Roncopatia em Idade Pediátrica: Sem Fim à Vista? Fatores de Risco para Persistência de Sintomas Pós-Tratamento Cirúrgico
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2018 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://doi.org/10.25754/pjp.2018.11737 |
Resumo: | Introdução: A perturbação respiratória do sono é frequente em crianças e associa-se a diversas complicações. A hipertrofia adenoamigdalina é o principal fator de risco, sendo a adenoamigdalectomia o tratamento de primeira linha. Vários autores têm mostrado moderada taxa de persistência de sintomas pós-cirurgia. O objetivo desde estudo foi analisar a persistência de sintomas pós-cirurgia e identificar possíveis fatores de risco. Métodos: Estudo retrospetivo, longitudinal, que incluiu crianças seguidas na consulta de patologia do sono e submetidas a adenoamigdalectomia por perturbação respiratória do sono. Consulta de registos clínicos e aplicação de questionário telefónico aos pais sobre a presença de sintomas pós-cirurgia. Análise descritiva e bivariada, testes não paramétricos (p < 0,05). Resultados: Foram incluídas 89 crianças, 59,2% do sexo masculino, mediana da idade à data da cirurgia 4,8 anos (mínimo 15 meses, máximo 17 anos). Persistência de sintomas em 31,5%, mais frequente em crianças operadas < 3,5 anos (45,8% vs 23,4%, p = 0,04), com rinite alérgica (55,6% vs 23,9%, p = 0,009) e com asma (57,1% vs 25,3%, p = 0,017). Tempo decorrido desde a cirurgia mais longo no grupo com persistência de sintomas (3,9 vs 1,5 anos, p = 0,001). A distribuição por sexo e a prevalência de obesidade, prematuridade e anomalias craniofaciais não diferiram significativamente entre os dois grupos. Discussão: Um número significativo de doentes reportou persistência de sintomas após adenoamigdalectomia. Cirurgia em idade precoce, maior tempo decorrido desde a cirurgia, rinite e asma parecem associar-se a maior taxa de persistência. Estes resultados sugerem a necessidade de avaliação sistemática de comorbilidades e follow-up pós-cirurgia a longo-prazo. |
id |
RCAP_f6576e177db1b0cf66d64d30a7575a46 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/11737 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
Roncopatia em Idade Pediátrica: Sem Fim à Vista? Fatores de Risco para Persistência de Sintomas Pós-Tratamento CirúrgicoOriginal articlesIntrodução: A perturbação respiratória do sono é frequente em crianças e associa-se a diversas complicações. A hipertrofia adenoamigdalina é o principal fator de risco, sendo a adenoamigdalectomia o tratamento de primeira linha. Vários autores têm mostrado moderada taxa de persistência de sintomas pós-cirurgia. O objetivo desde estudo foi analisar a persistência de sintomas pós-cirurgia e identificar possíveis fatores de risco. Métodos: Estudo retrospetivo, longitudinal, que incluiu crianças seguidas na consulta de patologia do sono e submetidas a adenoamigdalectomia por perturbação respiratória do sono. Consulta de registos clínicos e aplicação de questionário telefónico aos pais sobre a presença de sintomas pós-cirurgia. Análise descritiva e bivariada, testes não paramétricos (p < 0,05). Resultados: Foram incluídas 89 crianças, 59,2% do sexo masculino, mediana da idade à data da cirurgia 4,8 anos (mínimo 15 meses, máximo 17 anos). Persistência de sintomas em 31,5%, mais frequente em crianças operadas < 3,5 anos (45,8% vs 23,4%, p = 0,04), com rinite alérgica (55,6% vs 23,9%, p = 0,009) e com asma (57,1% vs 25,3%, p = 0,017). Tempo decorrido desde a cirurgia mais longo no grupo com persistência de sintomas (3,9 vs 1,5 anos, p = 0,001). A distribuição por sexo e a prevalência de obesidade, prematuridade e anomalias craniofaciais não diferiram significativamente entre os dois grupos. Discussão: Um número significativo de doentes reportou persistência de sintomas após adenoamigdalectomia. Cirurgia em idade precoce, maior tempo decorrido desde a cirurgia, rinite e asma parecem associar-se a maior taxa de persistência. Estes resultados sugerem a necessidade de avaliação sistemática de comorbilidades e follow-up pós-cirurgia a longo-prazo.Sociedade Portuguesa de Pediatria2018-01-22info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://doi.org/10.25754/pjp.2018.11737por2184-44532184-3333Oliveira, Joana A.Martins, RosaFerreira, Rosárioinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-08-03T02:57:42Zoai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/11737Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T20:25:25.345389Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Roncopatia em Idade Pediátrica: Sem Fim à Vista? Fatores de Risco para Persistência de Sintomas Pós-Tratamento Cirúrgico |
title |
Roncopatia em Idade Pediátrica: Sem Fim à Vista? Fatores de Risco para Persistência de Sintomas Pós-Tratamento Cirúrgico |
spellingShingle |
Roncopatia em Idade Pediátrica: Sem Fim à Vista? Fatores de Risco para Persistência de Sintomas Pós-Tratamento Cirúrgico Oliveira, Joana A. Original articles |
title_short |
Roncopatia em Idade Pediátrica: Sem Fim à Vista? Fatores de Risco para Persistência de Sintomas Pós-Tratamento Cirúrgico |
title_full |
Roncopatia em Idade Pediátrica: Sem Fim à Vista? Fatores de Risco para Persistência de Sintomas Pós-Tratamento Cirúrgico |
title_fullStr |
Roncopatia em Idade Pediátrica: Sem Fim à Vista? Fatores de Risco para Persistência de Sintomas Pós-Tratamento Cirúrgico |
title_full_unstemmed |
Roncopatia em Idade Pediátrica: Sem Fim à Vista? Fatores de Risco para Persistência de Sintomas Pós-Tratamento Cirúrgico |
title_sort |
Roncopatia em Idade Pediátrica: Sem Fim à Vista? Fatores de Risco para Persistência de Sintomas Pós-Tratamento Cirúrgico |
author |
Oliveira, Joana A. |
author_facet |
Oliveira, Joana A. Martins, Rosa Ferreira, Rosário |
author_role |
author |
author2 |
Martins, Rosa Ferreira, Rosário |
author2_role |
author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Oliveira, Joana A. Martins, Rosa Ferreira, Rosário |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Original articles |
topic |
Original articles |
description |
Introdução: A perturbação respiratória do sono é frequente em crianças e associa-se a diversas complicações. A hipertrofia adenoamigdalina é o principal fator de risco, sendo a adenoamigdalectomia o tratamento de primeira linha. Vários autores têm mostrado moderada taxa de persistência de sintomas pós-cirurgia. O objetivo desde estudo foi analisar a persistência de sintomas pós-cirurgia e identificar possíveis fatores de risco. Métodos: Estudo retrospetivo, longitudinal, que incluiu crianças seguidas na consulta de patologia do sono e submetidas a adenoamigdalectomia por perturbação respiratória do sono. Consulta de registos clínicos e aplicação de questionário telefónico aos pais sobre a presença de sintomas pós-cirurgia. Análise descritiva e bivariada, testes não paramétricos (p < 0,05). Resultados: Foram incluídas 89 crianças, 59,2% do sexo masculino, mediana da idade à data da cirurgia 4,8 anos (mínimo 15 meses, máximo 17 anos). Persistência de sintomas em 31,5%, mais frequente em crianças operadas < 3,5 anos (45,8% vs 23,4%, p = 0,04), com rinite alérgica (55,6% vs 23,9%, p = 0,009) e com asma (57,1% vs 25,3%, p = 0,017). Tempo decorrido desde a cirurgia mais longo no grupo com persistência de sintomas (3,9 vs 1,5 anos, p = 0,001). A distribuição por sexo e a prevalência de obesidade, prematuridade e anomalias craniofaciais não diferiram significativamente entre os dois grupos. Discussão: Um número significativo de doentes reportou persistência de sintomas após adenoamigdalectomia. Cirurgia em idade precoce, maior tempo decorrido desde a cirurgia, rinite e asma parecem associar-se a maior taxa de persistência. Estes resultados sugerem a necessidade de avaliação sistemática de comorbilidades e follow-up pós-cirurgia a longo-prazo. |
publishDate |
2018 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2018-01-22 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://doi.org/10.25754/pjp.2018.11737 |
url |
https://doi.org/10.25754/pjp.2018.11737 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
2184-4453 2184-3333 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Portuguesa de Pediatria |
publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Portuguesa de Pediatria |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799133523621183488 |