Relatório de estágio : experiência nas equipas de cuidados domiciliários com suporte paliativo : equipa de cuidados continuados integrados do Centro de Saúde de Odivelas, Unidade de Apoio Domiciliário do IPOFGL e Unidade de Cuidados Paliativos S. Bento Menni : Casa de Saúde da Idanha : Belas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lopes, Maria João Rebelo
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.14/8916
Resumo: Trabalhar em Cuidados Paliativos implica desenvolver uma actividade em equipa transdisciplinar com uma partilha constante de conhecimento entre todos os elementos. Abordar as necessidades globais do doente e família, disponibilizando ajuda de todos os profissionais ao longo da evolução da doença é fundamental para que a prestação de cuidados seja feita com qualidade. Para a concretização desse objectivo é importante que a equipa valorize e invista na formação e treino dos seus elementos. Desde 2006 que desenvolvo a minha actividade como Enfermeira na Unidade de Cuidados Paliativos S. Bento Menni da Casa de Saúde da Idanha. Ao longo destes anos a equipa assenta o seu trabalho numa filosofia de prestação de cuidados integrados e globais a utentes dependentes e suas famílias, em particular aos doentes com doença avançada, incurável e progressiva. A partilha e aquisição de conhecimentos na área dos Cuidados Paliativos pelos profissionais tem sido contínua e de extrema importância para a prestação de cuidados de qualidade. A realização do Mestrado em Cuidados Paliativos mostra ser uma das formas mais consistentes e credíveis de adquirir novos conhecimentos e sedimentar os já adquiridos, permitindo aumentar as competências pessoais e ser mais um contributo para que a equipa se possa afirmar cada vez mais como uma equipa de prestação de cuidados de excelência. A opção pela realização de um estágio no contexto de Mestrado justifica-se pela oportunidade de conhecer novas realidades e formas de trabalhar em Cuidados Paliativos com a vertente comunitária. Durante o estágio o objectivo foi adquirir competências em Cuidados Paliativos na vertente comunitária, perceber o funcionamento e identificar com os colegas quais os indicadores de qualidade das Equipas Comunitárias, que prestam suporte em Cuidados Paliativos. A opção por cuidar no domicílio não é certamente uma decisão fácil. Cuidar de um familiar dependente, implica um cuidar permanente, onde as famílias são obrigadas a privarem-se das suas actividades sociais ou mesmo profissionais, alterando as suas rotinas diárias. Numa sociedade com uma política de cuidados de saúde essencialmente hospitalar, não se verificam recursos suficientes na comunidade para fazer face às necessidades da população. Relativamente à situação portuguesa, a realidade é semelhante à da restante comunidade Europeia, sendo que, segundo fonte do Ministério da Saúde e do Emprego e Segurança Social (1995), dos cuidados informais prestados às pessoas idosas, 80% são exercidos pela família, idosos, vizinhos, amigos e voluntários. Estudos recentes nomeadamente de Weitzner et al. (2000), alertam para a necessidade das actuais políticas de saúde facultarem à família formação que lhe permita implementar os cuidados no domicílio, contudo como defendem Temminf et al. (2000), os profissionais de saúde, bem como as organizações de saúde, não se encontram preparados para fornecer este tipo de cuidados. Este documento pretende demonstrar a importância da qualidade e do rigor nos Cuidados Paliativos como forma de tornar mais digna a vida dos doentes nesta fase da vida. Salienta a necessidade do investimento numa formação avançada em Cuidados Paliativos (CP) para os profissionais que trabalham neste âmbito, pois é uma forma de garantir a prestação de cuidados de excelência e humanizados aos doentes e famílias. Reflete ainda o trabalho desenvolvido na Unidade de Apoio Domiciliário do Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil de Lisboa (IPOFGL), Equipa de Cuidados Continuados Integrados (ECCI) do Centro de Saúde de Odivelas e Unidade de Cuidados Paliativos S. Bento Menni da Casa de Saúde da Idanha. Para que esse conhecimento fosse possível, utilizei a técnica do Grupo Focal que, segundo Morgan (1997), é uma técnica de pesquisa qualitativa, não-directiva que permite a colheita dados por meio das interações grupais ao se discutir um tópico especial sugerido pelo pesquisador. Como técnica, ocupa uma posição intermediária entre a observação participante e as entrevistas em profundidade. Pode ser caracterizada também como um recurso para compreender o processo de construção das percepções, atitudes e representações sociais de grupos humanos (Veiga & Gondim, 2001). É uma técnica que tem sido utilizada actualmente por investigadores de diversas áreas do conhecimento como antropólogos, sociólogos, psicólogos, educadores e enfermeiros.
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Bento Menni da Casa de Saúde da Idanha. Ao longo destes anos a equipa assenta o seu trabalho numa filosofia de prestação de cuidados integrados e globais a utentes dependentes e suas famílias, em particular aos doentes com doença avançada, incurável e progressiva. A partilha e aquisição de conhecimentos na área dos Cuidados Paliativos pelos profissionais tem sido contínua e de extrema importância para a prestação de cuidados de qualidade. A realização do Mestrado em Cuidados Paliativos mostra ser uma das formas mais consistentes e credíveis de adquirir novos conhecimentos e sedimentar os já adquiridos, permitindo aumentar as competências pessoais e ser mais um contributo para que a equipa se possa afirmar cada vez mais como uma equipa de prestação de cuidados de excelência. A opção pela realização de um estágio no contexto de Mestrado justifica-se pela oportunidade de conhecer novas realidades e formas de trabalhar em Cuidados Paliativos com a vertente comunitária. Durante o estágio o objectivo foi adquirir competências em Cuidados Paliativos na vertente comunitária, perceber o funcionamento e identificar com os colegas quais os indicadores de qualidade das Equipas Comunitárias, que prestam suporte em Cuidados Paliativos. A opção por cuidar no domicílio não é certamente uma decisão fácil. Cuidar de um familiar dependente, implica um cuidar permanente, onde as famílias são obrigadas a privarem-se das suas actividades sociais ou mesmo profissionais, alterando as suas rotinas diárias. Numa sociedade com uma política de cuidados de saúde essencialmente hospitalar, não se verificam recursos suficientes na comunidade para fazer face às necessidades da população. Relativamente à situação portuguesa, a realidade é semelhante à da restante comunidade Europeia, sendo que, segundo fonte do Ministério da Saúde e do Emprego e Segurança Social (1995), dos cuidados informais prestados às pessoas idosas, 80% são exercidos pela família, idosos, vizinhos, amigos e voluntários. Estudos recentes nomeadamente de Weitzner et al. (2000), alertam para a necessidade das actuais políticas de saúde facultarem à família formação que lhe permita implementar os cuidados no domicílio, contudo como defendem Temminf et al. (2000), os profissionais de saúde, bem como as organizações de saúde, não se encontram preparados para fornecer este tipo de cuidados. Este documento pretende demonstrar a importância da qualidade e do rigor nos Cuidados Paliativos como forma de tornar mais digna a vida dos doentes nesta fase da vida. Salienta a necessidade do investimento numa formação avançada em Cuidados Paliativos (CP) para os profissionais que trabalham neste âmbito, pois é uma forma de garantir a prestação de cuidados de excelência e humanizados aos doentes e famílias. Reflete ainda o trabalho desenvolvido na Unidade de Apoio Domiciliário do Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil de Lisboa (IPOFGL), Equipa de Cuidados Continuados Integrados (ECCI) do Centro de Saúde de Odivelas e Unidade de Cuidados Paliativos S. Bento Menni da Casa de Saúde da Idanha. Para que esse conhecimento fosse possível, utilizei a técnica do Grupo Focal que, segundo Morgan (1997), é uma técnica de pesquisa qualitativa, não-directiva que permite a colheita dados por meio das interações grupais ao se discutir um tópico especial sugerido pelo pesquisador. Como técnica, ocupa uma posição intermediária entre a observação participante e as entrevistas em profundidade. Pode ser caracterizada também como um recurso para compreender o processo de construção das percepções, atitudes e representações sociais de grupos humanos (Veiga & Gondim, 2001). É uma técnica que tem sido utilizada actualmente por investigadores de diversas áreas do conhecimento como antropólogos, sociólogos, psicólogos, educadores e enfermeiros.Working in Palliative Care involves developing an activity in an transdisciplinary team with constant sharing of knowledge among all elements. Addressing the needs of patients and family and providing support for all professionals over the course of the disease is a core element for the provision of quality care. To achieve this objective it is important to reinforce team values as well as specific training. Since the year of 2006, I develop my work as a nurse in the Palliative Care Unit of São Bento Menni, situated in the Casa de Saúde da Idanha. Over the years the team work has been based on the philosophy of integrated care of patients and their families, particularly for those with terminally illnesses. Continuous medical and nursing education in the field of Palliative Care remains extremely important to provide quality care. The completion of the Master in Palliative Care has shown to be one of the most consistent and credible ways to acquire and consolidate new knowledge, increasing personal skills and contributing to the team’s improvement. The option of conducting several rotation periods in the context of my Master is justified by the opportunity to experience new realities and different ways of working in palliative care with the special focus on the community care. During these rotations the objective was to acquire skills in Palliative Care in the Community, to experience the relationship with colleagues and identify which indicators of quality these Community Teams had in its palliative care support. The option to develop rotation periods based on home care, wasn’t an easy decision. Caring for a sick dependent relative, implies permanent care and, many times, families are forced to deprive themselves of their social and professional activities, changing their daily routines. The Portuguese reality is similar to the rest of Europe. According to the Portuguese Ministry of Health, Employment and Social Security (1995), 80% of the informal care to older people is done by family, elderly people, neighbors, friends and volunteers. Recent studies in particular Weitzner et al. (2000), point to the need of current health policies entitle the family to implement training to enable care at home, yet as argued Temminf et al. (2000), health professionals and health organizations, are not prepared to provide such care. This document aims to demonstrate the importance of quality and rigor in palliative care as a way to make it worth the lives of patients at this stage of life. Stresses the need for investment in advanced training in palliative care (PC) for professionals working in this area, it is a way of ensuring the provision of excellence and humane care to patients and families. Also reflects the work in Home Care Unit of the Portuguese Institute of Oncology Francisco Gentil in Lisbon (IPOFGL), Continuous Care Team (ECCI) of the Health Centre Odivelas and Palliative Care Unit, S.Benedict Menni House Health Idanha. For this knowledge was possible, using the technique of focus group that, according to Morgan (1997), is a qualitative research technique, non-directive that allows harvesting of data by group interactions when discussing a particular topic suggested by the researcher . As a technique, it occupies an intermediate position between participant observation and interviews. It can also be characterized as a resource for understanding the process of construction of perceptions, attitudes and social representations of human groups (Veiga & Gondim 2001). It is a technique that has been currently used by researchers from various fields of knowledge as anthropologists, sociologists, psychologists, educators and nurses.Bermejo, José CarlosFerreira, FátimaVeritati - Repositório Institucional da Universidade Católica PortuguesaLopes, Maria João Rebelo2012-08-13T07:58:53Z2012-02-0620112012-02-06T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.14/8916porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-12T17:13:56Zoai:repositorio.ucp.pt:10400.14/8916Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T18:08:04.047091Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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Lopes, Maria João Rebelo
Cuidados paliativos
Indicadores de qualidade
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description Trabalhar em Cuidados Paliativos implica desenvolver uma actividade em equipa transdisciplinar com uma partilha constante de conhecimento entre todos os elementos. Abordar as necessidades globais do doente e família, disponibilizando ajuda de todos os profissionais ao longo da evolução da doença é fundamental para que a prestação de cuidados seja feita com qualidade. Para a concretização desse objectivo é importante que a equipa valorize e invista na formação e treino dos seus elementos. Desde 2006 que desenvolvo a minha actividade como Enfermeira na Unidade de Cuidados Paliativos S. Bento Menni da Casa de Saúde da Idanha. Ao longo destes anos a equipa assenta o seu trabalho numa filosofia de prestação de cuidados integrados e globais a utentes dependentes e suas famílias, em particular aos doentes com doença avançada, incurável e progressiva. A partilha e aquisição de conhecimentos na área dos Cuidados Paliativos pelos profissionais tem sido contínua e de extrema importância para a prestação de cuidados de qualidade. A realização do Mestrado em Cuidados Paliativos mostra ser uma das formas mais consistentes e credíveis de adquirir novos conhecimentos e sedimentar os já adquiridos, permitindo aumentar as competências pessoais e ser mais um contributo para que a equipa se possa afirmar cada vez mais como uma equipa de prestação de cuidados de excelência. A opção pela realização de um estágio no contexto de Mestrado justifica-se pela oportunidade de conhecer novas realidades e formas de trabalhar em Cuidados Paliativos com a vertente comunitária. Durante o estágio o objectivo foi adquirir competências em Cuidados Paliativos na vertente comunitária, perceber o funcionamento e identificar com os colegas quais os indicadores de qualidade das Equipas Comunitárias, que prestam suporte em Cuidados Paliativos. A opção por cuidar no domicílio não é certamente uma decisão fácil. Cuidar de um familiar dependente, implica um cuidar permanente, onde as famílias são obrigadas a privarem-se das suas actividades sociais ou mesmo profissionais, alterando as suas rotinas diárias. Numa sociedade com uma política de cuidados de saúde essencialmente hospitalar, não se verificam recursos suficientes na comunidade para fazer face às necessidades da população. Relativamente à situação portuguesa, a realidade é semelhante à da restante comunidade Europeia, sendo que, segundo fonte do Ministério da Saúde e do Emprego e Segurança Social (1995), dos cuidados informais prestados às pessoas idosas, 80% são exercidos pela família, idosos, vizinhos, amigos e voluntários. Estudos recentes nomeadamente de Weitzner et al. (2000), alertam para a necessidade das actuais políticas de saúde facultarem à família formação que lhe permita implementar os cuidados no domicílio, contudo como defendem Temminf et al. (2000), os profissionais de saúde, bem como as organizações de saúde, não se encontram preparados para fornecer este tipo de cuidados. Este documento pretende demonstrar a importância da qualidade e do rigor nos Cuidados Paliativos como forma de tornar mais digna a vida dos doentes nesta fase da vida. Salienta a necessidade do investimento numa formação avançada em Cuidados Paliativos (CP) para os profissionais que trabalham neste âmbito, pois é uma forma de garantir a prestação de cuidados de excelência e humanizados aos doentes e famílias. Reflete ainda o trabalho desenvolvido na Unidade de Apoio Domiciliário do Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil de Lisboa (IPOFGL), Equipa de Cuidados Continuados Integrados (ECCI) do Centro de Saúde de Odivelas e Unidade de Cuidados Paliativos S. Bento Menni da Casa de Saúde da Idanha. Para que esse conhecimento fosse possível, utilizei a técnica do Grupo Focal que, segundo Morgan (1997), é uma técnica de pesquisa qualitativa, não-directiva que permite a colheita dados por meio das interações grupais ao se discutir um tópico especial sugerido pelo pesquisador. Como técnica, ocupa uma posição intermediária entre a observação participante e as entrevistas em profundidade. Pode ser caracterizada também como um recurso para compreender o processo de construção das percepções, atitudes e representações sociais de grupos humanos (Veiga & Gondim, 2001). É uma técnica que tem sido utilizada actualmente por investigadores de diversas áreas do conhecimento como antropólogos, sociólogos, psicólogos, educadores e enfermeiros.
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