Produção de etileno em frutos de ameixeira Prunus domestica sujeitos a duas temperaturas de conservação
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2007 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-018X2007000100035 |
Resumo: | A síntese de etileno em frutos climatéricos tem sido bastante estudada pela influência que tem na conservação dos mesmos. Por esse motivo tem-se tentado através de alterações das condições ambientais, influenciar a produção de etileno. Em muitas espécies a exposição dos frutos ao frio favorece a síntese de etileno, quando estes são transferidos para a temperatura ambiente, também a actividade enzimática da ACC sintetase aumenta rapidamente nos frutos quando da sua passagem para a temperatura ambiente. Em algumas variedades de pêras e maçãs têm-se mesmo utilizado a exposição a baixas temperaturas apenas com o objectivo de conseguir uma maturação mais homogénea e uma textura aceitável. Relativamente à ameixeira Prunus domestica L. Rainha Claudia Verde existe pouca informação acerca da expressão dos genes que controlam a maturação, mais concretamente das enzimas ACC sintetase e ACC oxidase. Durante a maturação da ameixa Rainha Claudia Verde observa-se um aumento na produção de etileno e na taxa de respiração, paralelamente a um decréscimo da acidez e da firmeza dos frutos. No entanto, contrariamente à maioria das espécies fruteiras, nesta variedade observa-se uma diminuição na taxa de produção de etileno quando os frutos, sujeitos à conservação pelo frio, são posteriormente retirados para a temperatura ambiente. Este decréscimo é tanto mais acentuado quanto maior for o período de exposição ao frio. Esta variedade é habitualmente conservada entre os 0-2 ºC e apresentando um período de comercialização de 2 semanas após a colheita. Pretendeu-se com este trabalho perceber que tipo de efeito existe relativamente à produção de etileno nesta variedade. Estudou-se a influência de duas temperaturas de conservação, (1 ºC e 7 ºC ± 1 ºC), na produção de etileno. Os frutos foram sujeitos a diferentes períodos de conservação frigorífica: 0, 2, 5, 8 e 14 dias, ao fim dos quais era retirada uma amostra para monitorização da produção de etileno. Estudou-se ainda a evolução, da textura, da acidez, e do SSC (teor dos sólidos solúveis) dos frutos durante a sua conservação frigorífica. Dos resultados obtidos verificou-se que a conservação dos frutos a 7 ºC não influencia significativamente a produção de etileno, 0,3 nl/g/h, quando comparado com os frutos não sujeitos ao frio. Os frutos conservados à temperatura de 1 ºC durante 14 dias produziram menores quantidades de etileno quando comparados com os restantes grupos. Um período de conservação de 2 dias a 7 ºC induziu nos frutos um aumento na produção de etileno quando comparados com os frutos não sujeitos ao frio. Em ambas as temperaturas de conservação, verificou-se uma antecipação no pico do climatérico, quando se comparam frutos com e sem conservação frigorífica. |
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A síntese de etileno em frutos climatéricos tem sido bastante estudada pela influência que tem na conservação dos mesmos. Por esse motivo tem-se tentado através de alterações das condições ambientais, influenciar a produção de etileno. Em muitas espécies a exposição dos frutos ao frio favorece a síntese de etileno, quando estes são transferidos para a temperatura ambiente, também a actividade enzimática da ACC sintetase aumenta rapidamente nos frutos quando da sua passagem para a temperatura ambiente. Em algumas variedades de pêras e maçãs têm-se mesmo utilizado a exposição a baixas temperaturas apenas com o objectivo de conseguir uma maturação mais homogénea e uma textura aceitável. Relativamente à ameixeira Prunus domestica L. Rainha Claudia Verde existe pouca informação acerca da expressão dos genes que controlam a maturação, mais concretamente das enzimas ACC sintetase e ACC oxidase. Durante a maturação da ameixa Rainha Claudia Verde observa-se um aumento na produção de etileno e na taxa de respiração, paralelamente a um decréscimo da acidez e da firmeza dos frutos. No entanto, contrariamente à maioria das espécies fruteiras, nesta variedade observa-se uma diminuição na taxa de produção de etileno quando os frutos, sujeitos à conservação pelo frio, são posteriormente retirados para a temperatura ambiente. Este decréscimo é tanto mais acentuado quanto maior for o período de exposição ao frio. Esta variedade é habitualmente conservada entre os 0-2 ºC e apresentando um período de comercialização de 2 semanas após a colheita. Pretendeu-se com este trabalho perceber que tipo de efeito existe relativamente à produção de etileno nesta variedade. Estudou-se a influência de duas temperaturas de conservação, (1 ºC e 7 ºC ± 1 ºC), na produção de etileno. Os frutos foram sujeitos a diferentes períodos de conservação frigorífica: 0, 2, 5, 8 e 14 dias, ao fim dos quais era retirada uma amostra para monitorização da produção de etileno. Estudou-se ainda a evolução, da textura, da acidez, e do SSC (teor dos sólidos solúveis) dos frutos durante a sua conservação frigorífica. Dos resultados obtidos verificou-se que a conservação dos frutos a 7 ºC não influencia significativamente a produção de etileno, 0,3 nl/g/h, quando comparado com os frutos não sujeitos ao frio. Os frutos conservados à temperatura de 1 ºC durante 14 dias produziram menores quantidades de etileno quando comparados com os restantes grupos. Um período de conservação de 2 dias a 7 ºC induziu nos frutos um aumento na produção de etileno quando comparados com os frutos não sujeitos ao frio. Em ambas as temperaturas de conservação, verificou-se uma antecipação no pico do climatérico, quando se comparam frutos com e sem conservação frigorífica. |
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