O novo programa de português do 7º ano de escolaridade: desenvolvimento das cinco competências nucleares

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pereira, Helena Maria Monteiro Simão
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/2098
Resumo: Num postulado de progresso e evolução, na conjetura da reforma curricular, a disciplina de português adquire, em finais da década de 80, uma dimensão transdisciplinar, alargando as suas funções e responsabilidade na formação dos cidadãos1. Os programas de português2 do Ensino Básico de 1991 surgem como resposta às necessidades da escola, resultado das mudanças económicas, socias e políticas desencadeadas pela Revolução de 25 de abril de 1974. Por conseguinte, estes programas regeram, durante duas décadas, a lecionação da disciplina de português numa pedagogia por objetivos, havendo a definição de objetivos mínimos por escola, garantindo a educação para todos, numa escola de massas. O certo, é que nem sempre os programas foram fieis auxiliares do desenvolvimento do currículo e, neste contexto, têm surgido metodologias didáticas e pedagógicas variadas, tendo como finalidade o sucesso escolar. Neste contexto, o século XX foi abundante em pedagogos e com eles surgiram diferentes noções pedagógicas, bem como diferentes aceções de ―programa‖ e ―currículo‖. Desde Dewey, Bobbitt, a Zabalza, Vilar ou Roldão, vários foram os pedagogos que procuraram, com as suas teorias, criar uma escola moderna, sempre adequada à sociedade e ao seu tempo que permitisse a criação de oportunidades de aprendizagem promotoras do sucesso escolar. Nos limiares do século XXI, numa escola invadida pelas novas tecnologias de informação e comunicação (TIC), numa aproximação da escola à realidade europeia, surgem vários referenciais e textos reguladores do ensino do português3, em que a filosofia subjacente evidencia a sobreposição e emergência de uma pedagogia de desenvolvimento de competências, por ciclo de aprendizagem, numa aprendizagem em espiral. O professor ganha autonomia e torna-se ―agente‖ na gestão flexível dos conteúdos e na seleção de metodologias de aprendizagem, com a finalidade de desenvolver competências no aluno, enquanto cidadão português e europeu. A criação do Novo Programa de Português para o Ensino Básico de 2009 (NPPEB), que entrará em vigor no ano letivo 2011/20124, preceitua a familiarização e tomada de conhecimento de novos conteúdos, bem como o domínio de novas terminologias e conceitos pedagógicos. Este programa surge como um documento aglutinador baseado nos referenciais e textos reguladores em vigor há uma década, coexistindo com os programas de português de 1991. Numa perspetiva de preparar, esclarecer e desenvolver estratégias para a lecionação do mesmo, resolvemos iniciar um trabalho de pesquisa que esclareça conceitos e terminologias que surgem na Nova Organização Programática de Português do 3.º ciclo, incitando à prática de metodologias diversas e diversificadas, contribuindo para o trabalho de planificação da disciplina, bem como a utilização de ferramentas menos usuais. Assim, clarificamos as noções de competências essências, gerais e específicas, bem como um vasto leque de conceitos, de forma a garantir a aplicabilidade e sucesso do NPPEB. Procuraremos, nesta dissertação, analisar o NPPEB referente ao 7.º ano de escolaridade, comparando-o com o Programa de Português de 1991, explicitar o novo léxico e propor alguns instrumentos ou utensílios pedagógicos sedutores e reciclados, para o desenvolvimento das competências específicas de português, do 7.º ano de escolaridade. Não obstante, para suportar as nossas propostas, expomos neste trabalho um pequeno estudo, com base em resultados recolhidos pela técnica de inquérito por questionário, aplicado em duas turmas: uma turma de 7.º ano e outra de 8.º ano. Os resultados comparativos da amostra funcionaram como base de diagnóstico e suporte à anualização e planificação do NPPEB, para a turma do 7.º ano. Moderno e embebido de ferramentas e linguagens das TIC, sempre presentes na vida quotidiana, o NPPEB exige novas práticas e posturas, não só dos docentes, mas também de discentes e pais, como principais atores pedagógicos, lançando o repto de construir uma escola atualizada que vá ao encontro das necessidades dos cidadãos.
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O certo, é que nem sempre os programas foram fieis auxiliares do desenvolvimento do currículo e, neste contexto, têm surgido metodologias didáticas e pedagógicas variadas, tendo como finalidade o sucesso escolar. Neste contexto, o século XX foi abundante em pedagogos e com eles surgiram diferentes noções pedagógicas, bem como diferentes aceções de ―programa‖ e ―currículo‖. Desde Dewey, Bobbitt, a Zabalza, Vilar ou Roldão, vários foram os pedagogos que procuraram, com as suas teorias, criar uma escola moderna, sempre adequada à sociedade e ao seu tempo que permitisse a criação de oportunidades de aprendizagem promotoras do sucesso escolar. Nos limiares do século XXI, numa escola invadida pelas novas tecnologias de informação e comunicação (TIC), numa aproximação da escola à realidade europeia, surgem vários referenciais e textos reguladores do ensino do português3, em que a filosofia subjacente evidencia a sobreposição e emergência de uma pedagogia de desenvolvimento de competências, por ciclo de aprendizagem, numa aprendizagem em espiral. O professor ganha autonomia e torna-se ―agente‖ na gestão flexível dos conteúdos e na seleção de metodologias de aprendizagem, com a finalidade de desenvolver competências no aluno, enquanto cidadão português e europeu. A criação do Novo Programa de Português para o Ensino Básico de 2009 (NPPEB), que entrará em vigor no ano letivo 2011/20124, preceitua a familiarização e tomada de conhecimento de novos conteúdos, bem como o domínio de novas terminologias e conceitos pedagógicos. Este programa surge como um documento aglutinador baseado nos referenciais e textos reguladores em vigor há uma década, coexistindo com os programas de português de 1991. Numa perspetiva de preparar, esclarecer e desenvolver estratégias para a lecionação do mesmo, resolvemos iniciar um trabalho de pesquisa que esclareça conceitos e terminologias que surgem na Nova Organização Programática de Português do 3.º ciclo, incitando à prática de metodologias diversas e diversificadas, contribuindo para o trabalho de planificação da disciplina, bem como a utilização de ferramentas menos usuais. Assim, clarificamos as noções de competências essências, gerais e específicas, bem como um vasto leque de conceitos, de forma a garantir a aplicabilidade e sucesso do NPPEB. Procuraremos, nesta dissertação, analisar o NPPEB referente ao 7.º ano de escolaridade, comparando-o com o Programa de Português de 1991, explicitar o novo léxico e propor alguns instrumentos ou utensílios pedagógicos sedutores e reciclados, para o desenvolvimento das competências específicas de português, do 7.º ano de escolaridade. Não obstante, para suportar as nossas propostas, expomos neste trabalho um pequeno estudo, com base em resultados recolhidos pela técnica de inquérito por questionário, aplicado em duas turmas: uma turma de 7.º ano e outra de 8.º ano. Os resultados comparativos da amostra funcionaram como base de diagnóstico e suporte à anualização e planificação do NPPEB, para a turma do 7.º ano. Moderno e embebido de ferramentas e linguagens das TIC, sempre presentes na vida quotidiana, o NPPEB exige novas práticas e posturas, não só dos docentes, mas também de discentes e pais, como principais atores pedagógicos, lançando o repto de construir uma escola atualizada que vá ao encontro das necessidades dos cidadãos.On the assumption of progress and evolution, in the conjecture of the curriculum reform, the school subject called Portuguese reaches, at end of the decade of the 80’s, an interdisciplinary dimension, broadening its functions and responsibility in the citizen’s building5 . The curricula of Portuguese6 of the Elementary School of 1991 appear as an answer to the school needs, as a result of the economic, social and political changes, caused by the 25th of April Revolution in 1974. Therefore, these syllabuses have ruled for two decades, the teaching of Portuguese based on pedagogy whose aim was the goals, and there were minimum goals established for all schools in order to ensure education for everybody, within a school system that was aimed for everyone. It is a fact that, the syllabuses were not always faithful auxiliaries of the development of the curriculum and in this context, there have been different didactic and pedagogical methodologies, with the aim of reaching the students’ success at school. In this context, in the twentieth century there were lots of pedagogues and with them appeared different pedagogical views, as well as different meanings of ―syllabus‖ and ―curriculum‖. Since Dewey, Bobbitt, to Zabalza, Vilar or Roldão, many educators have been searching, with their theories, for the creation of a modern school, which was always adjusted to the community and to its time, in order to allow the creation of learning opportunities that could promote school success. On the thresholds of the 21st century, in a school overran by the new communication and information technologies (CIT), trying to approach school closer to European reality, many referential systems and texts regulating the teaching of Portuguese7 appear, whose philosophy highlights the overlapping and emergency of a pedagogy aimed at developing skills per cycle of learning, in a spiral learning. The teacher gains autonomy and becomes an "agent" in the flexible management of the contents and in the selection of learning methodologies, in order to develop student’s skills, being a European and Portuguese citizen. The creation of the New Syllabus of Portuguese for the Basic Education of 2009 (NPPEB), which will be effective in the school year 2011/20128 , prescribes familiarization with the new syllabus, as well as the supremacy of new terminologies and pedagogical concepts. This syllabus appears as a unifying document based on the referential systems and regulative texts which have been put into practice for a decade, existing together with these syllabuses of Portuguese of 1991. Aiming at preparing, clarifying and developing strategies to develop the same, we decided to start a research work that can clarify concepts and terminologies that appear in the New Programmatic Organization of Portuguese of the elementary school, encouraging the practice of varied and diversifying methodologies, contributing to the task of planning the school subject, as well as the use of less usual tools. This way, we clarify the conceptions of essential, global and specific abilities, as well as a wide range of concepts, in order to secure the applicableness and the success of the NPPEB. We will try in this thesis, to analyze the NPPEB related with the 7th form of schooling, comparing it with the Syllabus of Portuguese in 1991, to clarify the new lexicon and suggest some pedagogical captivating and recycled instruments, for the development of the specific skills of Portuguese, of the 7th form of scholarity. Nevertheless, to support our proposals, we set forth in this work a short study, based on the results collected by the technique of holding an inquiry through a questionnaire, applied in two classes: one class attending the 7th form and the other attending the 8th form. The comparative results of the sample worked as a diagnostic basis and as a support to the yearly planning of the NPPEB for the 7th class. Up-to-date and imbibed in tools and languages of CIT, always present in everyday life, the NPPEB demands new actions and attitudes, not only from the teachers but also from the students and parents, as the main pedagogical actors, venturing the challenge of building a modernized school that meets the citizens’ needs.Universidade da Beira InteriorManso, José Henrique RodriguesuBibliorumPereira, Helena Maria Monteiro Simão2014-07-24T14:56:12Z2011-102011-10-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/2098porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:37:56Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/2098Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:43:48.560033Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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