Controlo da hiperfosfatemia na pessoa com doença renal crónica terminal em programa de diálise peritoneal :

• Autor(a) principal: Assunção, Patrícia Isabel Filipe
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.26/44423
• topic: Enfermagem em nefrologia; Insuficiência renal crónica; Diálise peritoneal; Fósforo; Hiperfosfatemia

Este relatório mostra como foram desenvolvidas as competências de mestre e enfermeiro especialista, analisando as atividades realizadas em vários campos de estágio. Estima-se que 20% da população portuguesa tenha Doença Renal Crónica (DRC), sendo um dos países europeus com maior prevalência de pessoas sob Terapia de Substituição da Função Renal (TSFR). A Diálise Peritoneal (DP) é uma das TSFR disponíveis possibilitando a diálise domiciliária. A hiperfosfatemia é uma complicação comum da DRC em pessoas em DP, devido à falência renal para excretar o Fósforo (P). Entre outras complicações pode causar hipocalcemia, calcificação dos tecidos moles ou calcificação vascular. Esta aumenta o risco de morte por doenças cardiovasculares, a principal causa de morte em DP. Logo, é fundamental ajudar a pessoa a controlar a hiperfosfatemia. O enfermeiro de DP pode atuar em três dimensões: na restrição dietética de P; na administração de Medicamentos Fixadores do Fósforo (MFF) e na otimização da prescrição de DP. Nas duas primeiras o enfermeiro pode mobilizar sistemas de enfermagem de apoio/educação, capacitando a pessoa para o autocuidado na gestão do regime medicamentoso e dietético. O enfermeiro também contribui para avaliar a membrana peritoneal e otimizar a prescrição de DP. A revisão scoping inserida neste relatório visou responder à questão: “Quais as estratégias que promovem o controlo da Hiperfosfatemia na pessoa com Doença Renal Crónica Terminal (DRCT) em programa de DP?”. Conclui-se que as estratégias para controlar a hiperfosfatemia, que podem ser mobilizadas pelos enfermeiros em DP incluem: a educação regular sobre os MFF; a educação contínua sobre a restrição de P, tendo em conta o método de confeção, a seleção dos alimentos e a biodisponibilidade do P; a otimização da prescrição de DP; e a manutenção da função renal residual. Constatou-se que existem poucos estudos sobre este tema desenvolvidos no contexto da DP por enfermeiros, sendo importante que no futuro se possa investir nesta área, para prevenir as complicações associadas à hiperfosfatemia na pessoa em DP.