Medo da morte: um estudo empírico na população idosa
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://repositorio.cespu.pt/handle/20.500.11816/142 http://hdl.handle.net/20.500.11816/142 |
Resumo: | Quando nos propomos a estudar o envelhecimento, devemos considerar que as mudanças que aqui ocorrem incluem, na perspectiva de Baltes (1987, cit in Paúl, 2006) ganhos e perdas. Para Menéndez (2006) essas mudanças facilitam ao idoso tomar consciência de que é um ser finito, que cresce, amadurece e se deteriora, e que a morte é a consequência final desse processo. Pelo que, neste trabalho adaptamos uma escala sobre o medo da morte (estudo 1) e realizamos um estudo exploratório que analisa, o medo da morte em diferentes grupos e a relação desse medo com índices de saúde e com Coping de Aproximação Emocional (estudo 2). Estudo 1: Metodologia: A amostra foi constituída por 127 participantes e foram utilizados os seguintes instrumentos, Mini-Mental State Examination (Folstein et al; 1975, adaptado por Guerreiro, 1994) e a The Collett-Lester Fear of Death Scale: Revised Version (Lester, 1990) com vista à sua adaptação para a população portuguesa. Foram analisadas as suas características psicométricas através da análise em componentes principais pelo método de rotação tipo varimax e da análise da consistência interna, pelo cálculo do Alpha de Cronbach. Resultados: A análise em componentes principais foi forçada a quatro factores de extracção e verificamos que os itens, genericamente tendem a agrupar-se nos factores correspondentes. A consistência interna obtida na escala e nas diferentes subescalas é considerada boa. Discussão: O arranjo factorial encontrado e a boa consistência interna da escala permitiu-nos manter a sua estrutura original tal qual proposta pelo autor, assim, a sua utilização em futuras investigações será vantajosa para o desenvolvimento do estudo do medo da morte em Portugal. Estudo 2: Metodologia: A amostra foi constituída por 127 participantes, 61 eram estudantes universitários e 66 idosos. Foram utilizados para a recolha de dados os seguintes instrumentos, Mini-Mental State Examination (Folstein et al; 1975, adaptado por Guerreiro, 1994), The Collett-Lester Fear of Death Scale: Revised Version (Lester, 1990, adaptado por Santos & Almeida, 2010); SF-36v2 (Ferreira, 2000), Coping Through Emotional Approach (Stanton et al., 2000, adaptado por Ponte et al., 2009) e uma ficha sociodemográfica. Este foi um estudo exploratório, estudamos algumas características da amostra e das suas respostas, pela análise descritiva das médias e desvio padrão, correlacionamos diferentes variáveis através do r de Pearson e comparamos grupos através do teste t e do teste de Mann-Whitney. Resultados: Constatamos que o medo da morte se correlaciona com a idade, com a escolaridade, com alguns índices de saúde e com algumas dimensões do Coping de Aproximação Emocional. Verificamos ainda, pela comparação entre grupos que, de uma forma genérica: os jovens têm mais medo da morte que os idosos; que os idosos do centro de dia têm mais medo da morte e menores índices de saúde que os que não recorrem a este tipo de instituições; que as mulheres têm mais medo da morte, menores índices de saúde e utilizam mais o coping religioso que os homens; e que os idosos viúvos apresentam mais medo da morte, índices de saúde mais baixos e utilizam mais o coping religioso que os casados. Conclusão: Este estudo possibilitou-nos compreender o impacto do medo da morte na população idosa portuguesa e permitiu-nos associar ao medo da morte outras variáveis, como os índices de saúde e o Coping de Aproximação Emocional, conhecimento importante para os profissionais que trabalham com esta população. |
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