Conhecimento sobre hiperfosfatemia, ingestão alimentar e níveis séricos de fósforo de pacientes em hemodiálise / Knowledge about hyperphosphatemia, food intake and serum phosphorus levels in hemodialysis patients
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Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Veras |
DOI: | 10.34117/bjdv7n9-300 |
Texto Completo: | https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/36136 |
Resumo: | Introdução: A hiperfosfatemia (fósforo sérico >5,5mg/dL) faz parte do distúrbio mineral e ósseo da doença renal crônica (DMO-DRC), relacionado com pior qualidade de vida e maior mortalidade na hemodiálise. A alimentação é fundamental no tratamento e conhecer fatores associados à hiperfosfatemia podem auxiliar o nutricionista na educação nutricional. Objetivo: Avaliar a relação entre o conhecimento sobre hiperfosfatemia, ingestão alimentar e níveis séricos de fósforo em pacientes em hemodiálise. Métodos: Estudo transversal, com amostra de conveniência. Foi aplicado um questionário contendo 18 perguntas objetivas para avaliar o conhecimento dos pacientes sobre hiperfosfatemia e seu tratamento, inclusive nutricional. O consumo foi obtido por questionário de frequência alimentar, adaptado para capturar apenas alimentos fontes de fósforo. Considerou-se como frequente consumo do alimento ?2x/semana. Resultados: Dos 32 pacientes avaliados, 53,1% eram mulheres, a idade média foi 56,3±15,5 anos e índice de massa corporal mediano de 22,2 (20,7-25,2)Kg/m². Para análise estatística, a amostra foi dividida em tercis de fosfatemia [T1:<4,7mg/dL (n=10); T2:4,7-5,8 mg/dL (n=12) e T3:> 5,8mg/dL (n=10)]. Pacientes do T3 eram mais jovens e apresentavam maior ingestão proteica do que os demais tercis. A mediana de acertos do questionário foi 56,8 (51,4 – 66,9)%, não diferindo significativamente entre grupos. Em relação à alimentação, pacientes do terceiro tercil apresentaram maior ingestão proteica, maior frequência de consumo regular de suco em pó (T1:0%, T2:16,7%, T3:60%; p<0,01) e embutidos (T1:10%, T2:16,7%, T3:60%; p=0,02). Conclusão: O conhecimento dos pacientes sobre hiperfosfatemia foi mediano e não se associou com os níveis séricos de fósforo. O fato da média de ingestão proteica dos pacientes com hiperfosfatemia encontrar-se próxima à recomendação, reforça o impacto do consumo de fósforo inorgânico sobre a fosfatemia. |
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Conhecimento sobre hiperfosfatemia, ingestão alimentar e níveis séricos de fósforo de pacientes em hemodiálise / Knowledge about hyperphosphatemia, food intake and serum phosphorus levels in hemodialysis patientsInsuficiência Renal CrônicaHiperfosfatemiaFósforo.Introdução: A hiperfosfatemia (fósforo sérico >5,5mg/dL) faz parte do distúrbio mineral e ósseo da doença renal crônica (DMO-DRC), relacionado com pior qualidade de vida e maior mortalidade na hemodiálise. A alimentação é fundamental no tratamento e conhecer fatores associados à hiperfosfatemia podem auxiliar o nutricionista na educação nutricional. Objetivo: Avaliar a relação entre o conhecimento sobre hiperfosfatemia, ingestão alimentar e níveis séricos de fósforo em pacientes em hemodiálise. Métodos: Estudo transversal, com amostra de conveniência. Foi aplicado um questionário contendo 18 perguntas objetivas para avaliar o conhecimento dos pacientes sobre hiperfosfatemia e seu tratamento, inclusive nutricional. O consumo foi obtido por questionário de frequência alimentar, adaptado para capturar apenas alimentos fontes de fósforo. Considerou-se como frequente consumo do alimento ?2x/semana. Resultados: Dos 32 pacientes avaliados, 53,1% eram mulheres, a idade média foi 56,3±15,5 anos e índice de massa corporal mediano de 22,2 (20,7-25,2)Kg/m². Para análise estatística, a amostra foi dividida em tercis de fosfatemia [T1:<4,7mg/dL (n=10); T2:4,7-5,8 mg/dL (n=12) e T3:> 5,8mg/dL (n=10)]. Pacientes do T3 eram mais jovens e apresentavam maior ingestão proteica do que os demais tercis. A mediana de acertos do questionário foi 56,8 (51,4 – 66,9)%, não diferindo significativamente entre grupos. Em relação à alimentação, pacientes do terceiro tercil apresentaram maior ingestão proteica, maior frequência de consumo regular de suco em pó (T1:0%, T2:16,7%, T3:60%; p<0,01) e embutidos (T1:10%, T2:16,7%, T3:60%; p=0,02). Conclusão: O conhecimento dos pacientes sobre hiperfosfatemia foi mediano e não se associou com os níveis séricos de fósforo. O fato da média de ingestão proteica dos pacientes com hiperfosfatemia encontrar-se próxima à recomendação, reforça o impacto do consumo de fósforo inorgânico sobre a fosfatemia. Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda.2021-09-20info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/3613610.34117/bjdv7n9-300Brazilian Journal of Development; Vol. 7 No. 9 (2021); 90750-90765Brazilian Journal of Development; Vol. 7 Núm. 9 (2021); 90750-90765Brazilian Journal of Development; v. 7 n. 9 (2021); 90750-907652525-8761reponame:Revista Verasinstname:Instituto Superior de Educação Vera Cruz (VeraCruz)instacron:VERACRUZporhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/36136/pdfCopyright (c) 2021 Brazilian Journal of Developmentinfo:eu-repo/semantics/openAccessFernandes, Karina Fernanda Genier MurariGeraldo, Leia Silvada Silva, Fernanda AlvesLemos, Janaina da Conceição AlvesRamos, Christiane Ishikawa2022-06-02T12:31:20Zoai:ojs2.ojs.brazilianjournals.com.br:article/36136Revistahttp://site.veracruz.edu.br:8087/instituto/revistaveras/index.php/revistaveras/PRIhttp://site.veracruz.edu.br:8087/instituto/revistaveras/index.php/revistaveras/oai||revistaveras@veracruz.edu.br2236-57292236-5729opendoar:2024-10-15T16:18:44.887437Revista Veras - Instituto Superior de Educação Vera Cruz (VeraCruz)false |
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