Produção de etileno em frutos de ameixeira (Prunus domestica) sujeitos a duas temperaturas de conservação
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Data de Publicação: | 2018 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://doi.org/10.19084/rca.15420 |
Resumo: | A síntese de etileno em frutos climatéricos tem sido bastante estudada pela influência que tem na conservação dos mesmos. Por esse motivo tem-se tentado através de alterações das condições ambientais, influenciar a produção de etileno. Em muitas espécies a exposição dos frutos ao frio favorece a síntese de etileno, quando estes são transferidos para a temperatura ambiente, também a actividade enzimática da ACC sintetase aumenta rapidamente nos frutos quando da sua passagem para a temperatura ambiente. Em algumas variedades de pêras e maçãs têm-se mesmo utilizado a exposição a baixas temperaturas apenas com o objectivo de conseguir uma maturação mais homogénea e uma textura aceitável. Relativamente à ameixeira Prunus domestica L. Rainha Claudia Verde existe pouca informação acerca da expressão dos genes que controlam a maturação, mais concretamente das enzimas ACC sintetase e ACC oxidase. Durante a maturação da ameixa Rainha Claudia Verde observa-se um aumento na produção de etileno e na taxa de respiração, paralelamente a um decréscimo da acidez e da firmeza dos frutos. No entanto, contrariamente à maioria das espécies fruteiras, nesta variedade observa-se uma diminuição na taxa de produção de etileno quando os frutos, sujeitos à conservação pelo frio, são posteriormente retirados para a temperatura ambiente. Este decréscimo é tanto mais acentuado quanto maior for o período de exposição ao frio. Esta variedade é habitualmente conservada entre os 0-2 ºC e apresentando um período de comercialização de 2 semanas após a colheita. Pretendeu-se com este trabalho perceber que tipo de efeito existe relativamente à produção de etileno nesta variedade. Estudou-se a influência de duas temperaturas de conservação, (1 ºC e 7 ºC ± 1 ºC), na produção de etileno. Os frutos foram sujeitos a diferentes períodos de conservação frigorífica: 0, 2, 5, 8 e 14 dias, ao fim dos quais era retirada uma amostra para monitorização da produção de etileno. Estudou-se ainda a evolução, da textura, da acidez, e do SSC (teor dos sólidos solúveis) dos frutos durante a sua conservação frigorífica. Dos resultados obtidos verificou-se que a conservação dos frutos a 7 ºC não influencia significativamente a produção de etileno, 0,3 nl/g/h, quando comparado com os frutos não sujeitos ao frio. Os frutos conservados à temperatura de 1 ºC durante 14 dias produziram menores quantidades de etileno quando comparados com os restantes grupos. Um período de conservação de 2 dias a 7 ºC induziu nos frutos um aumento na produção de etileno quando comparados com os frutos não sujeitos ao frio. Em ambas as temperaturas de conservação, verificou-se uma antecipação no pico do climatérico, quando se comparam frutos com e sem conservação frigorífica. |
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Produção de etileno em frutos de ameixeira (Prunus domestica) sujeitos a duas temperaturas de conservaçãoProdução de etileno em frutos de ameixeira (Prunus domestica) sujeitos a duas temperaturas de conservaçãoGeralA síntese de etileno em frutos climatéricos tem sido bastante estudada pela influência que tem na conservação dos mesmos. Por esse motivo tem-se tentado através de alterações das condições ambientais, influenciar a produção de etileno. Em muitas espécies a exposição dos frutos ao frio favorece a síntese de etileno, quando estes são transferidos para a temperatura ambiente, também a actividade enzimática da ACC sintetase aumenta rapidamente nos frutos quando da sua passagem para a temperatura ambiente. Em algumas variedades de pêras e maçãs têm-se mesmo utilizado a exposição a baixas temperaturas apenas com o objectivo de conseguir uma maturação mais homogénea e uma textura aceitável. Relativamente à ameixeira Prunus domestica L. Rainha Claudia Verde existe pouca informação acerca da expressão dos genes que controlam a maturação, mais concretamente das enzimas ACC sintetase e ACC oxidase. Durante a maturação da ameixa Rainha Claudia Verde observa-se um aumento na produção de etileno e na taxa de respiração, paralelamente a um decréscimo da acidez e da firmeza dos frutos. No entanto, contrariamente à maioria das espécies fruteiras, nesta variedade observa-se uma diminuição na taxa de produção de etileno quando os frutos, sujeitos à conservação pelo frio, são posteriormente retirados para a temperatura ambiente. Este decréscimo é tanto mais acentuado quanto maior for o período de exposição ao frio. Esta variedade é habitualmente conservada entre os 0-2 ºC e apresentando um período de comercialização de 2 semanas após a colheita. Pretendeu-se com este trabalho perceber que tipo de efeito existe relativamente à produção de etileno nesta variedade. Estudou-se a influência de duas temperaturas de conservação, (1 ºC e 7 ºC ± 1 ºC), na produção de etileno. Os frutos foram sujeitos a diferentes períodos de conservação frigorífica: 0, 2, 5, 8 e 14 dias, ao fim dos quais era retirada uma amostra para monitorização da produção de etileno. Estudou-se ainda a evolução, da textura, da acidez, e do SSC (teor dos sólidos solúveis) dos frutos durante a sua conservação frigorífica. Dos resultados obtidos verificou-se que a conservação dos frutos a 7 ºC não influencia significativamente a produção de etileno, 0,3 nl/g/h, quando comparado com os frutos não sujeitos ao frio. Os frutos conservados à temperatura de 1 ºC durante 14 dias produziram menores quantidades de etileno quando comparados com os restantes grupos. Um período de conservação de 2 dias a 7 ºC induziu nos frutos um aumento na produção de etileno quando comparados com os frutos não sujeitos ao frio. Em ambas as temperaturas de conservação, verificou-se uma antecipação no pico do climatérico, quando se comparam frutos com e sem conservação frigorífica.Low temperatures interacts with ethylene biosynthesis and ripening in many species. Exposure fruits to low temperatures promotes ethylene biosynthesis in a number of apple and pears cultivars because low temperatures stimulates ACC synthase activity after fruits being warmed up.. Some pears and apples varieties required a cold treatment to achieve good colour, acceptable texture and flavour. In Prunus domestica plums cv Raínha Claudia verde, a climacteric fruit, there is little information about ripening process but we observed after a cold storage period a decrease in ethylene production upon rewarming. The longer the storage period the stronger the depress in ethylene biosynthesis. This cultivar is usually stored at 0-2 ºC, it has small commercial period because of its short postharvest life. In cold chambers fruits became soft very quickly and improper to commercialise. The aim of this study was to compare the effect of two different storage temperatures (1 ºC and 7 ºC ±1º) during 0, 2, 5, 8, and 14 days in ethylene production upon rewarming of Raínha Claudia Verde plums. It was also studied, during cold storage, the evolution of fruits softening rate, % acidity and SSC (soluble solids content). Upon rewarming, it was observed at end of storage period (14 days), in fruits held at 1 ºC, a decrease in ethylene production, relative to controls. In fruits held at 7 ºC the storage period didnt affected the maximum ethylene production, 0,3 nl/g/h.. A short period of cold (2 days at 7 ºC) induced an enhancement of ethylene production relative to fruits held at 20 ºC. SSC and % acidity showed an expected evolution. At end of storage period fruits showed a higher SSC and lower % acidity due to metabolic processes and transpiration. Fruits held at 7 ºC showed a higher SSC and a lower % acidity than fruits held at 1 ºC. Fruit firmness decrease during the storage period. Fruits held at 7 ºC remained significantly firmer after 14 days storage than fruits held at 1 ºC. Despite SSC and % acidity evolutions suggests that fruit storage conditions are better at lower temperatures, fruits held at 7 ºC showed a lower softening rate and a higher ethylene production rate than fruits held at 1 ºC. The role of ethylene in softening and ethylene cold induction of this cultivar may be clarified by future research on ACC oxidase and ACC synthase and in ethylene sensitivity.Sociedade de Ciências Agrárias de Portugal2018-11-10T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://doi.org/10.19084/rca.15420por2183-041X0871-018XRato, A. E.Barroso, J. M.Agulheiro, A. 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A síntese de etileno em frutos climatéricos tem sido bastante estudada pela influência que tem na conservação dos mesmos. Por esse motivo tem-se tentado através de alterações das condições ambientais, influenciar a produção de etileno. Em muitas espécies a exposição dos frutos ao frio favorece a síntese de etileno, quando estes são transferidos para a temperatura ambiente, também a actividade enzimática da ACC sintetase aumenta rapidamente nos frutos quando da sua passagem para a temperatura ambiente. Em algumas variedades de pêras e maçãs têm-se mesmo utilizado a exposição a baixas temperaturas apenas com o objectivo de conseguir uma maturação mais homogénea e uma textura aceitável. Relativamente à ameixeira Prunus domestica L. Rainha Claudia Verde existe pouca informação acerca da expressão dos genes que controlam a maturação, mais concretamente das enzimas ACC sintetase e ACC oxidase. Durante a maturação da ameixa Rainha Claudia Verde observa-se um aumento na produção de etileno e na taxa de respiração, paralelamente a um decréscimo da acidez e da firmeza dos frutos. No entanto, contrariamente à maioria das espécies fruteiras, nesta variedade observa-se uma diminuição na taxa de produção de etileno quando os frutos, sujeitos à conservação pelo frio, são posteriormente retirados para a temperatura ambiente. Este decréscimo é tanto mais acentuado quanto maior for o período de exposição ao frio. Esta variedade é habitualmente conservada entre os 0-2 ºC e apresentando um período de comercialização de 2 semanas após a colheita. Pretendeu-se com este trabalho perceber que tipo de efeito existe relativamente à produção de etileno nesta variedade. Estudou-se a influência de duas temperaturas de conservação, (1 ºC e 7 ºC ± 1 ºC), na produção de etileno. Os frutos foram sujeitos a diferentes períodos de conservação frigorífica: 0, 2, 5, 8 e 14 dias, ao fim dos quais era retirada uma amostra para monitorização da produção de etileno. Estudou-se ainda a evolução, da textura, da acidez, e do SSC (teor dos sólidos solúveis) dos frutos durante a sua conservação frigorífica. Dos resultados obtidos verificou-se que a conservação dos frutos a 7 ºC não influencia significativamente a produção de etileno, 0,3 nl/g/h, quando comparado com os frutos não sujeitos ao frio. Os frutos conservados à temperatura de 1 ºC durante 14 dias produziram menores quantidades de etileno quando comparados com os restantes grupos. Um período de conservação de 2 dias a 7 ºC induziu nos frutos um aumento na produção de etileno quando comparados com os frutos não sujeitos ao frio. Em ambas as temperaturas de conservação, verificou-se uma antecipação no pico do climatérico, quando se comparam frutos com e sem conservação frigorífica. |
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