As rochas graníticas da região do Caramulo: novos dados petrográficos, geoquímicos e isotópicos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10773/25826 |
Resumo: | O plutonito do Caramulo é um maciço granítico implantado em metassedimentos do Complexo Xisto-Grauváquico na Zona Centro-Ibérica, durante a última fase de deformação varisca. Compreende quatro unidades principais de granitos moscovítico-biotíticos (granito do Caramulo, granito de Almijofa, granito de Macieira de Alcoba e granito de Paredes), que se distinguem entre si pelo tamanho de grão, proporções relativas dos seus constituintes minerais e abundância e dimensão dos megacristais de feldspato potássico. No que tange à sua composição mineralógica, verificou-se que não existem diferenças muito significativas entre as várias unidades graníticas. Todas contêm quartzo, feldspato potássico, plagioclase, moscovite, biotite, apatite, zircão, monazite e ilmenite nas suas paragéneses minerais primárias e clorite e moscovite secundária como principais fases de alteração. Os dados de geoquímica de rocha-total revelaram que as quatro unidades estudadas fazem parte de uma intrusão granítica muito diferenciada, sem um padrão de zonamento bem definido, gerada a partir da anatexia de fontes exclusivamente supracrustais (tipo-S). As tendências geoquímicas observadas nas amostras das diferentes fácies, são consistentes com uma evolução por cristalização fraccionada a partir do mesmo magma parental. A isócrona Rb-Sr (rocha-total) obtida neste trabalho (310,8 ± 8,2 Ma) sugere que a instalação do plutonito poderá ser algo mais jovem do que o proposto anteriormente (326 ± 12 Ma). As assinaturas isotópicas de Sr-Nd revelaram a influência de protólitos crustais na génese dos magmas graníticos e sugerem que os metassedimentos do Complexo Xisto-Grauváquico poderão representar potenciais protólitos da sequência granítica estudada |
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As rochas graníticas da região do Caramulo: novos dados petrográficos, geoquímicos e isotópicosPlutonito do CaramuloGranitos de duas micasRazões isotópicas 87Sr/86Sr e 143Nd/144NdIdade Rb-Sr (rocha-total)O plutonito do Caramulo é um maciço granítico implantado em metassedimentos do Complexo Xisto-Grauváquico na Zona Centro-Ibérica, durante a última fase de deformação varisca. Compreende quatro unidades principais de granitos moscovítico-biotíticos (granito do Caramulo, granito de Almijofa, granito de Macieira de Alcoba e granito de Paredes), que se distinguem entre si pelo tamanho de grão, proporções relativas dos seus constituintes minerais e abundância e dimensão dos megacristais de feldspato potássico. No que tange à sua composição mineralógica, verificou-se que não existem diferenças muito significativas entre as várias unidades graníticas. Todas contêm quartzo, feldspato potássico, plagioclase, moscovite, biotite, apatite, zircão, monazite e ilmenite nas suas paragéneses minerais primárias e clorite e moscovite secundária como principais fases de alteração. Os dados de geoquímica de rocha-total revelaram que as quatro unidades estudadas fazem parte de uma intrusão granítica muito diferenciada, sem um padrão de zonamento bem definido, gerada a partir da anatexia de fontes exclusivamente supracrustais (tipo-S). As tendências geoquímicas observadas nas amostras das diferentes fácies, são consistentes com uma evolução por cristalização fraccionada a partir do mesmo magma parental. A isócrona Rb-Sr (rocha-total) obtida neste trabalho (310,8 ± 8,2 Ma) sugere que a instalação do plutonito poderá ser algo mais jovem do que o proposto anteriormente (326 ± 12 Ma). As assinaturas isotópicas de Sr-Nd revelaram a influência de protólitos crustais na génese dos magmas graníticos e sugerem que os metassedimentos do Complexo Xisto-Grauváquico poderão representar potenciais protólitos da sequência granítica estudadaThe Caramulo pluton is a granite intrusion emplaced into metasediments of the Schist and Metagreywacke Complex in the Central Iberian Zone during the last Variscan deformation event. It comprises four main units of muscovite-biotite granitoids (Caramulo, Almijofa, Macieira de Alcoba and Paredes granites), showing variations in grain size, relative abundances of mineral constituents and amount and size of K-feldspar megacrysts. Regarding the mineralogical composition, the various granitic units do not show significant differences. All contain quartz, K-feldspar, plagioclase, muscovite, biotite, apatite, zircon, monazite and ilmenite in their primary mineral paragenesis, and chlorite and muscovite as alteration phases. Whole-rock geochemical data reveals that the four granite units are part of a very differentiated intrusion, with no distinct pattern of zonation, generated by anatexis of exclusively supracrustal sources (S-type). Moreover, the geochemical trends defined by the samples of the different granite facies are consistent with an evolution by fractional crystallization from the same parent magma. The whole-rock Rb-Sr isochron obtained in this study (310,8 ± 8,2 My) suggests that the pluton emplacement age is slightly younger than previously proposed (326 ± 12 My). The Sr-Nd isotopic signatures reveals the influence of crustal protoliths on the genesis of these granitoids and suggests that the metasediments of the Schist and Metagreywacke Complex may represent potential protoliths of the granitic sequence2020-01-17T00:00:00Z2018-12-30T00:00:00Z2018-12-30info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10773/25826TID:202237320porPortela, Luís Pedro de Castro Figueiredoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-22T11:50:03Zoai:ria.ua.pt:10773/25826Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:58:59.320876Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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