Violência Escopofílica e a apreciação Estética no Cinema

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Marinho, Ana Clara Pietroski
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10362/143458
Resumo: A presente dissertação parte do estudo da representação da violência na imagem cinematográfica, compreendida pela perspectiva do espectador. Ao refletir acerca de conceitos como a escopofilia e o prazer estético, a investigação busca compreender de que forma as pulsões do olhar podem ser exploradas a favor da contemplação da violência representada, assim como discutir quais ferramentas de linguagem cinematográfica contribuem para este exercício. Partindo da hipótese central de que a escopofilia e a linguagem podem ser usadas a favor da contemplação estética da violência, este trabalho propõe-se a desenvolver uma análise fílmica da obra Marighella (2021), de Wagner Moura, a fim de ilustrar a problemática levantada. Chamo de “violência escopofílica”, neste sentido, o ato de representar a violência, pressupondo que o realizador possui um dever moral para com a escolha da composição imagética. Ao assumir que a escopofilia possui um poder cognitivo de construção de subjetividade e a sétima arte possui camadas imersivas, proponho o pensamento de que a experiência visual da violência torna-se, também, uma experimentação sensorial.
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