Avaliação da Doença de Hodgkin em Crianças Tratadas no Centro do Porto do IPOFG

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Costa, Vitor
Data de Publicação: 2014
Outros Autores: Oliva, Teresa, Silva, Isabel, Bastos, Lima, Borges, Sodré
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.25754/pjp.2002.5142
Resumo: Objectivos: O objectivo deste trabalho foi avaliar os casos de Doença de Hodgkin (DH) tratados na Clínica Oncológica VI (Pediatria) do Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil (IPOFG) do Porto de Janeiro de 1991 a Janeiro de 2000, salientando o contributo relativo do cintilograma com gálio (67Ga) como marcador de doença activa. Métodos: Foi efectuada a análise retrospectiva de 28 processos clínicos correspondentes ao total de doentes admitidos no período referido. Foram avaliados os seguintes parâmetros: idade à data do diagnóstico, sexo, primeiro sintoma, tempo médio entre o início da sintomatologia e o diagnóstico, estadio da doença, cintilograma com 67Ga no diagnóstico e após tratamento, comparação deste com outros exames complementares e evolução da doença. Resultados: Verificou-se ligeiro predomínio no sexo masculino e no período etário entre os 11 e os 15 anos. A sintomatologia inicial mais frequente foi a adenomegalia cervical isolada e o tempo médio entre o início da sintomatologia e o diagnóstico foi de quatro meses.A distribuição por estadios foi a seguinte: I — 21%, II — 50%, III — 11%, IV — 18%. Na avaliação inicial todos efectuaram cintilograma com 67Ga tendo-se verificado fixação em 24 dos 28 doentes.Em 17 casos houve concordáida entre os resultados dos cintilogramas e os obtidos por outros métodos de estadiamento. Em três crianças o resultado do cintilograma alterou o estadiamento. No final do tratamento houve desaparecimento da fixação anómala em 17 casos.Em dois casos verificou-se persistência da fixação e em três registouse fixação transitória no mediastino. A evolução da doença foi favorável em 86% de todos os casos avaliados. Conclusões: A adenomegalia cervical isolada foi o sinal clínico mais frequente eo estadio II o mais comum. O cintilograma com 67Ga é um importante indicador de doença activa e importante factor de estadiamento. Nos estadios I e II é mais frequente a concordância entre os dados obtidos pelo cintilograma e os que são fornecidos por outros exames de estadiamento. Um cintilograma com 67Ga negativo,após tratamento com quimioterapia e radioterapia não exclui recidiva, tornando-se necessário recorrer a outros estudos para um melhor esclarecimento.
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