmente nos aspectos neuromusculares. A actividade electromiográfica (EMG) foi registada simultaneamente com a avaliação da FMIV. Os sinais electromiográficos foram rectificados e suavizados permitindo determinar a amplitude do sinal (aEMG) e integral do sinal EMG (iEMG). O sinal iEMG foi relativizado de acordo com a duração da contracção (iEMG/∆t). As avaliações das pregas tricipitais direita (PTDIR) e Esquerda (PTESQ) e as espessuras musculares dos bicípites direito (EMBDIR) e esquerdo (EMBESQ) e tricipetes direito (EMTDIR) e esquerdo (EMTESQ), foram feitas através da ultrasonografia B-mode. Os perímetros braquiais relaxados direito (PBRDIR) e esquerdo (PBRESQ) e perímetros braquiais contraídos direito (PBCDIR) e esquerdo (PBCESQ) foram medidos usando os procedimentos antropométricos usuais (fita). Também avaliamos o número máximo de Push Ups (PUSHUP) e Pull Ups modificados (PULLUP). Finalmente avaliamos a distância do lançamento da bola de hóquei (LANÇ). Foram calculadas as estatísticas descritivas (média ± dp) para todas as variáveis (p≤0,05). Foram utilizados procedimentos não paramétricos. Assim, foram analisadas as diferenças em cada momento da avaliação entre o GC e o GE e entre os sexos através do teste U de Mann-Whitney. Foi analisada a mudança entre o pré-teste e pós-teste tanto nos rapazes como nas raparigas em ambos os grupos através do teste de Wilcoxon. Resultados: Os efeitos do programa de treino no desempenho verificam-se ao nível dos testes de força dinâmica (PUSHUP, PULLUP e LANÇ) quer nos rapazes quer nas raparigas (No GE masculino os aumentos percentuais foram PUSHUP - 146%, PULLUP - 119% e LANÇ - 22%; e no GE feminino foram PUSHUP - 842%, PULLUP - 338% e LANÇ - 12%). Nos grupos de controlo masculino e feminino não se verificaram mudanças significativas. Nos testes de FMIV não se verificam melhorias significativas. O programa de treino não parece ter tido efeitos na mudança ao nível da massa muscular a ao nível da actividade electromiográfica. Conclusão: os resultados sugerem que as crianças pré-púberes podem aumentar a força após um programa de treino que inclua exercícios calisténicos. O aumento da força não foi acompanhado de um aumento da massa muscular e/ou de alterações da activação neuromuscular. Provavelmente os factores que estão subjacentes ao aumento da força podem estar relacionados com o aumento da coordenação do movimento.Purpose: The purpose of this work was to compare the levels of strength and its factors associated, with special attention on the alterations in the muscular mass and neuromuscular activity, before and after the application of a program of a resistance strength training. Sample: The sample was constituted by 34 children (n = 14 boys, n = 20 girls) prepubescent, all enclosed in stadium I of Tanner (1962). The Experimental group (GE) was constituted by 6 boys (9,34±0,30 years) and by 11 girls (9,44±0,28 years). The Control Group (GC) was constituted by 8 boys (9,34±0,30 years) and 9 girls (9,20±0,29 years). Methodology: GE was submitted to a program of trainings with callisthenics exercises and rubber bands. The effect of the training program in the dynamic muscular strength and Maximal Voluntary Isometric Strength (FIMV), had been analyzed in the morphologic aspects (muscular mass) and finally in the neuromuscular aspects. The Electromyography activity (EMG) was registered simultaneously with the evaluation of the FMIV. The Electromyography signals had been rectified and alleviated allowing determining the amplitude of the signal (aEMG) and integral of signal EMG (iEMG). The signal iEMG was relativized in accordance with the duration of the contraction (iEMG/∆t). The evaluations of the triceps folds right (PTDIR) and Left (PTESQ) and the muscular thicknesses of the biceps right (EMBDIR) and left (EMBESQ) and triceps right (EMTDIR) and left (EMTESQ), had been made through the ultrasonography B-mode. The relaxed brachial perimeters right (PBRDIR) and left (PBRESQ) and brachial perimeters contracted right (PBCDIR) and left (PBCESQ) were measured using the usual anthropometrics procedures (ribbon). Also we evaluate the maximum number of Push Ups (PUSHUP) and modified Pull Ups (PULLUP). Finally we evaluate in the distance covered for the hockey ball (LANÇ). The descriptive statisticians (average ± dp) for all variables had been calculated (p?0,05). Procedures non parametric were used. Thus, the differences at each moment of the evaluation between the GC and GE had been analyzed and also between genders through test U of Mann-Whitney. The difference between the pre-test and after-test in both groups, and such a way in boys as in girls were analyzed through the test of Wilcoxon. Results: The effect of the training program in the performance verify the level of the tests of dynamic force (PUSHUP, PULLUP and LANÇ) both in boys as in girls (In masculine GE the percentile increases had been PUSHUP - 146%, PULLUP - 119% and LANÇ - 22%; and in the feminine GE had been PUSHUP - 842%, PULLUP - 338% and LANÇ - 12%). In the masculine and feminine control groups significant changes had not been verified. In the FMIV tests significant improvements are not verified. The training program does not seem to have had effect in the change of the level of the muscular mass neither in the o level of the Electromyography activity. Conclusion: The results suggest that prepubescent children can increase strength after a training program that includes callisthenics exercises. The increase of the strength was not followed of an increase of the muscular mass and/or alterations of the neuromuscular activation. Probably the factors that are underlying the increase of the strength can be related to the increase of the coordination of the movement.Faro, AnaLopes, Vítor P.Biblioteca Digital do IPBMonteiro, A.M.2014-01-17T10:02:47Z200320032003-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10198/9161porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-21T10:16:27Zoai:bibliotecadigital.ipb.pt:10198/9161Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T22:58:33.059287Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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O objectivo deste trabalho foi comparar os níveis de Força e os seus factores associados, nomeadamente as alterações na massa muscular e na actividade neuromuscular, antes e após a aplicação de um programa de treino de força resistência. Amostra: A amostra foi constituída por 34 crianças (n= 14 rapazes, n= 20 raparigas) pré-púberes, todas incluídas no estádio I de Tanner (1962). O grupo Experimental (GE) foi constituído por 6 rapazes (9,34±0,30 anos) e por 11 raparigas (9,44±0,28 anos). O grupo de Controlo (GC) foi constituído por 8 rapazes (9,34±0,30 anos) e 9 raparigas (9,20±0,29 anos). Metodologia: O GE foi submetido a um programa de treino com exercícios calisténicos e com elásticos. Foram analisados os efeitos do programa de treino na força muscular dinâmica e Força Isométrica Máxima Voluntária (FIMV), nos aspectos morfológicos (massa muscular) e finalmente nos aspectos neuromusculares. A actividade electromiográfica (EMG) foi registada simultaneamente com a avaliação da FMIV. Os sinais electromiográficos foram rectificados e suavizados permitindo determinar a amplitude do sinal (aEMG) e integral do sinal EMG (iEMG). O sinal iEMG foi relativizado de acordo com a duração da contracção (iEMG/∆t). As avaliações das pregas tricipitais direita (PTDIR) e Esquerda (PTESQ) e as espessuras musculares dos bicípites direito (EMBDIR) e esquerdo (EMBESQ) e tricipetes direito (EMTDIR) e esquerdo (EMTESQ), foram feitas através da ultrasonografia B-mode. Os perímetros braquiais relaxados direito (PBRDIR) e esquerdo (PBRESQ) e perímetros braquiais contraídos direito (PBCDIR) e esquerdo (PBCESQ) foram medidos usando os procedimentos antropométricos usuais (fita). Também avaliamos o número máximo de Push Ups (PUSHUP) e Pull Ups modificados (PULLUP). Finalmente avaliamos a distância do lançamento da bola de hóquei (LANÇ). Foram calculadas as estatísticas descritivas (média ± dp) para todas as variáveis (p≤0,05). Foram utilizados procedimentos não paramétricos. Assim, foram analisadas as diferenças em cada momento da avaliação entre o GC e o GE e entre os sexos através do teste U de Mann-Whitney. Foi analisada a mudança entre o pré-teste e pós-teste tanto nos rapazes como nas raparigas em ambos os grupos através do teste de Wilcoxon. Resultados: Os efeitos do programa de treino no desempenho verificam-se ao nível dos testes de força dinâmica (PUSHUP, PULLUP e LANÇ) quer nos rapazes quer nas raparigas (No GE masculino os aumentos percentuais foram PUSHUP - 146%, PULLUP - 119% e LANÇ - 22%; e no GE feminino foram PUSHUP - 842%, PULLUP - 338% e LANÇ - 12%). Nos grupos de controlo masculino e feminino não se verificaram mudanças significativas. Nos testes de FMIV não se verificam melhorias significativas. O programa de treino não parece ter tido efeitos na mudança ao nível da massa muscular a ao nível da actividade electromiográfica. Conclusão: os resultados sugerem que as crianças pré-púberes podem aumentar a força após um programa de treino que inclua exercícios calisténicos. O aumento da força não foi acompanhado de um aumento da massa muscular e/ou de alterações da activação neuromuscular. Provavelmente os factores que estão subjacentes ao aumento da força podem estar relacionados com o aumento da coordenação do movimento. |
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