Metastização de tumores malignos para a cavidade oral: revisão sistemática de relatos e séries de casos clínicos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lopes, Ana Margarida Santos
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10451/55683
Resumo: Introdução: A metastização de tumores malignos para a cavidade oral é um evento raro, que representa cerca de 1 a 8% de todos os tumores orais. Objetivos: Sintetizar a informação disponível publicada até à data, relativamente a tumores malignos com metastização para a cavidade oral, designadamente no que diz respeito a dados demográficos, local do tumor primário, localização da metástase na cavidade oral, manifestações orais e taxa de sobrevivência. Materiais e métodos: Foi realizada uma pesquisa eletrónica nas bases de dados Pubmed, Scopus e Google Scholar. Apenas foram incluídos relatos de caso ou séries de casos em que se realizou biópsia e exame anatomopatológico da lesão com confirmação de mestástate, e em que era referida qual a estrutura da cavidade oral afetada. Foi realizada a análise descritiva e uma curva Kaplan-Meier de análise da sobrevivência dos doentes. Resultados: Foram selecionados 273 artigos, perfazendo um total de 950 casos. A idade média foi de 57,11 anos. O sexo masculino foi mais afetado (57,5%). No sexo feminino, a origem mais comum foi a mama (29,8%), enquanto no sexo masculino foi o pulmão (24,8%). A metástase oral foi o primeiro sinal de doença tumoral disseminada em 30,4% dos casos. As estruturas ósseas foram mais afetadas (56,7%) do que os tecidos moles (37,9%), sendo a mandíbula a localização mais comum (45,5%), seguida da gengiva (19,9%). A manifestação clínica mais comum foi a presença de uma massa ou nódulo. Na presença de evidência radiográfica, uma lesão radiolúcida foi a imagem mais comum (60,6%). Ao fim de 3 anos a probabilidade de sobrevivência foi de 14,2% e ao fim de 5 anos foi de 10,7%. Conclusão: Apesar de ser um pouco comum, o médico dentista deverá estar atento à possibilidade da ocorrência de metástases para a cavidade oral. As lesões deverão ser biopsadas e analisadas, mesmo as que possam ter uma aparência clínica benigna, devido à possibilidade de doença metastática.
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