Um mundo em mudança: multilateralismo ou multipolarismo?
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11144/3304 |
Resumo: | Esta apresentação incidirá sobre alguns aspectos da nova confi guração do sistema internacional e da nova arquitectura e distribuição de poder nas actuais relações internacionais. Em particular, irá abordar a forma como as potências emergentes estão a afectar as áreas da governança global e multilateralismo. Examina igualmente a possibilidade de as novas lideranças regionais poderem desempenhar papéis na construção e manutenção de paz. Em 20 anos passámos de um mundo bipolar para um unipolar e actualmente para um mundo multipolar. O processo está longe de estar concluído. A redistribuição de poder e os reajustes nos alinhamentos têm fortes possibilidades de ocorrer ao longo das próximas dé- cadas. Os padrões das relações entre Estados, especialmente os Estados mais fortes, encontram-se em mudança e continuarão a sofrer alterações profundas. O período actual parece ser um momento de transição entre os dois últimos padrões para um novo, com resultados variados e incertos. Entretanto, há uma revolução em curso nos círculos do Conselho de Segurança da ONU, no G-20, e numa séria de velhos e novos fóruns e negociações multilaterais, assim como novos realinhamentos. Mas realinhamento não signifi ca um verdadeiro multilateralismo distribuído de forma justa. Vivemos numa época de retorno ao realismo duro no qual os Estados procuram o puro interesse nacional, coincidente com tentativas exploratórias de multilateralismo Kantiano. É uma mistura estranha mas que refl ecte a realidade complexa de visões e abordagens. As fontes de insegurança e violência também se alteraram nas últimas décadas. A forma como os poderes antigos e os novos respondem agora, através de consensos ou recorrendo a modalidades de equilíbrio de poder duro com base nos seus próprios interesses, representa um dos desafi os mais importantes para o futuro. |
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