Função social da escola

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Viana, Elsa Maria da Costa
Data de Publicação: 2000
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10174/14657
Resumo: Introdução - A escola surge como um local criado para a transmissão de saberes socialmente úteis, de acordo com os padrões culturais que vigoram num determinado tempo (histórico) e numa determinada sociedade. A escola assume o papel de mediação cultural, uma vez que "não é possível formar sociedades saudáveis com escolas doentes"," nem é possível montar escolas saudáveis com sociedades doentes" como escreve Luís Barbosa (1997:48). A escola, como instituição sociocultural que é, tem vindo a enfrentar nos últimos vinte anos uma situação particularmente crítica, como nos diz Trindade (1998:17) em que "as sociedades contemporâneas veém na educação uma panaceia poderosa para responder à crescente complexidade social em que se enredam".. Passando por momentos de progressiva debilidade, perante a sua incapacidade de resposta às necessidades e aos desafios concretos da sociedade em acelerada transformação. A escola-organização surge como a face externa e visível da instituição e ao mesmo tempo que, como organização social que é, encontra-se em estreita interacção com outras organizações da sociedade. Porém, a escola, enquanto instituição, embora tenha sido criada para se dedicar ao ensino, desenvolveu sempre, ao longo dos tempos, várias outras funções. Estando em ligação estreita com outra instituição – a família – que não só a justifica, como a condiciona, a instituição escolar tem vindo a assumir cada vez mais um conteúdo social. Por outro lado a progressiva desintegração da família, bem como as transformações culturais que ocorrem na sociedade, deu à escola novas tarefas. Além das funções docentes que nos têm sido cometidas, temos vindo a desempenhar diversas tarefas de ligação da escola ao meio envolvente, designadamente as de directora de turma, coordenadora dos directores de turma, delegada de grupo, coordenadora do projecto Área-Escola, o que implica o contacto permanente com os pais e encarregados de educação. Daí o nosso interesse pelo aprofundamento da função social da escola, face às modificações sociais ocorridas nos últimos anos, principalmente as decorrentes de os pais não poderem, como no passado, acompanhar de perto a educação dos filhos na idade escolar- pela necessidade de ambos os progenitores serem empregados –alterações sociais por si geradoras de inúmeros conflitos para os quais não se tem encontrada resposta satisfatória. Por outro lado, ao tentar encontrar solução para muitos dos problemas com que diariamente deparamos, verificamos que a função social da escola tem sido uma vertente pouco tratada em estudos científicos, daí ter-nos parecido matéria suficientemente interessante e importante para ser eleita como tema e objectivo principal do presente trabalho, que se insere no Mestrado em Administração Escolar da Universidade de Évora. O trabalho de campo decorreu na Escola E.B. 2,3 de Atouguia da Baleia, concelho de Peniche, e respectivo meio envolvente, onde exercemos há 4 anos a nossa actividade docente, sendo de inteira justiça aqui destacar o espírito de abertura dos diversos órgãos da escola que, desde a primeira hora, demonstraram um grande interesse e disponibilidade em colaborar no estudo, além de terem criado condições para que a investigação se realizasse. No projecto de desenvolvimento do trabalho estabelecemos os seguintes objectivos: Caracterizar a escola onde se realiza este trabalho; Caracterizar, empiricamente, o que pensam alguns autores sobre a função social da escola; Verificar qual a opinião dos professores, pais e alunos sobre o aspecto social da escola; Confrontar os dados recolhidos empiricamente com outros obtidos por processos de rigor científico; Utilizar a investigação enquanto processo de auto-formação.
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