Espaço, significados e vivências: dinâmica da relação homem ambiente construído

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Costa, Ana Cristina Martinho Ferreira da
Data de Publicação: 1997
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10174/14691
Resumo: Esta dissertação, que se situa no âmbito da Ecologia urbana, teve como principal objectivo estudar as relações homem-ambiente construído, partindo do pressuposto que a construção do ambiente vivencial urbano é um processo que resulta das dinâmicas criadas pela relação biunívoca entre o homem e o seu ambiente, processo este que pode ser observado através da transformação do espaço. Toda a análise desta transformação teve, sempre, presente as dimensões espaço e tempo, pelo que se observou a inscrição do homem no espaço, interpretando os seus significados através dos símbolos nele inscritos. Esta descodificação, que foi concretizada com os elementos que se seleccionaram como os essenciais ao contexto em análise, épocas e estilos arquitectónicos e os elementos da forma que se consideraram pertinentes nesta análise, assim como, através do consumo, sobretudo visual e cultural, constituiu a primeira parte do trabalho que teve o objectivo de estudar o espaço como expressão do tempo, e portanto como expressão do homem, através da transformação que nele ficou inscrita. Mas, como se defende que este processo de transformação se inicia com a ocupação, uso e vivência do espaço, e considerando a percepção um elemento fundamental nesta transformação, tentou-se perceber quais os factores decisivos na sua apreensão, considerando que as valorizações da cultura e do momento em que decorre esta percepção são fundamentais na captação e selecção da informação que se recolhe do ambiente construído. Por isso, se consideraram as identidades visuais que com o ambiente se estabelecem, e como tal a estética, com um papel fundamental nas relações que o homem desenvolve com o ambiente em que se insere. Mas, para que esta ideia de que a transformação do espaço se inicia com o uso e vivência pudesse ser melhor fundamentada tentou-se, através da história da vida urbana, encontrar a matriz de transformação do mesmo ao longo dos tempos, tendo-se concluído que a segurança no que significa de integridade física foi, ao longo da história, a variável determinante na construção de espaço. Assim, e tendo em atenção a importância da componente visual na actualidade e a importância da percepção na transformação do espaço, tentou-se analisar o papel da estética, enquanto ordem visual e, portanto, enquanto linguagem arquitectónica, na segurança do espaço público, tendo como contexto de análise a reconstrução do Chiado, na medida em que o contexto de análise escolhido foi a Baixa/Chiado.
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